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Oi, vidas! Tudo bem? Andei um pouco sumida porque estou limpando a minha casa, e como sou preguiçosa, faço um pouquinho de cada vez. Também estou estudando para as provas. Espero que vocês entendam. Espero conseguir voltar a postar normalmente em breve.

Este capítulo está bem curtinho, mas como faz tempo que não posto nada, decidi compartilhar mesmo assim.

Fiquem bem! Espero que vocês gostem deste capítulo. Curtam e deixem seu comentário, pois isso me motiva bastante.

💙🫶🏽

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GABRIEL MEDINA
Maresias, São Paulo

— Para de graça, Gabriel. — Lipe disse, depois que eu comentei sobre a gravidez de Bianca.

— Tô falando sério, cara. Sexta feira eu tô no Rio pra acompanhar ela numa consulta. — falei, vendo o moreno me encarar, ainda desacreditado.

— Parabéns, então. — Felipe falou, meio desconfiado, me fazendo rir. — Se for zueira, eu vou ficar puto.

Soltei uma risada leve e senti o mais novo me dar um abraço apertado, como se quisesse me passar boas energias. Eu sei que prometi não contar nada para ninguém, mas Lipe viu uma mensagem da Bianca no meu celular e começou a fazer várias perguntas. Fiquei nervoso e não consegui esconder a verdade dele.

— Espero que dê tudo certo pra vocês. — O garoto disse, e eu senti meu coração se aquecer, como se eu tivesse feito a escolha certa de contar a verdade para Lipe.

— Valeu, irmão. — Falei, soltando o garoto.

— A Nathalia vai ficar louca quando souber disso. — Lipe falou, e eu senti meu coração acelerar por alguns minutos.

— Não conta pra ela, pelo amor de Deus, Lipe. A Bianca vai surtar se souber que eu contei pra Nathalia antes dela. — Disse, deixando meu nervosismo transparecer.

Lipe riu, vendo meu desespero, mas logo se acalmou e me deu um tapa leve nas costas.

— Relaxa, Gabi, seu segredo tá seguro comigo. — Lipe disse, e eu concordei, soltando um suspiro de alívio.

Se tinha alguém que era bom em guardar segredos, esse alguém era o Lipe. Ele não contava nada para ninguém.

Ficamos em silêncio por alguns momentos, cada um perdido nos próprios pensamentos. Enquanto Lipe mexia no celular, provavelmente respondendo alguma mensagem, minha mente estava a mil. Pensava em como tudo tinha mudado tão rápido. Algumas semanas atrás, eu estava focado nos treinos e competições, e agora estava fazendo planos para o futuro, com meu futuro filho ou filha.

Olhei para Lipe, que ainda estava concentrado no celular, e me perguntei como ele conseguia estar tão tranquilo numa situação dessas. Mas, ao mesmo tempo, era reconfortante saber que ele estava do meu lado, que eu tinha alguém em quem confiar. Ele sempre foi mais que um amigo, quase um irmão.

— Cara, ainda é surreal pra mim... — Comecei, sem nem perceber que estava falando em voz alta. — Eu e Bianca... Você sabe como as coisas terminaram. Eu não esperava isso.

Lipe levantou os olhos do celular e me olhou com uma expressão de compreensão.

— Eu sei, Gabi. Mas talvez isso seja uma chance de vocês acertarem as coisas, de recomeçarem, sabe? — Ele disse, num tom sério.

— Talvez... — Murmurei, ainda indeciso. — Mas eu não sei se estamos prontos pra isso. Nossa relação sempre foi intensa, e quando terminamos, foi porque não conseguíamos mais lidar com tudo.

— Às vezes, a vida dá umas reviravoltas que a gente não espera, né? — Lipe disse, dando um sorriso de lado. — Mas, de qualquer forma, se vocês decidirem tentar de novo ou não, o importante é estar lá pro bebê. E eu sei que você vai fazer isso.

As palavras dele ressoaram em mim. Eu sabia que ele tinha razão. Independentemente de como as coisas evoluíssem entre mim e Bianca, eu tinha que estar presente, tinha que ser o melhor pai possível.

— Você tá certo, espero que dê tudo certo. — Disse, deixando um sorriso bobo escapar.

Lipe sorriu, satisfeito com a minha resposta. Ele se levantou, esticando os braços.

— Eu sei que tô, Medina. Bom, eu vou indo. Tenho que resolver umas coisas da loja, mas a gente se fala, tá? — Lipe disse, pegando a mochila.

— Valeu, Lipe. — Respondi, me levantando também. — E lembra, nada de contar pra Nathalia.

— Relaxa, eu não vou contar. Mas você sabe que quando ela descobrir, vai me encher de perguntas, né? — Ele riu, levantando as mãos.

— Eu sei, mas aí já vai ser tarde demais. — Brinquei, rindo também.

Nos despedimos com um abraço e Lipe saiu, me deixando sozinho na casa. Por incrível que pareça, estava vazia hoje. Sempre gostei da casa cheia quando estou por aqui, assim não preciso lidar com a solidão de morar sozinho.

A consulta de quarta-feira estava cada vez mais próxima, e eu me sentia ansioso e nervoso. Não sabia o que esperar, mas sabia que precisava estar lá. Era o mínimo que eu podia fazer.

Peguei o celular e vi que não havia resposta da Bianca. Ela devia estar ocupada, talvez descansando, ou simplesmente tentando processar tudo sozinha. Eu entendia, também estava passando por isso. Mas, mesmo assim, a falta de resposta me deixava inquieto.

Quase enviei outra mensagem, mas me contive. Precisava dar espaço a ela, e pressioná-la agora não ajudaria em nada. Decidi que o melhor a fazer era me distrair, então liguei a TV, mas nada do que estava passando conseguiu prender minha atenção.

Após alguns minutos zapeando pelos canais, desisti e desliguei a TV. Fui para a cozinha, peguei uma xícara de café e bebi, tentando acalmar os nervos. Mas era impossível ignorar a ansiedade que crescia a cada minuto.

Finalmente, resolvi ir para a varanda, onde a vista do mar me ajudava a clarear a mente. O som das ondas quebrando contra a areia era tranquilizante, e por alguns minutos, consegui respirar mais fundo e pensar com mais clareza.

Olhei para o horizonte, onde o sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons laranja e rosa. Era uma vista que sempre me trouxe paz, mas naquele momento, tudo parecia diferente. Sabia que minha vida estava prestes a mudar de uma forma irreversível, e isso me assustava, mas ao mesmo tempo, havia uma parte de mim que estava curiosa para ver o que o futuro reservava.

Dei um último gole no café e me forcei a sair da varanda. Precisava me preparar para a viagem ao Rio, a consulta da Bianca e também para a festa do Ben que ia rolar esse fim de semana.

Com essa resolução na mente, fui para dentro de casa e comecei a arrumar uma mala. Cada peça de roupa que eu colocava ali parecia carregar um peso extra, como se cada uma representasse uma parte do futuro incerto que estava por vir.

retorno das ondas: Gabriel Medina Onde histórias criam vida. Descubra agora