Segunda feiraO relógio marcava exatamente 14:00 quando a equipe da Capitã Olivia recebeu o chamado urgente. Um policial sob investigação estava mantendo sua esposa e filha reféns, com uma arma apontada para ambas. A tensão se instaurou na delegacia. Ana, rápida em sua eficiência, foi imediatamente comunicar a capitã sobre a situação crítica.
"Capitã, temos uma situação grave. O policial da divisão oeste está mantendo a família refém. Não quer negociar, mas não podemos perder tempo."
Olivia manteve a calma, mas a urgência em seus olhos era evidente. "Vamos ao local. Imediatamente."
A equipe se organizou rapidamente e partiu, o clima no carro era de concentração absoluta. Chegando ao local, uma casa modesta em um bairro residencial, cercada de árvores e quase isolada, eles viram que a rua estava coberta de políciais, os moradores provavelmente tinham se trancado dentro de suas casas.Olivia, ao lado de Ana,Elliot, Amanda, Fin e Carisi analisou a situação enquanto o restante da equipe cercava a casa. Tentativas de diálogo foram feitas por meio de um megafone. Elliot tentou argumentar, oferecendo ajuda e tentando apelar para o lado emocional do homem, mas o silêncio era a única resposta.
"Ele não vai ceder," disse Ana, sua voz baixa, mas firme.Olivia sabia que cada segundo era crucial. Foi então que Fin, observando a situação com o olhar atento de sempre, decidiu tomar uma ação mais arriscada. Sem ser notado, ele se afastou do grupo e começou a contornar a casa, em direção aos fundos. Ele encontrou uma janela semiaberta e, com toda a cautela, a empurrou, entrando silenciosamente.
Dentro da casa, o ambiente estava carregado de tensão. Fin se movia lentamente, seus olhos focados em localizar o homem. Quando finalmente o avistou, viu o policial de pé, ainda segurando a arma, mas com o olhar vazio, como se estivesse num estado entre a raiva e o desespero absoluto.Fin não pensou duas vezes. Ele sabia que tinha que agir rápido. Num movimento rápido, ele saltou em direção ao policial, gritando ao mesmo tempo para que a mulher e a filha corressem.
"Agora! Saiam daqui!"
Do lado de fora, Olivia observava a cena com apreensão. Quando viu a mulher e a menina correndo em direção à porta, sentiu um alívio temporário.
"Ana, Elliot, levem-nas ao hospital, agora!" ordenou Olivia, com a autoridade de sempre, mas com um nó na garganta que só ela sabia esconder.
Mas o alívio durou pouco. De repente,, um som que ninguém queria ouvir ecoou pelo ar: um disparo.
Olivia e os outros membros da equipe não hesitaram. Correram para dentro da casa, coração disparado, prontos para o pior. Quando entraram na sala, a visão que encontraram foi devastadora. O policial estava sobre Fin, ambos gemendo de dor, suas respirações pesadas ecoando na sala silenciosa.
Era impossível saber quem havia sido atingido. Tudo aconteceu em uma fração de segundo, mas parecia uma eternidade para Olivia. Quando os colegas conseguiram afastar o policial, a verdade veio à tona com um golpe avassalador: otiro havia acertado Fin no peito.
Fin, pálido, quase desfalecido, estava deitado no chão, o sangue manchando sua camisa. Olivia, sempre tão forte, sentiu como se o chão estivesse cedendo sob seus pés. Ali, diante dela, estava seu amigo, seu irmão de coração, lutando para respirar, para se manter consciente.
"Fin, aguenta firme! Estamos aqui, vamos te tirar daqui!" Olivia disse, mas sua voz, pela primeira vez, falhou em transmitir a segurança habitual.
O policial, por sua vez, desmaiou logo após o impacto da luta, sendo rapidamente algemado e levado pela equipe.Mas a preocupação de Olivia era toda para Fin. Ela pressionava a mão sobre o ferimento, tentando estancar o sangramento enquanto gritava por ajuda médica. A espera pela ambulância pareceu uma eternidade. Quando finalmente chegaram, Fin já estava perdendo a consciência, seus olhos encontrando os de Olivia por um último momento antes de se fechar.
