Clara Souza, uma corinthiana roxa, vive a paixão pelo seu time e pelo seu namorado, o camisa 10 do Corinthians. A vida de Clara parece perfeita até que, em um Derby emocionante, seu destino muda radicalmente com a chegada de Richard Ríos, um quase a...
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Richard Ríos Depois de muita fisioterapia, finalmente consegui me recuperar. Agora só estou com as muletas para não fazer tanto esforço, que praticamente não estão servindo pra nada. A recuperação está indo bem, mas confesso que estou usando esse tempo pra me divertir um pouco. Adoro ver a Clara furiosa quando a irrito de propósito. É engraçado como ela reage, sempre me xinga.
Clara estava de costas, distraída, comendo sorvete perto da pia. Não resisti. Levantei com as muletas, fui devagar até ela e, sem que percebesse, peguei um pouco do sorvete e passei no rosto dela.
- Caralho Richard Ríos Montoya - ela gritou, furiosa. - Eu vou enfiar essa muleta dentro do seu cu se você me irritar mais uma vez.
- Olha, isso seria agressão se você realmente enfiar essa muleta em mim! - comentei, tentando me defender, mas sem conter o riso.
Com um movimento rápido, sem que ela percebesse peguei mais um pouco do sorvete dela e passei novamente em seu rosto.
- Você vai se arrepender, Richard! - ela disse, agora com um sorriso malicioso, mas ainda irritada.
- Vai fazer o que?.- falo em um tom provocativo
Clara não pensou duas vezes. Assim que passei o sorvete no rosto dela, ela começou a correr atrás de mim, pronta para dar alguns tapas nas minhas costas. Eu, com as muletas e mancando, não tinha chance de escapar.
- Ah, não! - eu gritei, e tentando me afastar, mas a falta de mobilidade só tornava tudo mais engraçado.
Antes que Clara conseguisse me alcançar e dar os tapas nas minhas costas, tive uma ideia rápida. Puxei-a pela cintura, fazendo com que ela ficasse sem saber o que fazer.
- O que você vai fazer agora? - perguntei, com um sorriso travesso no rosto.
Ela parou por um momento, olhando para mim com uma mistura de surpresa e indignação.
Logo afastamos nossos corpos, ainda rindo da brincadeira. A tensão se dissipou, e era hora de mudar o foco. Estava indo buscar meu filho na escola, e agora que estava em casa, aproveitava a oportunidade de ir todos os dias.
- Prometi levar ele no McDonald's depois do colégio - disse para Clara, enquanto pegava minhas muletas e começava a me dirigir para a porta.
Ver o sorriso do meu filho ao chegar na escola sempre iluminava meu dia.
Fomos para o McDonald's, e assim que chegamos, percebi que alguns fãs estavam me esperando. Assim que saí do carro, eles vieram me recepcionar, querendo tirar fotos e perguntar sobre a minha lesão.
Lucca ficou um pouco assustado com a cena, os olhares e as perguntas, mas Clara rapidamente se agachou ao lado dele e explicou que eram apenas pessoas que gostavam de mim.
- Olha, Lucca, são fãs. Eles só querem saber como eu estou e tirar uma foto. - eu digo
Acalmado pela explicação, ele começou a se soltar um pouco e até sorriu quando vi os fãs fazendo poses. Era bom ver que, mesmo em meio a tudo isso, eu ainda tinha o apoio e a admiração das pessoas, e era ainda mais especial compartilhar isso com meu filho.
Depois de atender aos fãs, eu e Clara encontramos um banco e nos sentamos juntos, enquanto Lucca se acomodou na nossa frente, todo animado.
- Eu quero o McLanche Feliz! - ele exclamou, os olhos brilhando. - Vem com um brinquedo do Batman!
Assim que o pedido chegou, Lucca praticamente saltou do banco. Ele olhou para mim com aquele olhar implorando para eu montar o brinquedo.
- Pai, você pode montar pra mim e brincar com ele? - ele pediu, com um sorriso que não podia ser recusado.
- Claro - respondi, pegando o brinquedo e começando a montá-lo. A alegria nos olhos dele era contagiante, e aquela era uma das melhores partes do meu dia.
Enquanto montava o brinquedo do Batman para Lucca, acabei me distraindo um pouco e, sem querer, minha mão deslizou na coxa de Clara. Um leve frio na barriga me fez parar por um instante, mas, para minha surpresa, ela não parecia estar incomodada.
Senti um misto de alívio e nervosismo, mas, ao invés de retirar a mão, decidi deixá-la lá, sentindo a conexão entre nós se intensificar. Enquanto Lucca brincava e ria, eu e Clara trocávamos olhares discretos, o que tornava tudo ainda mais significativo.
Depois de montar o brinquedo, olhei para Lucca e perguntei, com um sorriso
- E aí, você quer um sorvete?
Clara logo interveio, rindo e balançando a cabeça.
- Com esse tanto de comida que ele já comeu, se você der sorvete, ele vai passar mal de tanta coisa!
Lucca fez uma cara de desapontamento, mas logo começou a rir também
- Aí lá vem a educação positiva da Maria Clara - comentei, fazendo uma cara de dramatização.
Mas, em vez de brigar, Clara sorriu e disse:
- Ah, tudo bem, ele pode comer mais um sorvete, desde que não seja muito grande!
Lucca deu um sorriso radiante ao ouvir isso, claramente animado com a possibilidade de mais um doce.
Enquanto Lucca se empolgava com a ideia do sorvete, ele, de repente, soltou:
- Pai, eu quero começar a fazer aula na escolinha de futebol!
Aquilo me pegou de surpresa, mas ao mesmo tempo encheu meu coração de alegria.
- É sério? - perguntei, curioso. - Você tem certeza que quer fazer isso?
Ele acenou com a cabeça, todo animado, e disse
- Quero aprender a jogar igual a você!
Aquelas palavras me tocaram profundamente. Ver meu filho interessado em futebol, assim como eu, me fez sentir que estava fazendo algo certo. Olhei para Clara, que estava sorrindo.
- Notas da Autora: Como prometido irei soltar mais alguns caps hoje
