Prestes a se formar no curso de veterinária tão estimado, Sina Deinert tem convicção que relacionamentos amorosos não cabem em sua rotina apressada.
Mas não significa que uma diversão casual seja impensada.
Carregando um histórico de corações part...
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Abrir os olhos demanda um esforço além da compreensão para Noah.
Ele desiste nos primeiros segundos de tentativa.
Sua consciência ora oscila entre a superfície, ora afunda numa névoa sonífera. Mesmo com certas percepções sobre os arredores e o que fez nos últimos instantes lhe escapando a lembrança, o fato de encontrar-se deitado sob algo confortável não torna difícil deduzir que ele esteja em seu quarto, ou em um quarto. O colchão macio o acomoda, a temperatura agradável inibe o calor que o verão vinha trazendo consigo nas últimas semanas e além disso há a presença de outro corpo ao lado.
Noah sequer faz ideia de como chegou onde está, e tentar forçar a memória desperta uma dor de cabeça latejante. Mas ele tem certeza que Sina é quem ocupa seu lado na cama. Quem mais ocuparia?
Ele ultrapassa um braço sobre a curvatura de uma cintura, trazendo a dona mais para perto. Ouve um murmúrio contente e manhoso em resposta. É sempre bom ter Sina consigo, ainda que não se recorde de como ela fora parar ali. Deve ter ligado para a loira em algum momento, quando melhorou um pouco.
Quando afunda o rosto nos cabelos compridos e um aroma destoante da típica essência de bala de framboesa a qual está habituado domina meus sentidos, ele desperta na hora, abrindo os olhos de forma assombrada.
Não era a namorada que vinha aconchegando em seus braços.
Uma mistura de alerta e confusão dispara através das terminações nervosas dele, acordando de uma única vez todos os sentidos ao visualizar a imagem de Bianca dividindo a cama comigo. Para piorar, ela está completamente nua.
Noah dá um salto para longe, caindo da cama devido a exasperação no processo. Percebe enfim que não se encontra em seu quarto específico, mas no da mulher com ele. Se vê coberto somente com a cueca boxer amarrotada no cós e sem uma recordação de como fora parar naquele lugar e naquele estado.
Pânico puro e desesperador o domina.
Ele não pode ter traído Sina. Nunca faria tal coisa. Abominava a infidelidade como ninguém. E acima de tudo, a amava demais para sentir necessidade por outra mulher.
Sua cabeça lateja incessantemente como se tocassem uma bateria em seu cérebro. Noah tenta rememorar o que havia acontecido, porém tudo é um breu sem fim. A última coisa da qual tem noção era ter apagado com o rosto encostado na janela do carro por aplicativo.
Faltam as peças restantes do quebra-cabeça. O que aconteceu depois daquilo? Como foi parar na cama de Bianca daquele jeito?
Com o estômago aos embrulhos, ele tateia o chão em busca das roupas e trata de se recompor como pode. Até as peças estavam espalhadas pelo piso, como se o cenário fosse verídico. Como se frissasse o quanto era um homem desprezível e incapaz de guardar o pau nas calças.