Clara Souza, uma corinthiana roxa, vive a paixão pelo seu time e pelo seu namorado, o camisa 10 do Corinthians. A vida de Clara parece perfeita até que, em um Derby emocionante, seu destino muda radicalmente com a chegada de Richard Ríos, um quase a...
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Clara Souza Apenas fiquei 24 horas em observação, e logo recebi alta. O dia seguinte chegou, e eu estava aliviada por finalmente poder voltar para casa, mesmo que a experiência no hospital ainda estivesse fresca na memória.
Quem me levou foi o Richard junto com o Endrick. O clima estava tenso entre eu e Richard; mal trocamos algumas palavras durante o trajeto. Ele parecia absorto em seus próprios pensamentos.
— Pô, Clara, quase mata a gente do coração — Endrick comentou, tentando quebrar o gelo. Ele olhou para mim com um sorriso leve, e não pude deixar de rir um pouco, apesar de tudo.
— Desculpa, foi sem querer — respondi, um pouco constrangida. — Não pensei que ia ser tão dramático.
Richard apenas olhou pela janela, evitando olhar para mim. Eu sabia que ele estava preocupado, mas também sentia que precisava de um tempo para processar tudo o que havia acontecido.
Fui buscar o Lucca na casa dos meus pais e, assim que entrei, percebi a expressão confusa deles ao me ver. Com o pé enfaixado
— O que aconteceu, minha filha? — minha mãe perguntou, aproximando-se de mim com um olhar preocupado.
Eu suspirei, tentando manter a calma enquanto pensava em como explicar a situação.
— Eu só me cortei sem querer, mas já estou melhor — respondi, forçando um sorriso. — Foi só um susto, na verdade.
Meu pai se aproximou, franzindo a testa.
— Mas você não parece bem. Está pálida. Precisamos levar você ao médico de novo? — ele disse, inquieto.
— Não, não precisa. Eu já fui ao hospital e fiquei em observação. Agora só preciso descansar um pouco — expliquei, aliviada por ver que eles se importavam, mas também desejando que não se preocupassem tanto.
Lucca apareceu, correndo em minha direção, e me abraçou forte.
— Mamãe! Você está bem? — ele perguntou, os olhos cheios de preocupação.
Lucca entrou no carro com um sorriso largo, e seu rosto iluminou-se ao ver o Endrick.
— Tio! — ele exclamou, correndo para o lado de Endrick.
— Fala, meu afilhado lindo! — Endrick respondeu, sorrindo de volta e puxando Lucca para um abraço.
A alegria de Lucca era contagiante, e isso trouxe um pouco de leveza ao meu coração. Ver o quanto ele se sentia confortável com Endrick me deixava mais tranquila. A conexão deles era especial, e eu sabia que Endrick estava sempre disposto a ser um bom exemplo para Lucca.
— Pronto para ir pra casa?
— Sim — ele diz
Richard deixou o Endrick na casa dele, e agora estávamos só nós três no carro. A atmosfera estava leve, até que Lucca, com seu jeito espontâneo, quebrou o silêncio.
