Na manhã seguinte ao jantar, Olivia acordou com o coração leve, um sentimento de paz e felicidade preenchendo cada parte de seu ser. Ao seu lado, Ana ainda dormia, seu rosto tranquilo, os cabelos espalhados sobre o travesseiro. Olivia ficou ali, por alguns minutos, admirando a mulher que havia transformado sua vida. O pedido de namoro da noite anterior ainda reverberava em sua mente, trazendo consigo uma sensação de pertencimento que ela não sentia há muito tempo.
Depois de alguns instantes, Olivia se levantou silenciosamente, sem querer acordar Ana, e foi até a cozinha. Myrela ainda dormia no quarto ao lado. O sol matinal entrava suavemente pelas janelas, iluminando a casa com uma luz dourada. Ela sorriu ao pensar em como, agora, elas eram uma família. Um trio inseparável.
Enquanto preparava o café, Olivia refletia sobre os desafios que ainda estavam por vir. A batalha contra o câncer não tinha terminado, e ela sabia que ainda haveria dias difíceis pela frente. Contudo, com Ana e Myrela ao seu lado, Olivia sentia que tinha uma força renovada. O apoio de seus amigos, como Fin, Amanda e Carisi, era essencial, mas o amor de Ana e Myrela a sustentava de uma maneira que ela nunca havia experimentado.
As memórias de quando descobriu a doença vieram à tona. O medo inicial, a sensação de estar perdida, e a incerteza sobre o futuro. Mas agora, naquele momento, cercada por amor e apoio, ela se sentia mais forte do que nunca.
Ana acordou pouco tempo depois e foi até a cozinha, ainda com a expressão sonolenta, mas com um sorriso nos lábios ao ver Olivia preparando o café.
— Bom dia, amor — Ana disse, abraçando Olivia por trás.
— Bom dia — Olivia respondeu, virando-se para dar um beijo suave em Ana. — Dormiu bem?
— Como uma pedra — Ana brincou. — E você? Está tudo bem?
— Sim — Olivia respondeu, com um sorriso que tranquilizou Ana. — Eu estou bem.
Os dias que se seguiram foram preenchidos por uma rotina suave e cheia de companheirismo. Olivia continuava a fazer suas sessões de quimioterapia, mas agora ela tinha uma rede de apoio mais forte do que nunca. Ana estava sempre ao seu lado, ajudando-a a enfrentar os dias difíceis com coragem e amor. Quando Olivia estava se sentindo mais fraca, Ana tomava conta de tudo, seja em casa ou com Myrela, que agora via Olivia como uma segunda mãe.
Myrela, por sua vez, estava mais alegre do que nunca. Ela corria pela casa, brincando com seus brinquedos, sempre pedindo a atenção de Olivia, que, mesmo nos dias mais difíceis, tentava participar ao máximo. A conexão entre as duas crescia a cada dia, e Olivia sentia uma felicidade genuína ao ver o amor inocente e puro que Myrela trazia para sua vida.
Certa tarde, enquanto Olivia estava descansando no sofá, Myrela se aproximou com sua típica curiosidade infantil.
— Mamãe Liv? — Myrela perguntou, com os olhos grandes e curiosos. Olivia ainda estava se acostumando a ser chamada de "mamãe" por Myrela, mas toda vez que ouvia isso, seu coração se aquecia.
— Sim, minha pequena?
— Você vai ficar boa logo, né? — Myrela perguntou, com uma mistura de esperança e preocupação na voz.
Olivia sorriu, puxando Myrela para seu colo. Ela sabia que, apesar da tenra idade, a menina entendia que algo estava acontecendo. Myrela era observadora, e mesmo que Ana e Olivia tentassem manter o ambiente leve, ela percebia as mudanças.
— Eu estou lutando muito para ficar boa, querida — Olivia respondeu, acariciando o cabelo de Myrela. — E, com vocês aqui comigo, tenho certeza de que vou ficar melhor logo, logo.
Myrela a abraçou forte, e Olivia sentiu seu coração se encher de amor. Naquele momento, tudo parecia possível.
Durante os dias que se seguiram, Olivia e Ana continuaram a fortalecer sua relação. Agora, com o relacionamento oficializado, elas não tinham mais medo de demonstrar o quanto significavam uma para a outra. Elas passavam os dias cuidando de Myrela, trabalhando quando possível, e lidando com os altos e baixos do tratamento de Olivia.
Uma noite, enquanto Myrela já dormia, Olivia e Ana estavam sentadas no sofá, conversando sobre o futuro. Ana segurava a mão de Olivia, e a intimidade entre elas era palpável.