Olivia manteve-se ao lado dele durante todo o tempo, segurando sua mão, recusando-se a deixá-lo, mesmo enquanto os paramédicos trabalhavam freneticamente para estabilizá-lo.
As sirenes da ambulância se afastavam, levando consigo uma parte da alma de Olivia. Ela sabia que seu papel como capitã exigiaforça, mas naquele momento, toda a sua armadura parecia se despedaçar. Fin era mais do que um colega, mais do que um amigo; ele era a família que ela havia escolhido. Ela ficou parada por um momento, os olhos fixos no ponto onde Fin havia caído, o mundo ao seu redor desaparecendo.
Elliot e Ana voltaram ao local, já com as notícias de que a mãe e a filha estavam seguras no hospital. Ao ver Olivia parada, perdida em pensamentos, Elliot se aproximou, colocando a mão em seu ombro.
"Ele vai sair dessa. Fin é forte, você sabe disso," disse Elliot, sua voz cheia de convicção, tentando transmitir a mesma força que Olivia tantas vezes havia dado a ele.Mas, naquele momento, as palavras pareciam insuficientes. Olivia sentiu as lágrimas subindo, mas as conteve com toda a força que lhe restava. Havia mais trabalho a ser feito, relatórios a serem preenchidos, uma investigação a ser conduzida sobre o policial que quase tirou a vida de seu amigo.
"Vamos resolver isso," disse Olivia, mais para si mesma do que para os outros. "Vamos garantir que isso nunca mais aconteça."
A noite se aproximava e com ela o cansaço físico e emocional tomava conta de todos. O peso da liderança, da responsabilidade, do vínculo emocional com sua equipe, tudo recaía sobre Olivia com força total. Ela sabia que precisava ser forte,que todos olhavam para ela em busca de orientação e segurança. Mas naquele momento, tudo o que queria era estar ao lado de Fin, segurando sua mão, prometendo que tudo ficaria bem, mesmo que essa fosse a promessa mais difícil de ser cumprida.
Quando finalmente chegou ao hospital, Fin já estava na sala de cirurgia. Olivia encontrou Melinda s
Irmã caçula do Fin, que estava lá, claramente abalada, mas tentando manter a compostura. Elas trocaram um olhar silencioso, cheio de significados que não precisavam de palavras."Ele é forte, vai sair dessa," disse Melinda, com uma confiança que ela própria parecia estar tentando convencer a si mesma.Olivia apenas assentiu, sentindo um aperto no peito que ela sabia que não passaria até que tivesse certeza de que seu amigo estaria bem.
O tempo no hospital passou de forma arrastada. Horas pareceram dias enquanto Olivia aguardava notícias. Ela recusou-se a ir embora, a deixar Fin sozinho. Quando finalmente o cirurgião apareceu, todos os olhares se voltaram para ele.
"A cirurgia foi um sucesso. O tiro passou perto do coração, mas ele é um guerreiro. Vai precisar de tempo para se recuperar, mas ele vai ficar bem."
As palavras do médico foram como um peso sendo tirado das costas deOlivia. Ela sentiu uma onda de alívio, as lágrimas finalmente escapando de seus olhos enquanto ela abraçava Melinda, ambas compartilhando o alívio de saber que Fin ficaria bem.
Mas, naquele alívio, também havia uma nova resolução. Olivia sabia que o que aconteceu naquela casa mudaria muitas coisas, tanto para ela quanto para sua equipe. Ela não podia perder mais ninguém, não podia permitir que a linha entre o dever e o perigo se tornasse tão tênue. A partir daquele dia, as coisas teriam que mudar, não só para protegê-los fisicamente, mas emocionalmente também.
E, enquanto observava Fin sendo levado para o quarto, com o coração ainda batendo,Olivia prometeu a si mesma que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para garantir que ele e todos os outros saíssem sempre daquela linha de fogo. Porque, no final, eles não eram apenas uma equipe; eram uma família. E ela jamais permitiria que sua família se desfizesse.
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Ruptura Silenciosa
ФанфикSinopse Aos 28 anos, a Capitã Olivia Benson fez história ao se tornar a primeira mulher a alcançar o posto de capitã na polícia, liderando uma equipe de elite composta por Elliot, Amanda, Fin, Carisi e Ana. Respeitada por sua competência e determin...