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Em comemoração ao aniversário desse pequeno ser
Sem mais enrolação... Boa leitura!!
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O som das risadas e da música alta enchia o ambiente na festa de aniversário de 19 anos de Júlia Soares. Ela, radiante, circulava entre os convidados, distribuindo sorrisos e abraços.
Como aniversariante, todos queriam um momento com ela, e ginasta fazia questão de dar atenção a cada um. No entanto, havia uma presença que a incomodava profundamente, seu ex-namorado, Marco, que insistia em segui-la pela festa.
S/n Castro, amiga de infância de Júlia e que recentemente havia começado a ter um rolo com ela, observava tudo de longe. Não gostava nada da forma como Marco tentava se reaproximar de Júlia, mas o que ela poderia fazer? Afinal, elas ainda não tinham nada sério, e a morena estava livre para fazer o que quisesse. Tentando ignorar o incômodo, S/n se juntou à roda de amigos e começou a conversar e rir com eles, tentando aproveitar a festa.
No meio da conversa, Camila, uma antiga ficante de S/n, se aproximou. - Ei, S/a, quanto tempo! Como você tá? - Perguntou Camila, sorrindo.
S/n sorriu de volta, surpresa por vê-la ali. - Camila! Tô bem, e você?
— Tô ótima. Mas e você, como estão as coisas? - Camila perguntou, inclinando-se um pouco mais perto, tentando ouvir S/n em meio ao barulho da festa.
Enquanto S/n e Camila conversavam animadamente, Júlia, que observava tudo do outro lado da sala, começou a sentir o sangue ferver. Mesmo enquanto ouvia as palavras de Marco, seus olhos estavam fixos em S/n e Camila. Ela não podia evitar o ciúmes que surgia em seu peito. Sem pensar duas vezes, se afastou de Marco, que ainda tentava puxar assunto, e foi em direção à roda de amigos.
— Com licença. -Disse a ginasta, interrompendo a conversa. Ela mal olhou para os outros, seus olhos estavam fixos em S/n. — Posso falar com você?
S/n levantou as sobrancelhas, surpresa com a interrupção repentina. — Claro, Ju. Aconteceu alguma coisa?
A morena não respondeu. Ela agarrou o pulso da mais velha e a arrastou para longe do grupo, subindo as escadas rapidamente em direção ao seu quarto.
Ao chegarem lá, Júlia fechou a porta com força, virando-se furiosa para S/n.
— O que você tá fazendo conversando com sua ex? - Disparou Júlia, cruzando os braços e encarando S/n.
S/n piscou, confusa. — Quem estava conversando com ex era você, Júlia. Eu só estava falando com uma amiga.
— Para de graça, S/n. Camila é sua ex e você tava toda de papinho pra cima dela.
— Estávamos apenas conversando, Júlia. Por que tudo isso? - S/n perguntou, tentando entender a fúria da mais nova.
— Acha ela melhor do que eu? - A ginasta retrucou, sua voz carregada de insegurança.
— O que isso tem a ver, Júlia? Por que você tá fazendo isso? - A mais velha perguntou, exasperada, sem entender o motivo da briga.
De repente, Júlia avançou, agarrando S/n pela gola da camisa e a beijando intensamente. S/n ficou sem reação por um momento, mas logo se entregou ao beijo, envolvendo Júlia pela cintura e a puxando para mais perto. As mãos da ginasta agarravam a nuca de S/n com força, enquanto sua língua explorava cada canto da boca da outra. S/n sentiu um choque elétrico percorrer seu corpo, e respondeu ao beijo com igual intensidade, as unhas cravando na cintura da mais baixa.
Quando finalmente se separaram, ambas ofegantes e com os rostos avermelhados, Júlia sussurrou em seu ouvido, a voz rouca de desejo. - Acha ela melhor do que eu?
S/n respirou fundo sentindo todos os pelos do seu corpo arrepiarem. Balançou a cabeça, sua voz saindo suave. — Nunca. Você é única. Sempre foi.
O olhar de Júlia suavizou, e ela suspirou, encostando a testa na mais velha. — Bom. Eu só... eu odeio pensar em te perder.
— Você não vai me perder. - S/n respondeu, acariciando o rosto de Júlia. —Mas a gente precisa conversar sobre isso. Não dá pra ficar assim, brigando por ciúmes.
Júlia assentiu lentamente. — Eu sei... só que eu não consigo evitar. Ver você com ela... me fez sentir um medo que eu não sentia há muito tempo.
S/n sorriu de leve, beijando a testa de Júlia. — Eu entendo, mas você não tem nada pra se preocupar. Eu tô aqui, com você, e é com você que eu quero estar.
Júlia se permitiu relaxar nos braços de S/n, sentindo a segurança que apenas ela poderia proporcionar. — Desculpa por ter agido assim.
— Tá tudo bem. - A mais velha respondeu, segurando Júlia mais perto. — Vamos voltar pra festa?
A ginasta assentiu, sorrindo. — Vamos. Mas dessa vez, eu quero você do meu lado.
— Com prazer. - S/n respondeu, entrelaçando seus dedos com os de Júlia, e as duas desceram juntas para a festa, deixando para trás a tensão e reforçando o laço que as unia.
