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César e Luna (ainda em sua forma chimpanzé) desciam até a garagem, onde os meninos haviam deixado suas bicicletas. Pararam em frente à porta aberta, olhando para as bicicletas no chão.

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Em casa, Will subia a escada do sótão procurando pelos dois, mas encontra o quarto vazio.

-César? Luna? - chama e estranha o quarto vazio, então sai correndo para a rua com Charles atrás de si. - César? Luna? - chama, parando na frente de sua casa.

-Eles não podem ter ido muito longe. - diz Charles, descendo as escadas da varanda.

-César! Luna! - grita novamente.

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Uma menina estava parada na frente da porta da garagem, onde estavam César e Luna. Ela olha para os dois e sai gritando:

-Papai? - grita a menina enquanto corre.

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-César! Luna! - gritava Will, correndo pela rua, até que ouve os gritos de um homem. Will corre na direção dos gritos.

-Saiam daí! Saiam! - grita o homem, correndo atrás de César e Luna (em sua forma chimpanzé) com um taco de beisebol.

César e Luna pulam na cerca, tentando escalá-la, mas acabam escorregando e caindo no chão em cima de uma tesoura de jardinagem, fazendo César se cortar. Luna entra à sua frente, abraçando-o para que o taco de beisebol não o acertasse.

-Chega! Chega! - grita Will, chegando e ficando na frente dos dois, enquanto segurava os braços do homem. -Qual é o seu problema? - pergunta, enquanto César subia em seu colo, abraçando-o, e Luna abraçava sua perna direita.

- Se eu ver esses bichos perto da minha casa ou dos meus filhos... - começa a gritar o homem, apontando para César e Luna.

-Eles não são perigosos. - diz Charles.

-Não vai acontecer de novo. - fala Will, enquanto sai com César no colo e Luna segurando sua mão direita.

-Não vai mesmo. - responde o homem, furioso, subindo na varanda.

-Eles só queriam brincar. - fala Charles, saindo pelo portão.

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-Disse para não saírem sem a gente. - fala Will, sentando na escada da varanda com César ainda no seu colo. Luna se transforma em humana e fica ao lado do chimpanzé, que bate na própria perna.

-Meu Deus. - diz Charles, se agachando na frente de Will e César.

-Tudo bem. - fala Will, tentando tranquilizar Luna e César.

-É muito grave? - pergunta Charles, passando a mão pelo corte na perna de César. Luna logo arregala os olhos e desce os dois degraus da escada, ficando ao lado de Charles e olhando para o machucado na perna do chimpanzé.

- Não sei. - responde Will, olhando para Charles e para a perna de César.

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Will andava pelo zoológico empurrando um carrinho de bebê com César escondido dentro, enquanto Luna, em sua forma humana, caminhava ao seu lado. Eles passaram pelo cercado dos chimpanzés, que tinha várias pessoas ao redor. Os macacos se aproximaram, curiosos, olhando para Will, Luna e o carrinho onde estava César. César levantou o pano que o escondia e olhou para os macacos, que, ao vê-lo, começaram a gritar e a se agitar. Luna, percebendo isso, puxou o pano, cobrindo César novamente.

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Os três agora estavam no consultório da veterinária Caroline Aranha, que fazia a sutura no machucado de César, que estava sentado em uma maca hospitalar. Luna segurava uma das mãos do macaco, enquanto com a outra, ele tocava no braço da veterinária, que sorria para ele.

- Ele gosta de você. - disse Will, sorrindo para Caroline.

- Não se preocupe. Já está acabando e vamos comer algo gostoso. - disse Will para César, tentando acalmar o macaco. - Acho que sorvete. - completou, fazendo Luna sorrir animada e olhar para César, que também sorriu animado e começou a fazer sinais com as mãos.

- Boa ideia. - disse Will, olhando para o macaco, enquanto sorria.

- Você o ensinou a se comunicar? - perguntou Caroline, sorrindo ao ver os gestos de César.

- Só alguns sinais. - respondeu Will, dando de ombros. - Coisas básicas.

- O que ele está dizendo? - perguntou Caroline, quando César começou a fazer mais sinais.

- Nada. - respondeu Will, sem graça. - Quando precisamos retornar? - perguntou Will, referindo-se aos pontos na perna de César.

- Não vai precisar, os pontos são dissolúveis. Só fique de olho em sinais de infecção. - respondeu Caroline, olhando para Will, que concordava com a cabeça. - Febre, vermelhidão... - Caroline começou a falar outros sintomas, mas parou ao ver César fazendo algo em linguagem de sinais.

- Certo. O que ele disse agora? - perguntou Caroline, achando graça.

- Ele acha que você deveria sair com o Will. - disse Luna, pela primeira vez em muito tempo, surpreendendo Will, já que ela sempre se comunicava por sinais, pois César não podia falar e ela gostava de imitá-lo.

Caroline pareceu um pouco surpresa, e então César esticou o braço na direção de Will, fazendo alguns barulhos, o que fez Luna soltar uma risadinha pelo constrangimento de Will.

- Eu não sei... - disse Will, rindo para Caroline.

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Chase Atlantic - Friends "E o que somos? Me digaque não somos apenas amigos."

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