25' - come on, baby, let's ride

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🎵 my pussy taste like pepsi cola
my eyes are wide like cherry pies

boa leitura!

◾️Dulce◾️

Ele disse que não me deixaria sozinha por muito tempo, mas as horas passaram diante dos meus olhos e não houve nenhum sinal dele, por mais que eu encarasse a porta do quarto como se eu tivesse o poder de materializá-lo com a mente. Foi por isso que eu desisti de esperar e peguei no sono em sua cama.

Abro meus olhos preguiçosamente ao ouvir o barulho de uma porta se fechando. A luz do sol entra fraca pelas cortinas da janela, os raios luminosos suaves o bastante para que eu saiba que deve ter acabado de amanhecer.

Apoio-me em meus cotovelos e esfrego os olhos para enxergar bem. Christopher caminha e para ao lado da cama, seu rosto tão sério quanto sempre é, as mesmas roupas da noite anterior, mas agora sem o paletó e com a camisa dobrada até os cotovelos. Uma de suas mãos está atrás de suas costas, o que me faz notar que ele esconde algo.

— Você disse que não demoraria a voltar. — falo soando como uma repreensão.

— Sinto muito. As coisas se estenderam mais do que eu previ.

Fico olhando para ele em silêncio, minha mente aos poucos ficando mais clara e deixando os efeitos do sono de lado, me possibilitando pensar melhor. Sei que ele foi fazer algo importante para resolver a questão do Nicholas Sinclair.

— Você... — a pergunta fica solta no ar, mas ele sabe o que eu quero dizer.

— Não. Eu não o matei. — solta um suspiro cansado. — Não vou conseguir chegar perto dele assim tão fácil. Nicholas é um homem poderoso e influente, é preciso tomar o máximo de cuidado. Passei a noite montando estratégias com a minha equipe.

— É claro que você tem uma equipe só para isso. — meu sorriso torto não esconde minha ironia. — E o que é isso? — aponto com o queixo indicando sua mão que continua escondida.

Christopher revela então um buquê de girassóis e o oferece para mim. Com um tanto de estranheza e curiosidade, eu pego as flores e as trago até meu peito, dando uma boa olhada na beleza delas. Quando volto a olhar para ele, posso jurar ver um resquício de nervosismo, mas pode ser só coisa da minha cabeça, porque ele está se esforçando muito para se manter sério.

— Você estava chateada. — ele diz com um pouco de esforço depois de eu ficar o encarando como se ele fosse um alienígena.

Sinto minhas bochechas esquentarem ao passo que um sorriso estica os meus lábios. É bobo, eu sei, mas também é doce. Doce demais para ele. Christopher costumava fazer esse tipo de coisa antes, quando não era contido e não tinha receio do que sentia por mim. É bom ver que ainda sobrou um pouco disso nele. E é bom sentir que isso ainda acelera o meu coração.

— Obrigada. Isso foi muito gentil da sua parte. — agradeço.

— Enfim... — ele pigarreia e desvia o olhar, aprofundando um pouco a sua carranca de durão. — Ainda está muito cedo, você deveria voltar a dormir.

— Por que girassóis? — pergunto ignorando sua última sugestão. — Quando você estava invadido o meu apartamento também deixava girassóis no meu quarto.

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