Luísa estava sentada no sofá da sala, o olhar distante e perdido em algum ponto indefinido da sala. Sua expressão estava um misto de confusão e reflexão, como se estivesse pensando profundamente sobre algo que a inquietava. O ambiente estava silencioso, apenas interrompido pelo leve som da televisão ligada no fundo, que exibia imagens aleatórias sem chamar sua atenção.
Clara, que estava se preparando para sair para o hospital, se aproximou da porta. Ela havia notado a distração de Luísa, e uma pequena preocupação se formou em sua mente. Decidida a entender o que estava acontecendo, Clara se dirigiu até a sala. Quando Luísa levantou os olhos e a viu, seu semblante suavizou, mas ainda havia uma nuvem de pensamentos não resolvidos.Clara parou na porta, esperando que Luísa falasse. Quando a distância entre elas se reduziu, Luísa levantou-se lentamente do sofá e caminhou até Clara. Seus olhos estavam fixos nos de Clara, e, ao chegar perto, Luísa a puxou pela cintura com a mão esquerda. Com a mão direita, ela mergulhou suavemente no cabelo de Clara, inclinando sua cabeça um pouco para cima.O beijo que se seguiu foi uma mistura de cuidado e firmeza. Luísa explorou os lábios de Clara com uma ternura profunda, cada movimento do beijo carregava a intensidade de sentimentos reprimidos e uma conexão que parecia finalmente encontrar sua expressão. Clara fechou os olhos, entregando-se ao momento, sentindo a presença de Luísa de maneira intensa e apaixonada.
Após o beijo, Luísa se afastou um pouco e sussurrou com um sorriso:
– Bom dia.
Clara sorriu, ainda um pouco ofegante.
– Bom dia. O que você estava pensando?
Luísa hesitou por um instante, olhando para Clara com um olhar mais suave.
– Eu estava pensando que, até agora, não tivemos um pedido oficial de namoro. Não fiz nada formal para pedir você para ser minha.
Clara franziu a testa, surpresa, mas logo sorriu.
– Não precisa disso, Luísa. Eu já sei o quanto você me ama e o quanto eu te amo. Não precisamos de formalidades.
Luísa sorriu aliviada, e suas mãos ainda estavam ao redor da cintura de Clara, como se quisesse se certificar de que ela ainda estava ali, ao seu alcance.
– Eu só queria ter certeza de que estávamos na mesma página. E agora que sei que estamos, me sinto muito melhor.
Após a conversa, Clara se preparou para ir ao hospital. Luísa a acompanhou até a porta e, com um beijo rápido e um sorriso, a despediu.
No hospital, Clara estava quase terminando seu turno quando recebeu um vaso de rosa com um bilhete. O bilhete dizia:
"Quando você tiver um momento, vá para fora. Tenho algo para você."
Curiosa e animada, Clara decidiu seguir as instruções. Ao sair pelas portas do hospital, foi recebida pela visão de Luísa encostada em sua moto. Luísa estava segurando um buquê de rosas vermelhas, e seu olhar estava cheio de expectativa e ternura.
– Clara – Luísa começou, com uma voz que misturava nervosismo e amor – eu queria te pedir algo. Quer namorar comigo?
Clara sentiu uma onda de emoção e felicidade. O gesto de Luísa, com o buquê de rosas vermelhas e a simplicidade do pedido, a tocou profundamente. Clara sorriu e se aproximou de Luísa, envolvendo-a em um abraço apertado.
– Sim, Luísa. Eu aceito. Quero estar com você, hoje e sempre.Luísa sorriu amplamente e, ao entregar as rosas a Clara, as duas se beijaram novamente, desta vez com a certeza e a alegria de um compromisso formalizado. A noite caiu suavemente ao redor delas, e o futuro parecia agora mais promissor do que nunca.

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À Prova de Fogo ( ROMANCE LESBICO )
Lãng mạnClara: Uma médica recém-formada de 26 anos, que acabou de começar sua residência em um hospital público de uma grande cidade. Clara é dedicada, metódica e tem um coração enorme, mas a pressão da medicina e a constante luta para equilibrar vida pesso...