Fui para o quarto com meus colegas, e nos arrumamos, Chico convidou todos do nosso apartamento para darmos uma volta pelas ruas de Paris pós jantar, mas somente eu aceitei, tinha zero planos, meu tio disse que estaria ocupado, minha madrinha foi para Rouen para resolver algumas coisas, e meu pai disse que dormiria cedo por conta da final do vôlei de amanhã.
Então fui jantar mais arrumadinha, tava de calça larga de alfaiataria, regata de alcinha preta com uma camisa de botão com desenhos abstratos em tons terrosos. Fui uma das últimas a chegar, então fui ovacionada com "finalmente", "achei que iríamos jantar a comida fria", entre outras coisas, que me fizeram debochar e rir da situação.
— A culpa não é minha se Rafaela e Francisco me deixaram por último na escala do banho! — Falei e a maioria riu.
— Pelo menos você não explode o chuveiro tomando banho! — Roberta diz olhando para Gabi, que tinha sido uma das primeiras a zoar meu atraso. Eu gargalho e as meninas fazem o mesmo.
— Não achei graça! — Gabi diz e se aproxima de mim.
— Eu achei! — Brinquei e ela passou os braços pelos meus ombros. Fiquei surpresa com a ação, mas sorri, todo mundo já sabia que algo rolava aqui, quem era eu para lutar contra isso.
O Zé Roberto, que era o mais atrasado de todos chegou e então finalmente pudemos jantar. Foi um jantar com um gostinho de tristeza, sabe, quase todas as meninas discursaram, mais uma vez, mais do que já tinham feito mais cedo no vestiário, e eu chorei mais uma vez, todos choraram (ou eu me convenci disso para não passar como chorona)
O pessoal jantou e foi se despedindo e indo para seus próprios planejamentos.
— Vamos, Léo? — Chico perguntou se levantando e eu afirmei.
— Vamos! — Falei e me levantei.
— Vai onde, bonita? Nem convida a gente?! — Roberta pergunta e eu franzo as sobrancelhas.
— Verdade, achei meio babaca da sua parte — Rosa diz e eu reviro os olhos.
— Vocês podem vir! Se quiserem — Falei e Gabi surgiu atrás de mim, senti-a ao abraçar os meus ombros por trás.
— Ir aonde? — Ela diz. É estranho estar tão próxima de Gabriela no meio de todos, desde que chegamos no jantar toque físico foi algo bem recorrente toda vez que ficávamos próximas.
— Eu e o Chico vamos mais para longe do centro de Paris para beber — Expliquei e as meninas toparam. Elas levantaram e Gabi me soltou.
— Porque não me chamou? — Ela sussurrou e eu ri.
— Você já tinha dito que ia sair com a Carol, Anne, Thaisa e o noivo dela — Eu expliquei e ela cerrou os olhos e eu sorri — Mas se você quiser vir, pode também! — Falei e ela sorriu.
— Vou ir encontrar Carol, depois eu convenço ela, fica atenta que aí te chamo para pedir sua localização! — Ela diz e eu afirmo, Chico chama minha atenção e eu saio.
Vamos de táxi até o bar que Francisco escolheu. Finalmente podia beber em paz! Estávamos tão felizes por tudo que tirei até uma foto e postei marcando eles.
— Você e a Gabi chutaram o balde, hein! — Chico atira e eu rio negando.
— Depois de ontem meio que era imprevisível, e outra eu sabia que uma hora ou outra com o final das olimpíadas as meninas iam saber! — Expliquei e Roberta me olhou séria.
— Então, você aceitou que gosta da Gabi? — Beta diz e eu reviro os olhos. Ainda não sei lidar muito com esse fato, mas acho que não posso negar.
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A Resiliência da Alquimia | Gabi Guimarães
Fanfiction"A resiliência da alquimia" refere-se à capacidade de enfrentar e superar desafios com uma transformação profunda e adaptativa, semelhante ao processo de transformação na alquimia. Significa a habilidade de transformar dificuldades em oportunidades...