Julia Bergmann

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A parte dois com encontro e beijo boiola veio aí Samwzz

Ficou meio bosta, mas é o que temos pra hoje...

Boa leitura!

Até ano que vem!

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Julia estava em frente ao espelho, passando a mão pelos cabelos ruivos enquanto decidia o que vestir para o jantar

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Julia estava em frente ao espelho, passando a mão pelos cabelos ruivos enquanto decidia o que vestir para o jantar. Suas colegas de equipe a haviam provocado tanto nos últimos dias que ela mal podia acreditar que finalmente tinha um encontro marcado com S/n, a nutricionista da seleção brasileira de vôlei. Apesar de ainda não ter certeza sobre seus sentimentos, Julia sentia que havia algo especial entre ela e S/n.

Depois de alguns minutos de indecisão, optou por um vestido azul que acentuava seus olhos claros. Queria estar bonita, mas não exagerada. Quando estava satisfeita com o resultado, pegou a bolsa e sentou no sofá, esperando pela nutricionista, sentindo as borboletas no estômago aumentarem à medida que o momento do encontro se aproximava.

Enquanto Julia se preparava, S/n também estava nervosa. Embora não fosse seu primeiro encontro, havia algo em Julia que a fazia querer que tudo fosse perfeito. Ela escolheu uma blusa leve e uma calça elegante, tentando equilibrar casualidade e estilo.

Quando o relógio marcou sete e meia, a médica pegou as chaves do carro e se dirigiu para a casa da atleta.

S/n chegou pontualmente às oito, como combinado. Quando Julia abriu a porta e a viu parada ali, sorrindo, toda a ansiedade pareceu se dissipar. Ricci estava linda, com uma roupa que realçava seu estilo sofisticado, mas ainda assim, confortável. Havia um brilho nos olhos de ambas, um entendimento silencioso de que aquela noite seria especial.

— Você está maravilhosa - Elogiou S/n, com um sorriso suave e sincero.

— Você também. - Respondeu a ruiva, sentindo o rosto corar levemente.

O restaurante que a brasileira escolheu era exatamente como ela havia descrito para a ruiva em suas conversas ao longo do dia: tranquilo, acolhedor, com uma atmosfera íntima que parecia feita sob medida para conversas e risadas. Elas foram levadas a uma mesa em um canto mais reservado, onde poderiam falar à vontade sem se preocupar com interrupções.

A conversa fluiu naturalmente. Começaram falando sobre assuntos mais leves, como gostos culinários e preferências de filmes, até que Julia perguntou

— Me conta mais sobre sua vida em Minas. Como foi crescer lá?

S/n sorriu, lembrando de sua infância. — Crescer em Minas foi ótimo. Meus pais são descendentes de ingleses e portugueses, e meus avós são britânico e português. Então sempre tive essa mistura cultural em casa, o que foi muito enriquecedor, mas também um pouco louco. As conversas em casa nunca eram em um único idioma; minhas amigas, quando iam em casa, sofriam um pouco. - Brincou a mais velha.

Julia riu, se identificando com uma família que fala mais de uma língua. — Sei bem como é. - Concordou a jogadora.

— Quando tinha dezessete anos, fui para fora do país estudar. Foi difícil deixar minha família para trás, mas desde cedo sabia que queria seguir na área da saúde. Ter a chance de me formar em nutrição esportiva na Abertay University, na Escócia, e depois estudar medicina em Cambridge foi um grande passo. Valeu muito a pena.

Julia arqueou as sobrancelhas, impressionada. — Cambridge? Isso deve ter sido uma experiência e tanto.

— Foi desafiador, mas valeu a pena. Estar cercada por tantas mentes brilhantes me motivou a dar o meu melhor. E saber que meu trabalho pode ajudar atletas como você a alcançar seus sonhos é o que me impulsiona todos os dias.

Julia sorriu, tocada pela dedicação da médica e nutricionista. — Sua trajetória é realmente inspiradora. Eu também tive minhas próprias aventuras. Nasci na Alemanha, como você sabe, mas vim para o Brasil com dez anos. Meu pai é alemão e minha mãe é brasileira. A transição foi difícil no início, mas o vôlei me ajudou muito a me adaptar.

— Imagino que tenha sido desafiador, mas também enriquecedor. - Comentou S/n.

— Foi. E mais tarde, fui para os Estados Unidos estudar na Georgia Tech, em Atlanta. Estudei física, mas, por causa do vôlei, acabei me formando em estudos interculturais. Foi uma experiência incrível. Conhecer novas culturas sempre me fascinou.

— E agora você está jogando na Turquia quando não está com a seleção, certo?

— Exatamente. Estou jogando pelo Türk Hava Yolları. É uma jornada intensa, mas gosto muito do desafio de viver em outros países e conhecer novas culturas.

O tempo passou rápido, e o jantar foi repleto de risadas, olhares cúmplices e histórias que revelavam mais sobre quem elas eram. Em alguns momentos, quando não estavam comendo, suas mãos se encontravam sobre a mesa. O toque era leve, mas carregado de significado. A intimidade que crescia entre elas era palpável, e ambas estavam surpresas com o quão à vontade se sentiam uma com a outra.

— Não acredito que demoramos tanto para fazer isso. - Disse a ruiva, rindo suavemente, enquanto olhava nos olhos de S/n.

— Também sinto isso. - Concordou a morena, com um sorriso terno. — Parece que tudo está se encaixando agora.

Quando a sobremesa chegou, as duas riram ao perceber que haviam pedido o mesmo doce favorito, o que resultou em mais provocações e sorrisos.

— Acho que combinamos mais do que imaginávamos. - A mais baixa brincou , olhando Julia com ternura.

— Acho que sim - Respondeu Julia, sentindo o coração bater mais forte.

Finalmente, a noite chegou ao fim. A mais velha pagou a conta e elas deixaram o restaurante, caminhando de mãos dadas até o carro. S/n, sempre cavalheira, abriu a porta para Julia e esperou que ela entrasse antes de dar a volta e se acomodar no lugar do motorista.

O caminho até a casa da mais nova foi tranquilo, com uma música suave tocando no rádio e um silêncio confortável entre elas. Ao chegarem, S/n estacionou o carro e desceu rapidamente para abrir a porta para atleta novamente.

Julia sorriu para ela enquanto saía, apreciando o gesto atencioso. Elas caminharam juntas até a porta da casa, onde ficaram paradas por um momento, se encarando em um silêncio que estava longe de ser desconfortável.

— Eu me diverti muito esta noite. - A ruiva confessou, sua voz suave no silêncio da noite.

— Eu também, ruiva. - Respondeu S/n, dando um passo mais perto. — Foi uma noite especial.

Sem pensar muito, apenas agindo por impulso, Julia se inclinou para frente. S/n fez o mesmo e, em um momento que pareceu perfeitamente natural, seus lábios se encontraram em um beijo suave e carinhoso. Não havia pressa ou necessidade de palavras, apenas a doce simplicidade de estarem juntas, compartilhando aquele momento.

Quando se afastaram, Julia estava sorrindo, e S/n acariciou suavemente o rosto da atleta.

— Boa noite, ruiva. - Sussurrou a médica, com a voz carregada de afeto.

— Boa noite, S/a. - Respondeu Julia, ainda sorrindo.

S/n se afastou lentamente, voltando para o carro, mas não sem antes dar um último olhar para Julia, que acenou levemente, ainda parada na porta. Quando S/n finalmente partiu, a atleta entrou em casa, ainda sentindo o calor do beijo em seus lábios, sabendo que aquele era apenas o começo de algo lindo e especial.

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