A Namorada Do Rival - Richard Rios

019. | praia

Clara Souza

Eu sei que essa confusão não vai se resolver de uma hora para outra, mas enquanto isso vou tentar deixar as coisas fluírem naturalmente. Conhecer melhor o Richard pode me ajudar a entender o que eu realmente quero. Quem sabe isso não me traz alguma clareza sobre o que é melhor para mim e para Lucca?

É engraçado como a vida pode mudar tão rápido. Em um momento, eu estava prestes a me casar, e no outro, estou vivendo com o pai do meu filho, alguém que eu ainda estou começando a conhecer de verdade. Richard é um homem incrível, sempre cuidadoso, e eu sinto que ele está se aproximando de mim, talvez até gostando de mim. Isso mexe comigo, mas o que mais pesa é pensar que talvez seja bom para o Lucca ter os pais juntos, sem essa divisão. No fundo, eu só quero o melhor para ele.

— Acorda, mãe! — Lucca diz, pulando na cama, e eu abro os olhos assustada.

— Meu Deus, você já acordou? — pergunto, sentando na cama e ajeitando meu cabelo.

— Desse jeito, você vai perder o café da manhã — Richard fala da porta do quarto.

Levanto e vou até o banheiro. Escovo os dentes, lavo o rosto, penteio o cabelo e passo apenas um gloss. Pego um short da mala e visto minha camisa do Corinthians, que não usava há tempos.

— O papai vai ficar chateado — Lucca comenta, ao me ver vestida com a blusa do Corinthians, ao lado de Richard, que sorri.

— Vai nada — respondo, piscando para Lucca e sorrindo.

Descemos até o restaurante do hotel, pegamos nosso café e ficamos observando a brisa do mar à distância. Escolhi apenas frutas e um pedaço de bolo de chocolate que parecia delicioso.

— Que horas a gente vai pro mar? — Lucca pergunta, em pé na cadeira.

— Depois que você terminar o café — Richard responde.

— Já estou cheio — ele diz, afastando a xícara e o prato ainda cheio de bolo.

— Para de graça. Você só vai depois de comer o que pegou — digo de forma firme.

— Não precisa brigar — Richard me olha, erguendo as sobrancelhas, e eu faço o mesmo para ele.

— Meu filho, minhas regras e eu tô precisando usar educação positiva com ele faz tempo — respondo, debochadando

— Não precisa comer se não tiver fome, filho. Ignora sua mãe — fico irritada com essa fala dele. — e que porra de educação positiva é essa