Clara Souza, uma corinthiana roxa, vive a paixão pelo seu time e pelo seu namorado, o camisa 10 do Corinthians. A vida de Clara parece perfeita até que, em um Derby emocionante, seu destino muda radicalmente com a chegada de Richard Ríos, um quase a...
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Richard Ríos Eu tava ansioso demais pra dormir, então decidi levantar e dar uma volta pela casa. Quando olhei pra Clara e o Lucca, eles estavam dormindo tão tranquilos, parecendo dois anjinhos. Cobri os dois com a coberta e fui pra cozinha tentar me acalmar.
Na sala, tinha gente dormindo por tudo quanto é canto, colchão espalhado no chão. Passei por cima dos moleques sem fazer barulho.
— Tá com insônia, mano? — Murilo falou, meio sonolento, se levantando do colchão.
— Ansiedade, irmão. Não consigo relaxar. — respondi, rindo de leve.
— Relaxa, mano. Daqui a pouco você descobre. — ele disse, dando um tapinha no meu ombro.
Sentei no sofá e fiquei encarando o teto, tentando me distrair, mas minha cabeça só pensava no bebê. Vai ser uma menina ou um menino? Será que o Lucca vai ficar muito enciumado? Eu só queria que ele se sentisse parte de tudo isso, que soubesse que nada vai mudar entre a gente.
Depois de um tempo, o Murilo acabou voltando a dormir, e eu fiquei lá, sozinho com meus pensamentos. Levantei de novo e fui pegar um copo d'água. Quando estava na cozinha, Clara apareceu, com os olhos ainda meio fechados.
— O que você tá fazendo acordado a essa hora? — ela perguntou, esfregando os olhos.
— Não consegui dormir, tô ansioso — falei, dando um sorriso de canto.
— Eu também tô, sabia? — ela disse, se encostando na bancada, com as mãos na barriga. — Mas vai dar tudo certo, amor.
Fui até ela, coloquei a mão na barriga e dei um beijo na testa dela.
— Eu sei. Só tô tentando me acostumar com tudo isso... Ser pai de novo, ter mais um bebê em casa.
— Vai ser incrível, Richard. Você é um pai maravilhoso. E o Lucca vai adorar ter um irmãozinho ou irmãzinha.
A gente ficou ali, abraçados por um tempo. Depois de uns minutos, eu voltei a tentar dormir, dessa vez com o coração um pouco mais tranquilo.
Acordei assustado com o barulho da caixa de som no máximo. Endrick já estava no modo "despertador humano".
— Bora acordar, filhão! — ele disse, rindo e balançando a cabeça.
— Um bom dia pra você também, né? — respondi, ainda meio grogue.
— Hoje é o dia que a herança do Lucca vai diminuir! — Veiga falou, rindo.
— Só fala besteira, mano — falei, dando um tapa nas costas dele.
— Ninguém nessa casa acorda, não? — Endrick reclamou.
E do nada, o cara pega duas panelas e começa a fazer o maior barulho possível bem do lado do Flaco, do Piquerez e do Gomez, que estavam espalhados pelos sofás da sala.
