Coração em Colapso

18

Lucas Evans

North Hills,Califórnia

O dia amanheceu com uma leve brisa que entrava pela janela do quarto, trazendo consigo o cheiro fresco do início da manhã. Eu me espreguicei na cama, ainda sentindo o efeito do beijo da noite anterior. O sabor dos lábios de Sofia estava gravado na minha memória, e toda vez que eu pensava nisso, um sorriso involuntário surgia no meu rosto.

Depois de alguns minutos, decidi que era hora de fazer algo especial para ela. Eu queria que a nossa relação começasse de um jeito diferente, algo fora das paredes desse hospital. Decidi que precisava falar com o Dr. Koraick, e também com o Dr. Sloan, o médico de Sofia. Sabia que não seria fácil convencer os dois a nos deixarem sair, mas eu estava determinado.

Ao entrar na sala do Dr. Koraick, ele me olhou por cima dos óculos, sua expressão séria como sempre.

-Lucas, o que te traz aqui tão cedo?
Ele perguntou, gesticulando para eu me sentar.

-Eu queria saber se há alguma chance de eu e Sofia sairmos do hospital por algumas horas,comecei, tentando parecer confiante.

-Eu... quero levá-la a um lugar especial, algo fora desse ambiente.

O médico arqueou uma sobrancelha, claramente surpreso com meu pedido.

-Lucas, você sabe que sua condição é delicada. Qualquer exposição ao estresse, seja físico ou emocional, pode ser perigosa.

-Eu sei,respondi rapidamente.

-Mas eu também sei que ficar aqui, dia após dia, não é exatamente o melhor para o meu estado mental. Não estou pedindo para fazer algo louco, só um passeio, talvez uma tarde fora...

Ele ficou em silêncio, ponderando.

-Vou conversar com o Dr. Sloan. Mas preciso que você entenda, se houver qualquer sinal de que algo não está bem, vocês dois precisam voltar imediatamente. Concorda?

Eu assenti, aliviado que ele não tivesse dito não.

-Obrigado, doutor. Eu prometo que vamos ser cuidadosos.

Saí da sala com um peso a menos nos ombros e fui direto encontrar Sofia. Ela estava na cafeteria, parecendo mais tranquila do que nos últimos dias. Quando a avistei, me aproximei com um sorriso, e ela retribuiu, seus olhos brilhando.

Bom dia, gatinha, disse, sentando ao lado dela.

Ela riu suavemente, corando um pouco.

-Bom dia, lindo, respondeu, me olhando com um brilho nos olhos.

Aquele novo apelido fez meu coração disparar. Era uma coisa simples, mas me fazia sentir especial, como se só ela pudesse me chamar assim.

-Eu acabei de falar com o Dr. Koraick. Talvez a gente consiga sair do hospital por algumas horas. Eu quero te levar a um lugar especial, algo que seja só nosso.

Os olhos dela se arregalaram em surpresa, e um sorriso suave se formou em seus lábios.

-Sério? Isso seria incrível.