052. | juntos e amontuados

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Clara Souza — Confesso que fiquei surpresa

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Clara Souza
— Confesso que fiquei surpresa. Richard demonstra muito o que sente por mim, enquanto sou um pouco mais fria. Acho que herdei isso do meu pai, que sempre foi mais pé no chão.

— Nossa convivência melhorou significativamente. Ele até já sugeriu que eu dormisse com ele no quarto, mas é impossível ficarmos sozinhos, pois Lucca faz manha todas as noites.

— Eu quero dormir com vocês! — ele exclama, trazendo o travesseiro, maior do que ele, arrastando-o pelo chão.

— Lucca, você já está grandinho — digo, agachando-me à sua frente.

— O problema não é ele dormir conosco, pois isso não me incomoda. O que me impede de descansar é que ele se mexe a noite inteira, e com mais duas pessoas na cama, dias atrás acordei com o pé dele no meu rosto.

— Que homem medroso é esse? — provoca Richard, colocando Lucca sentado em nossa cama.

— Eu não sou medroso — resmunga Lucca.

— É sim — insiste Richard.

— Richard — digo, olhando para ele — pare de implicar com ele, vai.

— Antes de você chegar, eu já dormia com a minha mãe, sabia? — comenta Lucca, abraçando-me.

— Tem que aprender a dividir as coisas — diz Richard, com tom de deboche.

— Pare de ser implicante — reprimo Richard com o olhar. — Vou dormir com vocês dois e pronto — afirmo, deitando-me no meio da cama.

— Faça-o dormir, eu vou ficar um pouco na sala — diz Richard, levantando-se.

— Conseguiu o que queria, hein? — comento, pegando a coberta e colocando-a sobre Lucca. Dou-lhe um beijo na testa e apago a luz do quarto.

Richard Rios Lucca faz manha toda noite para dormir com a Clara, e parece que sente ciúmes de mim com ela

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Richard Rios
Lucca faz manha toda noite para dormir com a Clara, e parece que sente ciúmes de mim com ela. Clara não sabe recusar nada para o menino, e acaba dormindo com ele toda noite no quarto de hóspedes. Até entendo o lado dele, porque eu era igual quando era pequeno, mas, se eu fizesse isso todas as noites, minha mãe não teria a menor paciência e me colocaria na linha.

Decidi jogar um pouco com Endrick e Murilo. Era um jogo de tiro, nem lembro o nome. No meio da partida, levei um susto quando apareceu um adversário atrás de mim no jogo, e acabei gritando:

— Porra, Endrick, sai daí, caralho! — gritei, levantando do sofá, segurando o controle e tentando me aproximar da TV.

— Perdeu a noção, Richard? — Ouvi uma voz vindo do corredor. Estava tudo escuro, e senti um arrepio por todo o corpo.

— Tá repreendido! — falei, subindo no sofá e fazendo o sinal da cruz.

— Sai de cima desse sofá — Clara disse, acendendo a luz, o que me trouxe um alívio imediato.

— Tá louca? Achei que era um espírito.

— Espírito fala? — ela respondeu, cruzando os braços à minha frente.

— Sei lá — voltei a me concentrar no jogo.

— Vai, anda, vai dormir — ela falou, posicionando-se na frente da TV.

— Já vou — respondi, fazendo um gesto com a mão para que ela saísse da frente da tela.

— Já é meia-noite. Amanhã você acorda cedo — ela disse, tirando a TV da tomada e acabando com a minha diversão.

— Desde quando você manda em mim? — questionei, irritado por não ter terminado a partida.

— Desde quando você me pediu em namoro, senhor Richard — ela retrucou, de maneira firme.

— Manda nada — murmurei, cruzando os braços no sofá — estava na última fase.

— Ah, Richard, me poupe. Jogar com o Endrick a essa hora? Vocês não têm nada melhor para fazer? — Clara falou, exasperada.

— Ter, eu tenho, mas como faz com o garoto em cima da nossa cama? — respondi, provocando.

— Só se dorme em cima da cama, Montoya? — ela retrucou, sentando-se no meu colo, me arrepiando na mesma hora. Dei um tapa leve em sua bunda e puxei sua cintura para mais perto.

— Não estava me referindo a dormir — sussurrei.

— Ele vai acordar — ela disse, também em um tom baixo.

— Só não faço nada aqui porque não quero que ele ouça — respondi, pegando meu celular e caminhando em direção ao quarto, com ela logo atrás.

Ao chegar no quarto, vi meu filho dormindo como um anjo. Nem parecia o mesmo que tinha feito tanta bagunça durante o dia.

— Quer dormir no outro quarto? — ela sugeriu.

— Para ele nos seguir depois? Melhor ficarmos todos aqui mesmo — disse, colocando o celular na mesinha ao lado da cama e me deitando.

— Grosso — ela comentou, se deitando também.

— E grande — sussurrei no seu ouvido, recebendo um tapa no ombro em troca.

— Vai dormir — ela disse, se ajeitando na cama.

— Boa noite pra você também, Maria Clara — falei com uma voz fingida de drama.

— Boa noite, Ríos — ela se inclinou e me deu um selinho, me arrancando um sorriso.

Apagamos a luz e dormimos os três juntos, amontoados na cama.

A Namorada Do Rival - Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora