Os dias que seguiram foram difíceis para Olivia. O peso do diagnóstico estava sempre em sua mente, uma sombra que ela não conseguia afastar. Mesmo com os momentos de alegria proporcionados pela pequena Myrella, a realidade implacável de sua situação permanecia. No entanto, ela se manteve firme, decidida a continuar sua vida da melhor maneira possível enquanto esperava o início do tratamento.
Ela havia se dedicado ao trabalho como forma de distração. Cada caso que passava por sua mesa era analisado com uma precisão quase obsessiva, como se mergulhar no trabalho pudesse afastar o medo que sentia. Fin, Amanda, Carisi, Ana—todos notavam a mudança no comportamento dela, mas respeitavam seu espaço, acreditando que Olivia estava apenas lidando com o estresse da maneira que sabia.
Naquela tarde, Olivia estava em seu escritório, concentrada em um relatório complicado. Ana,estava ao seu lado, discutindo os detalhes do caso. A dinâmica entre elas era muito forte e mesmo agora, com tudo que estava acontecendo, elas funcionavam como uma máquina bem afinada.
“Então, eu acho que devemos revisar os depoimentos das testemunhas novamente,” disse Ana, apontando para um parágrafo no relatório.
Olivia assentiu, mas seus olhos começaram a perder o foco. Ela piscou algumas vezes, tentando afastar a sensação de que o mundo ao seu redor estava escurecendo. De repente, um apagão a atingiu com força por alguns segundos, novos efeitos colaterais dos remédios.
“Liv? O que houve?” Ana perguntou, imediatamente percebendo que algo estava errado. Ela demorou um pouco pra responder.
“Não sei,de repente eu apaguei” Olivia respondeu automaticamente, tentando analisar o que aconteceu, mas a vertigem piorou.
“Ana eu preciso deitar, está tudo rodando ” Liv exclamou, sua voz lenta. Ela se levantou rapidamente, ajudando Olivia a se levantar e a colocando deitada no sofá que tinha em sua sala.
“Liv você está mais gelada que um defunto,vou te levar pra casa,ouviu?”diz Ana e Olivia só sussurra um ok sem questionar muito.
Ana chama Fin pra ajudar ela. “Fin,pegue a bolsa e o carro da Olivia e deixe na porta dos fundos da delegacia,vou levar ela para casa”
“Oi,o que aconteceu?”ele questiona "Ela deu um apagão e está fria e suando acho melhor eu levar ela pra casa"responde Ana aflita.
Fin pega a bolsa e chave do carro de Liv e fala “Ok,quer que eu a pegue no colo?”
"Não precisa eu levo ela e outra você não pode carregar peso"
"Tá bom vamos"Ana pega Olivia no colo e vai atrás do Fin pela porta dos fundos, para ser menos constrangedor para Olivia,pois eles sabiam que ela queria ser discreta.
Fin estava visivelmente preocupado enquanto caminhava apressado até o estacionamento da delegacia. Olivia tinha insistido que estava bem, mas ele sabia melhor do que ninguém que ela estava tentando esconder o quanto estava se sentindo mal. Ele já tinha visto Olivia passar por muitas coisas, mas nunca a tinha visto tão frágil. Quando ele finalmente encontrou o carro de Olivia, estacionado perto da entrada dos fundos, ele entrou, ligou o motor e o trouxe até a porta onde Ana estava esperando, ajudando Olivia a se manter de pé.
Olivia, embora mole e claramente exausta, estava consciente. Seus olhos encontraram os de Fin e, mesmo sem dizer uma palavra, ele podia ver a gratidão e o cansaço em seu olhar. Ana, sempre prática, abriu a porta do passageiro e ajudou Olivia a se sentar no banco da frente. Olivia se ajeitou no banco com esforço, apoiando a cabeça no encosto e fechando os olhos por um momento.
"Obrigada, Fin," Olivia murmurou, sua voz fraca mas cheia de sinceridade.
Fin colocou uma mão firme no ombro dela. "Não se preocupe com nada, Liv. Eu vou cuidar de tudo aqui. E qualquer coisa, Ana vai me ligar. Você só precisa descansar agora."
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ruptura Silenciosa
أدب الهواةSinopse Aos 28 anos, a Capitã Olivia Benson fez história ao se tornar a primeira mulher a alcançar o posto de capitã na polícia, liderando uma equipe de elite composta por Elliot, Amanda, Fin, Carisi e Ana. Respeitada por sua competência e determin...