— Você tem pensado no que vem depois? — Ana perguntou suavemente, referindo-se ao tratamento de Olivia.
— Eu tento não pensar muito além do presente — Olivia respondeu, sua voz calma. — Mas, ao mesmo tempo, eu sonho com o futuro. Um futuro onde estamos todas juntas, onde podemos viver sem essa sombra da doença sobre nós.
Ana apertou a mão de Olivia, sua expressão se suavizando.
— Eu também sonho com isso — ela disse, com um sorriso leve. — E eu sei que esse futuro está logo ali, à nossa espera.
Olivia olhou para Ana com admiração. A força e a paciência que Ana demonstrava a cada dia a surpreendiam. Ana tinha passado por suas próprias batalhas no passado, mas nunca deixou de estar ao lado de Olivia, oferecendo amor e apoio incondicional.
— Eu não sei o que faria sem você — Olivia confessou, sua voz cheia de emoção.
— Você nunca vai precisar descobrir — Ana respondeu, inclinando-se para beijá-la.
Nos dias que se seguiram, a vida continuava com seus desafios e alegrias. Fin e o outros sempre presentes, ajudavam como podiam, fazendo visitas frequentes e garantindo que Olivia nunca se sentisse sozinha. Eles sabiam o quanto Olivia era forte, mas também sabiam que ela precisava de uma rede de apoio sólida.
Fin observava a relação entre Olivia e Ana com carinho, percebendo o quanto as duas haviam se transformado juntas. Ele, que sempre foi como um irmão para Olivia, sentia-se aliviado ao ver que ela finalmente tinha encontrado alguém que a amava incondicionalmente. E, claro, Myrela trazia uma leveza e alegria que preenchia todos os espaços vazios.
Certo dia, Fin estava sozinho em seu apartamento, refletindo sobre tudo o que estava acontecendo. Ele pensava em Olivia, em sua força, e em como ela estava lidando com a doença de uma maneira que o inspirava.
— Essa mulher é incrível — ele murmurou para si mesmo, balançando a cabeça. Ele sabia o quanto Olivia estava lutando e como a presença de Ana havia sido crucial para isso.
Fin também não podia deixar de pensar em como Ana e Olivia eram perfeitas uma para a outra. Ele via a química entre elas, o carinho nos olhares, e o cuidado com o qual Ana tratava Olivia e Myrela. "Elas têm o molho e o molho delas tem muito dendê", ele pensava com um sorriso, usando sua expressão favorita para descrever quando algo ou alguém tem aquele algo a mais.
Ele também sabia que Myrela havia encontrado uma nova figura materna em Olivia. Era evidente o quanto a pequena se apegava a Olivia, e Fin podia ver claramente o potencial daquela relação se transformar em uma bela família.
Enquanto isso, Myrela também começava a entender cada vez mais sobre sua nova dinâmica familiar. Ela adorava passar tempo com Olivia, e às vezes imaginava como seria se tivesse duas mamães oficialmente. Durante uma caminhada com Ana, a caminho da escola, Myrela fez uma pergunta que pegou sua mãe de surpresa.
— Mamãe? A mamãe Liv pode ser minha mamãe de verdade também? — Myrela perguntou, olhando para Ana com seus grandes olhos curiosos.
Ana, pega de surpresa, sorriu carinhosamente e respondeu:
— Liv já te ama como se fosse sua mamãe de verdade, querida.
Myrela sorriu, contente com a resposta, mas ainda assim imaginava como seria viver em uma casa onde as três formassem uma família para sempre.
Essa conversa ficou ecoando na mente de Ana nos dias seguintes. Ela sabia que o amor entre ela e Olivia era real, e o fato de Myrela desejar que Olivia fosse oficialmente sua segunda mãe a emocionava profundamente. Ana, cada vez mais, se via sonhando com um futuro ao lado de Olivia e Myrela, onde as três viveriam como uma verdadeira família.
Enquanto o tempo passava, o relacionamento entre Olivia e Ana continuava a florescer, e Myrela, sempre com seu jeito doce e amoroso, preenchia suas vidas com alegria. Juntas, as três construíam um novo caminho, cheio de amor, desafios e esperança.
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Ruptura Silenciosa
FanficSinopse Aos 28 anos, a Capitã Olivia Benson fez história ao se tornar a primeira mulher a alcançar o posto de capitã na polícia, liderando uma equipe de elite composta por Elliot, Amanda, Fin, Carisi e Ana. Respeitada por sua competência e determin...