14' - need someone to save me

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🎵 he knows that I'm lovesick
he kissed me and promised I will be alright

boa leitura!

◾️Dulce◾️

Me agarro a ele como um filhote assustado, ouvindo seus fortes batimentos cardíacos contra a minha orelha e sua respiração que faz o seu peito subir e descer. De relance, vejo Samuel caído sobre o tapete do quarto. Não sei como ele fez isso, mas serei eternamente grata.

Quando estamos perto da porta, quatro homens entram. Aperto meus dedos na camisa do anônimo, que responde de volta me apertando um pouco mais em seus braços.

— Podem levá-lo. — ele diz para os homens.

Só então percebo que são alguns de seus seguranças particulares. Os quatro levantam Samuel do chão e seguem o anônimo quando ele sai para o corredor do hotel. Fico com receio de que alguém veja essa cena, mas o andar parece completamente vazio, com excessão dos capangas de Samuel também desacordados e espalhados pelo corredor.

Quero perguntar como ele fez isso, mas antes quero sair daqui, então apenas deito minha cabeça na curva de seu pescoço e deixo que ele me carregue.

Saímos pelas escadas de incêndio e eu fico um pouco impressionada em como ele consegue me carregar por tantos degraus sem ficar ofegante. Quando ele abre a porta da entrada dos fundos, sinto o vento frio da noite acertar dolorosamente a minha pele. Tremo um pouco e isso serve para que ele me aperte de novo de um jeito totalmente protetor.

Ele me coloca no banco de trás de um carro e entra logo em seguida. Rowan é o motorista e dessa vez ele não tenta fingir que não me conhece.

— Você está bem? — pergunta olhando para trás.

— Eu acho que... vou ficar. — respondo incerta.

Ele me lança um meio sorriso tranquilizador e depois se volta para a frente. Quando Rowan começa a dirigir, percebo outros dois carros pretos nos seguindo e não consigo disfarçar a minha preocupação sobre isso.

— São os meus seguranças. — o anônimo explica ao notar a minha agitação.

— O que eles fizeram com o Samuel?

— Nada. Só vamos levá-lo conosco.

— Pra que?

Ele me observa por um tempo e então ergue sua mão, que acaricia suavemente a lateral do meu rosto, colocando meu cabelo atrás da minha orelha.

— Fique tranquila. Você está segura.

Ainda incerta, sigo minha vontade de chegar mais perto. Ele não recua quando meu braço toca o seu e também não se move quando encosto minha cabeça em seu ombro. Ficamos desse jeito até que eu veja pela janela a imagem de sua mansão.

Quando descemos do carro, ele me surpreende ao segurar a minha mão e me guiar até a casa. Só me solta quando chegamos à sala, onde Maite está andando de um lado para o outro com uma expressão preocupada. Assim que me vê, ela solta um suspiro de alívio e caminha até mim, me envolvendo apertado em seus braços.

— Você está bem? — ela pergunta.

— Como vocês sabiam que eu estava em perigo? — finalmente crio consciência suficiente para perceber que essa situação não faz o menor sentido.

SirenaOnde histórias criam vida. Descubra agora