Clara Souza, uma corinthiana roxa, vive a paixão pelo seu time e pelo seu namorado, o camisa 10 do Corinthians. A vida de Clara parece perfeita até que, em um Derby emocionante, seu destino muda radicalmente com a chegada de Richard Ríos, um quase a...
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Richard Ríos meses se passou e, de repente, tudo parecia diferente. As mudanças na Clara eram visíveis, e eu não sabia bem como lidar com isso. Às vezes, ela parecia tão feliz e animada, mas em outros momentos, ela começava a surtar e brigar comigo.
- Você tá bem? - eu perguntava, tentando entender o que estava acontecendo.
A comida estava se tornando uma constante, e eu notava como ela estava comendo bastante. Não que eu quisesse que ela parasse, mas era como se ela estivesse tentando lidar com algo que não conseguia expressar. Os seios dela estavam mudando, e era evidente que seu corpo estava passando por transformações.
- Não é da sua conta - ela costumava responder, com um olhar que misturava raiva e confusão. E isso só me deixava mais frustrado.
A convivência estava se tornando um desafio, e eu estava começando a me sentir perdido em meio a tantas mudanças.
A cada dia que passava, parecia que nossa comunicação se tornava cada vez mais distante. Clara estava claramente magoada com a discussão que tivemos sobre o Garro naquele dia, ela sempre quer ser a dona da razão, e o clima entre nós se tornava cada vez mais tenso. A escolha dela de colocar Lucca para dormir com a gente parecia uma forma de impedir da gente ficar junto.
Às vezes, ela agia de maneira tão contraditória. Havia momentos em que vinha até mim, cheia de carinho, falando que queria ficar comigo, e me dava beijos que pareciam sinceros. Mas, do nada, essa boa vontade dela se transformava em raiva.
- Richard, que saco! De novo você deixou a toalha molhada em cima da cama! - Clara gritou do quarto, e eu já sabia que a confusão estava prestes a começar.
Nem me dei ao trabalho de responder; era melhor evitar uma briga. Mas não deu certo.
- Tô falando em russo? - ela insistiu, com uma expressão de raiva.
- Oxi, fia, tá maluca? - eu retruquei, tentando manter a calma.
- Fia? - ela repetiu, como se isso fosse um insulto.
- Para de implicar um pouco, que saco! - levantei, a paciência no limite.
- Vocês tão brigando? - Lucca apareceu, curioso, e o coração apertou ao ver a expressão confusa no rosto dele.
- Claro que não! - Clara disse rapidamente, mas logo emendou: - Seu pai que parece que não ouve os outros.
Em vez de responder, decidi sair da sala. O ar estava pesado, e a situação estava insuportável. A cada dia, Clara parecia arranjar um novo motivo para discutir, e eu já não sabia como lidar com aquilo. Senti que precisávamos de um tempo separados, mas não queria que Lucca ficasse no meio dessa confusão. Fui para outro cômodo, tentando afastar a frustração que crescia dentro de mim.
Fechei os olhos e respirei fundo, esperando que tudo isso fosse apenas uma fase passageira. Mas no fundo, eu sabia que algo precisava mudar.
As palavras dela me atingiram como um soco no estômago.
