072. | Ressaca

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Clara Souza Acordei sem saber ao certo onde estava, até perceber que estava em casa

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Clara Souza
Acordei sem saber ao certo onde estava, até perceber que estava em casa. Minha cabeça latejava, uma dor quase insuportável, como se nunca tivesse bebido tanto em toda a minha vida. Eu nem conseguia me lembrar direito do que havia feito na noite anterior.

Levantei e fui direto ao banheiro. Ao me olhar no espelho, notei que estava limpa, o que significava que, de algum modo, tinha tomado banho.

Ao sair do banheiro, fui até a sala e me deparei com o Endrick, dormindo no meu sofá ainda com as roupas de festa da noite anterior.

— O que ele está fazendo aqui? — murmurei, massageando as têmporas devido à dor de cabeça.

Segui para o quarto e entrei no closet para trocar de roupa. Foi então que avistei uma sacola. Curiosa como sou, não resisti e a abri. Dentro dela, havia um par de sapatos da Saint Laurent. Fiquei tão empolgada que não consegui me conter e já os experimentei, mesmo sem saber se eram para mim.

Voltei para a sala e, nesse momento, ouvi o som da porta sendo aberta.

— Já acordada? — Richard disse, aproximando-se de mim. Dei-lhe um selinho de bom dia.

— Sim, já estou de pé — respondi, desviando o olhar para Endrick no sofá. — Mas o que ele está fazendo aqui, e nesse estado?

— Ele estava bêbado, na verdade vocês três estavam.

— Três? — perguntei, confusa.

— Sim, a Eduarda também. E, sinceramente, ela estava ainda pior que você.

Richard começou a me contar algumas das coisas que eu fiz enquanto estava bêbada, e era difícil de acreditar.

— Eu jamais colocaria minha cabeça para fora de um carro em movimento! — protestei, incrédula.

— Mas você fez — ele respondeu, rindo e me abraçando.

Lembrei-me então do salto que havia encontrado no closet e perguntei:

— Aquele salto é para quem?

— Para você, claro, princesa.

— Sério? — perguntei, sorrindo enquanto o abraçava e o beijava.

— Claro, meu amor. Eu percebi que, naquele dia no shopping, você ficou de olho nele.

Seu gesto me encheu de alegria, e eu não conseguia conter o sorriso que se formava no meu rosto.

Fico abraçada com o Richard na cama, aproveitando o momento de calmaria. Estava tão confortável que quase me esqueço de tudo, até que o Endrick interrompe, ainda com aquela cara de ressaca:

— Richard, me leva pra casa, vai... minha mãe vai me matar se eu não aparecer logo.

Richard ri, me dá um beijo na testa e sai do quarto com ele. Fico sozinha, esticada na cama, pegando o celular pra ver os stories. Vários vídeos e fotos em que fui marcada, a maioria da festa de ontem. Fico rindo das cenas, lembrando vagamente dos momentos. Alguns vídeos eu nem lembro de ter participado.

A campainha toca, me tirando dos pensamentos enquanto vejo os stories. Vou até a porta e, para minha surpresa, recebo outro buquê de flores, dessa vez de tulipas. Olho o arranjo com curiosidade, tentando encontrar algum bilhete que pudesse dizer quem as enviou. Revirando o buquê, confirmo que não há nada escrito.

— Quem será que mandou isso? — penso em voz alta, intrigada.

Eu tinha certeza que não tinha sido o Richard. Esse não era o tipo de gesto que ele faria sem colocar um bilhete.

As tulipas eram lindas, com um colorido suave que iluminava a sala. Richard chega, jogando as chaves do carro na mesa com um sorriso despreocupado.

— Que bonitas, quem te deu? — ele pergunta, ajeitando a jaqueta.

— Eu não sei, não tem bilhete — respondo, ainda segurando o buquê.

Ele dá de ombros e sai da sala, me deixando sozinha novamente. Meu celular vibra com uma nova mensagem. Olho para a tela e o choque me paralisa por um segundo.

"Gostou das flores?"

O número era familiar demais. Quando olho com mais atenção, meu coração dispara. Era ele. Rodrigo Garro.

Por que ele estava me enviando flores agora?

A Namorada Do Rival - Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora