06- Completamente maluca

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Bom, quinta e sexta foram de muito serviço, o pessoal da fisio me convidou para uma social em um barzinho no sábado para nós podermos comemorar a chegada das Olimpíadas.

Sábado de manhã fui me aventurar pelas ruas do Rio para conseguir fazer minhas tranças. Depois de muito pensar, decidi fazer tranças para ir para Paris, seria muito mais fácil para os dias de lá, praticidade é tudo.

Então saí para ir no salão que havia marcado um horário depois de muito pesquisar. Depois de longas horas sentada em uma cadeira eu saí belíssima, minhas tranças acobreadas com cachos, estava linda. Faziam alguns anos que eu não colocava trança, tinha até esquecido o quanto eu servia beleza com elas.

Na volta para o CDV meu pai me ligou.

Alô? Pai? — Falei em italiano ao atender o celular.

"Filha, tudo bem?"Ele pergunta e eu murmurei um "sim" — "Que bom, vem cá, seus avós vão ir para as Olimpíadas?" — Ele pergunta e eu fico confusa, afinal ele sabe que meus avós odeiam viajar.

Como assim? — Questiono.

"Ué, faz anos que eu não vejo o seu Marcírio e a dona Jorsina, fiquei de pagar para eles virem para Paris nas Olimpíadas" — Ele diz.

Pai, meus avós não gostam de viajar, é mais fácil o senhor vir para o aniversário do meu avô em agosto! — Disse rindo e entrei no CDV.

"Mas poxa, dona Jorsina disse que ia pedir para você comprar as passagens" — Ele diz e eu rio alto.

Pai, ela não sabe falar não, ela tá te engabelando — Avisei e ele soltou um "ah"

"Tudo bem, então vou ver se vou para o Brasil em agosto" — Ele diz chateado e eu sorrio.

Terminamos de conversar eu já estava no meu quarto. Corri me arrumar, afinal eu precisava sair como os meus colegas da fisioterapia.

Me arrumei rapidamente, e fui sair, infelizmente as meninas estavam no meio do caminho e me atacaram.

— Meu Deus, que linda, quem é essa gatinha? — Rosamaria diz ao me ver.

— Gostou? — Perguntei dando uma voltinha e ela sorriu

— Tá muito linda mesmo — Pri diz e eu sorrio agradecida.

Carol, Roberta, Nyeme, Lorenne estavam por ali também me elogiaram, e eu fiquei sem jeito.

— Rosamaria e Roberta podem vir aqui? — Pedi e carreguei ela para um canto.

Desde quarta-feira preciso conversar com Rosamaria e Roberta, mas não tenho oportunidade.

Desde quarta fiquei extremamente ansiosa com o que aconteceu naquele dia com Gabriela, não sei porquê mas algo tinha ficado nas entrelinhas e conforme os dias passaram foi ficando mais claro essas entrelinhas. Precisava perguntar para elas se era coisa da minha cabeça.

— Rosamaria, você falou algo sobre sua observação da química entre eu e Gabriela para a própria? — Questionei baixo.

O QUE? — Ela pergunta confusa.

— Por que você tá perguntando isso? — Roberta pergunta desconfiada.

— Ai não sei, eu acho que ela meio que flertou comigo, mas eu acho que tô doida, não queria perguntar para vocês porque acho que tô maluca — Disse meio como se fosse algo irrelevante para ser deixado para lá. Elas se olharam e pareciam querer falar algo.

— É... — Roberta balbucia e eu fico confusa.

— Léo, não, eu não falei nada — Falava Rosa enquanto Roberta ficava ainda pensativa.

A Resiliência da Alquimia | Gabi GuimarãesOnde histórias criam vida. Descubra agora