032 | concentração

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Richard Rios Acordei no sofá, o corpo todo meio pesado, e me espreguçando, tentei espantar a confusão da noite anterior

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Richard Rios
Acordei no sofá, o corpo todo meio pesado, e me espreguçando, tentei espantar a confusão da noite anterior. Enquanto o sofá me parecia um lugar confortável, a briga com Clara ainda ecoava na minha cabeça. Eram sete horas da manhã, e, ao abrir os olhos, vi Clara de pé na cozinha, preparando o café da manhã para o Lucca. O cheiro do café fresco invadia o ambiente, mas a tensão ainda pairava no ar.

- Bom dia - eu disse, tentando quebrar o gelo, um pouco distraído por um momento.

- Bom dia - ela respondeu, com um tom tão frio que me fez sentir como se tivesse levado um balde de água gelada. - Não vem com simpatia pra cima de mim porque eu não esqueci nada sobre ontem.

Aquelas palavras me atingiram, e a lembrança da discussão voltou instantaneamente.

- Clara, eu não estou tentando ignorar o que aconteceu - falei, tentando manter a calma. - Só pensei que, talvez, pudéssemos deixar isso de lado por agora. Lucca não merece essa tensão logo de manhã.

Ela parou de mexer na panela, virou-se para mim e cruzou os braços.

- E você acha que eu quero essa tensão? - perguntou, o olhar desafiador. - Eu só estou tentando lidar com isso, Richard. Não é fácil pra mim.

- Eu sei, mas precisamos conversar sobre isso de maneira mais calma - argumentei, tentando encontrar um meio-termo.

- Calma? - ela repetiu, rindo sarcasticamente. - Isso seria ótimo, mas não parece que você tá muito disposto a isso.

O clima estava pesado, e o café da manhã não parecia ser um momento tranquilo. Eu sabia que precisávamos resolver isso, mas também sentia que qualquer coisa que eu dissesse poderia acabar piorando a situação. Olhei para o relógio, percebendo que o tempo estava passando e que Lucca já estava acordando. Precisávamos encontrar uma maneira de lidar com isso, mas o que eu realmente queria era que Clara e eu pudéssemos encontrar um caminho que funcionasse para nós dois.

- Só vou fingir que estamos normais, porque meu filho não merece ouvir seus desaforos logo cedo - Clara disse, a frustração clara em sua voz, enquanto eu a observava se afastar.

Ela foi para o quarto, e eu fiquei ali, na sala, sentindo o peso daquela manhã e a confusão em meu coração. Sabia que a situação era delicada, mas não podia deixar que Lucca se envolvesse nas nossas brigas. O jeito que Clara falou me fez pensar que ela estava decidida a manter a distância emocional.

Acabei deitando no sofá novamente, tentando relaxar e esfriar a cabeça. O sono me pegou de jeito, e só acordei por volta das oito horas. O silêncio na casa era quase ensurdecedor, e ao olhar ao redor, percebi que Clara não estava mais em casa. Provavelmente, depois de levar Lucca para o colégio, ela tinha passado na casa de alguma amiga para desabafar ou, quem sabe, se distrair.

Levantei e fui direto para o banheiro, ligando o chuveiro e tomando um banho gelado. A água fria ajudou a clarear minha mente e a me energizar. Precisava me focar no treino e deixar de lado as complicações da vida pessoal, mesmo que fosse só por algumas horas.

A Namorada Do Rival - Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora