CAPÍTULO DEZ

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Arfei sendo colocada pra dentro do quarto. O PL me manteve em pé enquanto eu só queria me encolher. Era a mesma droga, a mesma droga que deram a mim e ao 2K. Cambaleei me soltando do PL e andei até a cama... não fui muito longe, suas mãos me encontraram e eu estremeci sentindo o calor familiar.

— Não me toca! — Exigi.

— Já não basta tá irritada o tempo todo, agora vai me proibir de te tocar!?

Com ajuda eu me sentei na cama e me encolhi. Diferente de antes, da dor misturada com a falta de controle, ali eu sabia onde estava. Sabia que as luzes dançando, a dor de cabeça e o intenso calor entre minhas pernas, não era normal. Tentei focar em algo diferente da pulsação na parte de baixo, tentei lembrar como aquela coisa parou no meu sistema sem que eu percebesse. Mas eu não lembrava.

Gemi sem conseguir me conter quando o PL me puxou pro seu colo, fui colocada de frente, encarando os seus belos olhos preocupados. Era como se o mundo estivesse a mil por hora. Cada toque era intenso demais, cada caricia, cada olhar e cada beijo era como se meu corpo fosse obrigado a corresponder. Gemi só em sentir o volume da sua calça e enlacei seu pescoço.

— Você precisa sair. — Falei entre suspiros enquanto suas mãos subiam pelas minhas costas. Meu corpo inteiro tinha um fio interligado a minha buceta e isso não era divertido.

— Tu precisa de mim.

— Não! — Tentei sai do seu colo, mas fui presa e choraminguei quando sentei no ponto certo.

— Me fala o que tá acontecendo!?

— Dor... e desejo. — Resmunguei.

— E isso ajuda? — Gemi segurando seu ombro e sentindo a dor se transformar em prazer. Ele pressionava o meu clítoris tão forte.

— AHH, SIM!

Antes que eu pudesse associar alguma coisa, a gritaria da rua ficou mais alta e no segundo seguinte o estrondo me fez xingar. Até o barulho era mais alto. Tudo vinha com intensidade!

— Falei pra ficar fora! — PL gritou.

— O que ela cheirou?! — Era a voz do Pitbull e me abracei com o PL rezando pra ele parar de gritar.

— Nada além daquela merda que vocês dois compartilharam!

— Eu não usei. — Sussurrei entre gemidos. — Só toquei, não usei.

— Deveria tá na bebida que vocês tomaram naquela sala fedida ou na garrafa do bar!

— Eu bebi daquela merda e estou perfeitamente bem! — Ouvi outro estrondo e me encolhi rezando pra que eles parassem. — Já tô cheio de você me acusando!

— Eu tava no bar com ela, vi a porcaria sair da garrafa... não foi lá.

— O que ela bebeu?

— Vodka. — Sussurrei respondendo ao Pitbull e espremendo uma perna na outra enquanto fechava os olhos. — Só vodka, a garrafa tava aberta, mas ele não colocou nada, eu teria visto.

— Quantas tu tomou? — Suspirei contra o seu peito, sentindo o cheiro do suor misturado com o fraco perfume do PL.

— Três.

— Viu ele encher todos eles? — Não consegui ficar parada em cima dele.

Seu cheiro era bom, era o que eu mais sentia falta nos nove meses. A mágoa dentro de mim estava escondida em algum lugar enquanto o desejo tava na superfície, querendo qualquer coisa dele. Eu estava excitada. Tanto que chegava a doer. Era como ser queimada viva.

— PL. — Choraminguei.

— Só Vodka? — Pitbull gritou. — Cheirou alguma coisa, recebeu alguma merda de alguém!? — Neguei sentindo as mãos do PL me pressionar no seu membro e tocar o lugar exato. Prendi os lábios pra não gemer.

O Crime Perfeito - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora