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Oii vidas, tudo bem com vocês?? O último capítulo de hoje, amanhã eu volto e posto mais dois!

Eu não estou fazendo edit sobre a fanfic porque estou com falta de criatividade nessa parte, mas quando conseguir fazer algum eu aviso vocês.
Espero que gostem do capítulo de hoje, deixe seu voto e se puder comente.
E escutem Perfectly Wrong do Shaw Mendes 🥹🫶🏽

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BIANCA CASTILHO Maresias, São Paulo

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BIANCA CASTILHO
Maresias, São Paulo.


Coloquei a mão no rosto, tentando me proteger do sol, enquanto eu e a Luana flutuávamos no mar, esperando uma boa onda. As competições estavam chegando rápido, e o Havaí era nosso próximo grande desafio. Mas, por enquanto, estávamos aqui, nas águas familiares do Rio de Janeiro, aproveitando o tempo antes de partirmos para Pipeline.

A Luana estava ao meu lado, sentada na prancha, olhando atenta para o mar. Ela era praticamente a irmã mais nova que eu nunca tive. Conheci ela numa viagem pro Havaí, meus pais conheciam os pais dela, e ficamos na casa deles durante a viagem. Eu ensinei algumas manobras de surfe pra garota, e depois de alguns anos ela veio morar no Brasil com a família.

Hoje, a gente treina na mesma equipe e agora somos praticamente inseparáveis.

— Então, como foi o fim de semana em Maresias? — Luana perguntou de repente, sem tirar os olhos da linha do horizonte, onde as ondas começavam a se formar.

— Foi... interessante, pra dizer o mínimo. — falei, respirando fundo ao lembrar dos dias que passei em Maresias.

— Interessante como? Não vai me deixar na curiosidade, né? — Luana perguntou, me olhando curiosa.

Dei um leve sorriso, tentando disfarçar a mistura de emoções que me atingia. — Bom, acabei encontrando o Gabriel.

Os olhos da Luana brilharam de excitação. — Sério? E como foi? Conta tudo!

Ela falava com tanta ansiedade que me fez dar uma risada.

— Foi até que bom. Conversamos, passamos um tempo juntos na praia e depois fui pra casa dele. — falei, vendo a mais nova colocar as mãos na boca, totalmente surpresa.

— Eu sabia! Vocês foram feitos um pro outro, Bianca. Sempre soube disso! — Luana soltou um gritinho de animação.

— Não é tão simples assim. — disse, tentando manter uma expressão séria, mas não conseguia esconder o sorriso que ameaçava aparecer. — Muita coisa aconteceu, e a distância não ajudou em nada. Mas... foi bom estar com ele, mesmo que só por uma noite.

— Eu fico feliz por vocês e espero que voltem logo pra gente sair de casal. — a mais nova disse, e eu dei uma risada, negando com a cabeça.

— As coisas não vão mudar, Lu. Não quero tentar um relacionamento a distância de novo, já sabemos como foi da última vez. — falei, vendo a garota concordar com um sorriso confortante.

Ficamos em silêncio por um momento, apenas observando as ondas enquanto elas se aproximavam da praia. Eu estava perdida em pensamentos, mas ao mesmo tempo, sentia uma calma que não experimentava há algum tempo.

— Que tal darmos uma passada no shopping depois do treino? — Luana sugeriu, quebrando o silêncio. — Tô precisando de algumas coisas pro Havaí.

— Pode ser. — respondi, feliz pela mudança de assunto. — Vai ser bom dar uma olhadinha nas coisas.

Luana concordou comigo, e a gente começou a nadar para a superfície quando o Henrique chamou a gente. Como o mar não estava com muitas ondas, acabamos indo até o banheiro de uma pousada que tinha na frente da praia. Eles sempre ofereciam o banheiro pra gente tomar uma ducha depois dos treinos, o que era maravilhoso.

[…]

O shopping estava cheio, como sempre, mas a Luana e eu conseguimos nos perder entre as lojas, experimentando roupas e falando sobre o que precisávamos pro campeonato. Era um daqueles dias que me lembrava como era bom ter amigas como ela por perto, alguém que entendia os altos e baixos de ser uma surfista profissional.

— Você acha que essa canga combina com o biquíni que comprei? — Luana perguntou, segurando uma canga colorida.

— Vai ficar perfeito. — Respondi, observando a peça. — Aliás, você vai arrasar no Havaí. Tá pronta?

— Quase. — Ela riu, jogando o cabelo para trás. — Tô um pouco nervosa, pra ser sincera. Mas quem não estaria, né? Pipeline é um dos maiores desafios.

— Com certeza. — Concordei, pegando uma camiseta leve e colocando sobre o corpo pra ver se gostava. — Mas a gente tá pronta. Treinamos pra isso, né?

Luana assentiu, com um olhar determinado. — Sim, e vai ser incrível. Imagina a gente no topo do mundo, competindo contra as melhores. Quem diria?

Sorri, sentindo uma onda de orgulho por nós duas.

Quando finalmente voltei pra casa, já era noite. O apartamento estava tão silencioso como sempre, e a sensação de vazio voltou a me atingir como um choque. Por mais que eu amasse a liberdade de viver sozinha, longe de tudo e de todos, havia dias em que a solidão pesava mais.

Suspirei, largando as sacolas no sofá e indo direto pro chuveiro. A água quente caía sobre mim enquanto eu tentava afastar os pensamentos que surgiam com força. Peguei meu celular e coloquei uma música pra tocar, algo que sempre fazia pra preencher o silêncio.

"Perfectly Wrong", do Shawn Mendes, começou a tocar, e imediatamente senti uma onda de nostalgia. Aquela música sempre me lembrava do Gabriel, de como costumávamos escutá-la juntos, das noites em que ficávamos deitados no sofá, falando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. A letra era dolorosamente familiar, como se cada palavra fosse escrita pra gente.

Fechei os olhos, deixando que as lembranças me inundassem. Eu podia quase sentir o cheiro dele, a maneira como ele me segurava, a sensação de segurança que eu tinha quando estava nos braços dele. Era difícil não sentir saudade, não se arrepender das escolhas que me trouxeram até aqui, sozinha.

Por um momento, considerei pegar o telefone e ligar pra ele, só pra ouvir a voz dele, mas me contive. Sabia que isso só ia complicar as coisas. Não queria abrir uma ferida que estava tentando cicatrizar. Mas a verdade é que, por mais que eu tentasse seguir em frente, o Gabriel ainda estava presente em todos os meus pensamentos.

Saí do chuveiro, me enrolando numa toalha enquanto a música ainda tocava. Caminhei até o quarto, sentindo o peso da solidão mais uma vez. Por mais que eu tivesse amigos, sucesso, uma carreira que muitos invejariam, havia uma parte de mim que se sentia incompleta.

Deitei na cama, abraçando um travesseiro e olhando pro teto, enquanto as últimas notas da música ecoavam pelo quarto. Eu sabia que precisava manter o foco, que o campeonato estava chegando e que esse era o meu sonho se realizando. Mas também sabia que, no fundo, ainda existia uma parte de mim que queria voltar no tempo, fazer as coisas de forma diferente.

retorno das ondas: Gabriel Medina Onde histórias criam vida. Descubra agora