027. | piquenique

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Clara Souza
Após o jogo de ontem, eu e Richard decidimos fazer um piquenique no dia seguinte no prédio próximo da quadra. Era uma ótima oportunidade para relaxar e nos conectar, longe da rotina agitada. O clima estava perfeito e eu sabia que Lucca adoraria a ideia. Enquanto preparava as coisas, sentia uma mistura de excitação e esperança; esse dia poderia ser um passo importante para fortalecer nossos laços como família.

O sol estava lindo, estendi uma toalha sobre a grama, trouxe sanduíches, frutas e algumas bebidas como suco de laranja e refrigerante. Lucca, animado, corre para jogar futebol com os meninos do prédio. Ele não demora a fazer seu primeiro gol e volta correndo para contar para mim e para Richard.

- Olha, pai! Eu fiz um gol! - Lucca grita, com um sorriso radiante, enquanto se aproxima, ainda ofegante de tanta empolgação.

- É mesmo? - Richard pergunta, com os olhos brilhando de orgulho. - E como você fez isso, campeão?

- Eu driblei todo mundo! Fui rápido igual você! - Lucca exalta, imitando os movimentos que fez em campo, fazendo gestos grandiosos com as mãos.

- Isso é ótimo, Lucca! Você sabe que eu sempre fico orgulhoso de você, não é? - Richard diz, abrindo os braços para dar um abraço apertado no filho.

- É! - Lucca responde, abraçando o pai com força. - E eu sou corinthiano ainda, sabia?

Eu estava organizando a comida, levanto a cabeça e olho para os dois.

-eu não sei se você deve mudar de time só porque seu pai é palmeirense. - digo, piscando para Lucca. - Eu quero que você continue sendo corintiano!

- Mãe, eu sou corintiano, mas por causa do pai, eu posso ser palmeirense também! - Lucca defende, com convicção.

- Espera aí! - Richard interrompe, rindo. - Não dá para ser corintiano e palmeirense ao mesmo tempo, Lucca! Isso não existe!

Lucca faz uma careta, refletindo sobre a situação.

- Mas eu gosto dos dois! E se eu torcer pro Palmeiras, a gente pode torcer juntos! - Lucca argumenta, gesticulando com as mãos.

- Você nasceu pra ser palmeirense - Richard fala.

- Não é bem assim, Richard! - falo retrucando, com um sorriso brincalhão nos lábios. - Ele pode torcer pro Corinthians e, quem sabe, um dia torcer pro Palmeiras. A escolha é dele! Mesmo que eu não queira

Richard sorri, admirando a determinação de Clara. Ele sempre achou interessante como ela defendia suas opiniões com paixão.

- mas eu quero que meu filho siga meus passos! - Richard diz, tentando conter a risada olhando para minha cara. - Ser palmeirense é uma grande honra!

- Uma honra que eu não quero que meu filho tenha! - digo brincando, cruzando os braços e fazendo uma expressão de descontentamento que rapidamente se transforma em riso. - Eu quero que o Lucca siga meu coração corintiano!

- Lucca, você sabe que a sua mãe vai te apoiar em ser corintiano, né? - Richard provoca, piscando para o filho. - Mas eu sou seu pai, então você tem que ouvir minha sabedoria!

- Pai, mas eu quero ser bom no futebol igual você! - Lucca diz, franzindo a testa, confuso entre os dois times e os desejos deles. - Posso ser bom e torcer pros dois?

Clara ri, percebendo a situação. Ela se aproxima e coloca a mão no ombro de Lucca.

- Olha, amor, você pode torcer para o que quiser! O importante é que você se divirta jogando e que faça o que ama. Não importa o time que você escolha.

- Isso mesmo! - Richard concorda, com um brilho de orgulho nos olhos. - O mais importante é você ser feliz e se divertir, Lucca. O futebol é sobre isso!

- E ser feliz e divertido é ser palmeirense! - Richard completa, piscando para o filho.

- Ufa! - Lucca suspira, finalmente relaxando. - Então, eu posso ser palmeirense só quando jogar com você, e corintiano quando jogar com a mamãe!

Richard e eu trocamos olhares, segurando a risada.

- Esse é um bom plano! - Clara diz, tentando conter a risada. - Assim você não vai se machucar com as rivalidades!

- Exatamente! Assim você será o melhor jogador de futebol de todos os tempos! - Richard exalta, levantando a mão de Lucca e fazendo um gesto de triunfo.

Lucca ri e levanta a mão, como se tivesse acabado de fazer um gol de placa.

- E quando eu fizer mais gols, vou gritar: "É pro papai!"

- E eu vou gritar "É pra mamãe!" - Clara complementa, rindo e fazendo um gesto de torcida.

- Isso mesmo! - Richard diz, rindo. - E vamos torcer juntos para você fazer muitos gols!

Depois de algumas risadas, eles voltam a se sentar na toalha do piquenique. Pego um sanduíche que estava lá.

Os dois continuam conversando e rindo, aproveitando o tempo juntos. A tarde no parque do prédio se transforma em um momento inesquecível, onde as rivalidades do futebol se tornam apenas uma parte da alegria de estar em família.

- Notas da Autora:
mais um capítulo finalizado de hoje
votem bastante!

A Namorada Do Rival - Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora