A Namorada Do Rival - Richard Rios

006. | teste de DNA

hoje é o dia do teste do resultado do teste de DNA. Ontem fizemos o teste, eu levei meu filho na parte da manhã e o Richard foi na parte da tarde para não nos encontrarmos

avisei o Garro que o teste de paternidade saia hoje, com a maior certeza do mundo que vai dar negativo.

Cheguei na clínica junto com a Isabella, ela achou melhor me acompanhar. Me sentei a uns três metros de distância da Clara, que estava visivelmente aflita, olhando para o chão. Pouco depois, o namorado dela chegou, me lançando um olhar de raiva e nem se aproximou dela.

A única pessoa ao lado da Clara era a Isa. Só tinha nós quatro na clínica.

Quando deu 18:00, o teste ficou pronto. Nenhum de nós teve coragem de abrir o envelope, então ele acabou nas mãos da Isabella, que o abriu rapidamente. Assim que fez isso, Clara abaixou a cabeça, e Garro ficou de braços cruzados. Percebi a tensão no olhar da Isabella e já sabia a resposta.

— 99,99%, Richard — a loira falou, olhando para a amiga.

Clara começou a chorar desesperada, e o Garro olhou para nós três como se quisesse nos matar.

— Você é nojenta — ele gritou, apontando o dedo para ela.

— Seu babaca — Isabella retrucou, também gritando, enquanto eu a segurava. — Ainda bem que o Lucca não é seu filho.

— Não me procure mais, Maria Clara — ele falou, saindo e batendo a porta da clínica com tanta força que quase quebrou a porta de vidro.

Clara continuava chorando, tremendo. Tudo isso porque eu sou o pai?

— Ei, calma — tentei acalmá-la. — Eu não sou um monstro também.

— Por que você não lembrou da porra do preservativo? — ela gritou, irritada.

Já fazia uns 10 minutos que a Isabella tentava acalmá-la. Eu também tentei ajudar algumas vezes, mas ela só conseguiu parar de chorar quando a outra amiga chegou com o Lucca, que vestia a roupa da creche.

— Mamãe! — ele gritou, correndo para abraçá-la.

Ele até parecia um pouco comigo.

— Não vou ganhar um abraço também? — Isabella disse, sorrindo para o pequeno, que correu para abraçá-la.

— Mãe, você disse que a gente ia comer McDonald’s hoje — ele falou, animado.

— McDonald’s, mocinho? — Isabella brincou, apertando a bochecha dele.

— Ela também briga comigo — falei, olhando para ele. — Eu sou o Richard — abaixei, ficando na altura dele e estendendo a mão para um cumprimento.

— Eu sou o Lucca — ele respondeu, me olhando. — Lucca Souza Garro Corinthians — ele completou, e nós todos rimos.

— Corinthians? Ah não, pô — falei, levando a mão ao rosto.

Ele deu risada no colo da mãe. Ela me olhou, rindo, mas o rosto ainda estava inchado de tanto chorar. Não demorou muito, e as duas saíram da clínica. Ficamos só eu e Clara.

— Clara, eu quero assumir ele — disse, e ela me olhou com uma expressão de simpatia forçada.

— Você não precisa assumir meu filho por dó, eu consigo cuidar dele sozinha. Ele acha que o Garro é o pai dele.

— Ele é meu filho e você não o fez sozinha! — respondi. — Eu quero me aproximar dele. Meu sonho é ser pai e construir uma família.

— Mas fiquei sabendo que, se você se aproximar do Lucca, será só dele e não de mim — ela disse. — Só vou ficar por perto durante a adaptação.

— Então eu vou poder me aproximar dele?

— Acho que sim, não vejo problema, só vai com calma — ela falou.

Trocamos nossos números para facilitar o contato, e depois todos fomos embora.

É sério, é muito estranho saber que tenho um filho de 5 anos. A Clara parece ser uma mãe incrível, mas também parece meio maluquinha. Espero conseguir ganhar a confiança dela.

— 𝗡𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗔𝘂𝘁𝗼𝗿𝗮 :
Será que Richard vai conseguir conquistar a confiança de Clara e de seu filho? E como será a nova vida dele após descobrir que vai ser pai? Muitas emoções vêm por aí! Não se esqueçam de comentar e votar, quero muito saber o que vocês estão achando dessa nova fase! Cada voto e comentário faz toda a diferença.