02

1.1K 70 13
                                    

BIANCA CASTILHO Maresias, São Paulo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

BIANCA CASTILHO
Maresias, São Paulo

Estava na casa de meus pais, deitada na rede que ficava na varanda do meu quarto, enquanto brincava com os meus cachorros. Eles estavam animados, correndo de um lado para o outro, e eu aproveitando para relaxar. Fazia tanto tempo que eu não ficava aqui, e esse retorno estava mexendo comigo mais do que eu imaginava.

— Bia, o café tá pronto! — minha mãe gritou da cozinha.

— Já tô indo! — respondi, levantando-me devagar e acariciando a cabeça de um dos cachorros antes de descer as escadas.

Quando cheguei na cozinha, minha mãe já estava sentada à mesa, junto com meu padrasto. O cheiro de café fresco invadia o ambiente, e tudo parecia tão familiar. Sentei-me com um suspiro, aceitando a xícara que minha mãe me ofereceu.

— Como é bom te ver aqui de novo, filha. A casa fica tão vazia sem você — disse minha mãe, com um sorriso caloroso.

— Eu também senti falta disso aqui — respondi, olhando ao redor. — Mas é bom saber que os cachorros têm vocês por perto.

— Eles sentem sua falta, sabia? Principalmente o Thor — disse meu padrasto, entrando na conversa. — Ele sempre fica agitado quando escuta a sua voz no telefone.

— Ah, ele é um bebezão. — sorri, fazendo um carinho no cachorro que estava ao meu lado.

Minha mãe se inclinou um pouco para frente, como quem quer compartilhar um segredo.

— Sabe, Bia, o Gabriel não deixou de passar aqui desde que você foi embora. Sempre ajuda no que pode, principalmente comigo.

Olhei para minha mãe, surpresa. Eu sabia que Gabriel e minha mãe tinham uma boa relação, mas não esperava que ele continuasse tão presente.

— Sério? Ele sempre foi muito próximo de vocês, mas eu não sabia que isso continuou mesmo depois...

— Continuou sim — meu padrasto interrompeu, dando um gole no café. — Ele e eu sempre estamos falando sobre surfe, ele ainda é muito próximo da sua mãe. Aliás, domingo vamos almoçar lá, pra comemorar o título que o garoto ganhou no último campeonato.

— Eu... eu não sabia que vocês ainda eram tão próximos assim... — minha voz saiu hesitante, com sentimentos misturados. Parte de mim ficava feliz em saber que Gabriel ainda ajudava meus pais, mas outra parte não sabia como lidar com essa informação.

— Bia, você quer vir com a gente? — minha mãe perguntou, tentando soar casual, mas eu sabia que havia mais na pergunta. Ela queria saber como eu me sentiria estando perto de Gabriel de novo.

retorno das ondas: Gabriel Medina Onde histórias criam vida. Descubra agora