Clara Souza, uma corinthiana roxa, vive a paixão pelo seu time e pelo seu namorado, o camisa 10 do Corinthians. A vida de Clara parece perfeita até que, em um Derby emocionante, seu destino muda radicalmente com a chegada de Richard Ríos, um quase a...
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Richard Ríos A barriga da Clara estava enorme, e eu quase não conseguia dormir ao lado dela na cama. Hoje era o aniversário do Lucca, e esse era o primeiro que eu ia passar junto com ele.
Decidimos comemorar em um sítio e, no dia seguinte, faríamos o chá revelação. A ideia era ficar três dias lá, chamamos a família e alguns amigos próximos.
— Acho que lá tem pouco quarto pra muita gente — comentei, sentado na beira da cama.
— Ah, eles que se virem! Dormem até no chão do CT, por que não podem dormir no chão daqui? — Clara respondeu, rindo.
— Tomara que nosso filho ou nossa filha não puxe seu mal humor, né? — eu brinquei, fazendo uma careta.
— Se não for pra ajudar, nem fala — ela respondeu.
A abracei e acariciei a barriga dela. Só de pensar que amanhã a gente ia saber o sexo do bebê me deixava ansioso.
Saímos do apartamento e fomos pro sítio. Quando chegamos, o Lucca ficou todo animado ao ver a decoração da festa, que era toda do Homem-Aranha. O garoto tá crescendo tão rápido; parece que tá esticando a cada dia.
— Quero vestir minha fantasia! — ele gritou, com os olhinhos brilhando.
— Melhor você pedir pra sua mãe — eu sugeri.
— Richard, ajuda ele a colocar, porque eu não consigo nem agachar! — Clara pediu, rindo.
— Richard Maria Clara? — eu brinquei.
— Amor, será que você pode ajudar nosso filho a colocar a fantasia? — ela debochou, e eu ri enquanto dava um beijo na testa dela.
Ajudei o Lucca, que não parava quieto um segundo.
— Você acha que meus amigos da escola vão vir? — ele perguntou, todo animado.
— Acho que sim — eu respondi, tentando transmitir confiança.
— Se o bebê for menino, você vai deixar de jogar futebol comigo pra jogar com ele, pai? — ele perguntou, meio apreensivo.
— Claro que não, filho! Ele vai demorar pra crescer, e você vai ser meu favorito — eu garanti.
— E se for menina? Vocês vão preferir só porque ela é menina? — ele fez uma careta, preocupado.
— Ei, claro que não! Menina tem que ter um cuidado especial, mas a gente vai amar igual, não importa se é menino ou menina — eu expliquei, tentando acalmá-lo.
— Eu sei que eu vou ser seu favorito — ele disse, todo convencido.
— Convencido, igual o pai! — Clara comentou, passando e rindo.
— É o charme — eu brinquei, piscando pra ela.
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