043. | recuperado

586 38 8
                                    

Clara SouzaDurante essas semanas em que o Richard ficou em casa, as coisas entre nós não mudaram muito

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Clara Souza
Durante essas semanas em que o Richard ficou em casa, as coisas entre nós não mudaram muito. Continuamos como amigos, talvez até melhores amigos agora. Ele tem sido paciente comigo e com o Lucca, especialmente nos momentos em que me sinto perdida.

Ainda penso em me mudar da casa dele, isso já ficou claro na minha mente. Sinto que estou, de alguma forma, atrapalhando a vida dele, como se estivesse segurando o que ele poderia ser. Eu prometi a mim mesma que faria isso quando ele se recuperasse, e agora que ele está voltando aos treinos, talvez seja a hora.

Hoje, decidi ir ver o primeiro treino dele após a recuperação, mas me convenci de que era só para encontrar minha amiga Isabella, que trabalha como nutricionista no time. A verdade é que queria ver como ele estava, como seria essa volta ao campo. Parte de mim quer apoiá-lo de longe, mesmo sem ele perceber.

 Parte de mim quer apoiá-lo de longe, mesmo sem ele perceber

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Richard Ríos
Finalmente, meu primeiro treino após a lesão. A sensação de pisar no campo de novo é incrível, mas não posso deixar de mancar um pouco ainda. Meus colegas de time não perdoam e me zoam bastante, mas sei que é normal, é parte da camaradagem. Acho que estou me acostumando novamente a essa rotina, aos movimentos.

Ainda penso na Clara. Ela disse que vai embora quando eu estiver 100%, mas algo me diz que isso não vai acontecer tão cedo. Na verdade, nem sei se quero que ela vá.

Estou no vestiário com os colegas, rindo e relaxando depois do treino. Endrick e Murilo ligam uma caixinha de som e, claro, colocam um funk alto.

— Tchau, voltei a ser lixo e perigoso de novo! — Endrick fala cantando, colocando ua Juliete em mim.

O funk estoura no vestiário e logo todo mundo entra no clima. Só que, de repente, a gente vê o Abel chegando com a Leila.

— Desliga, porra! — Piquerez fala desesperado.

— Não tá indo! — falo, nervoso, apertando o botão da caixinha.

— Taca pela janela! — Endrick sugere. E, na hora que tô prestes a jogar a caixinha pra fora, os dois chegam no vestiário.

Abel cruza os braços, com aquela cara séria, mas sem estar realmente bravo. Ele pergunta, com a voz firme

— Alguém tá fazendo aniversário? Que festa toda é essa?

— Comemoração porque o Richard voltou vivo — Endrick diz, me abraçando na maior cara de pau pra evitar bronca.

— Espero essa empolgação de vocês no próximo jogo — Leila comenta, já saindo com Abel.

A caixinha finalmente desliga, e a gente volta pra resenha, mas dessa vez só na zoeira, sem música.

— Tem que marcar uma resenha, Endrick. Ricardão voltou! — Murilo fala, animado.

— Pode deixar, pai! Hoje mesmo na minha casa, e o Veiga banca tudo! — Endrick responde, e Veiga fecha a cara.

Veiga é tipo o pai da galera, sempre se preocupando, mas é também o mais engraçado.

Depois que todo mundo sai do vestiário, tô ali trocando de roupa, sozinho. Quando me viro, vejo minha ex, Nicole. Ela vem e me abraça de repente.

— Fiquei preocupada com você — ela diz, me olhando.

— Eu disse que não precisava se preocupar — respondo seco.

— Tá se recuperando bem? — ela pergunta, segurando minha mão.

Quando olho pra porta, vejo Clara observando tudo. Solto a mão da Nicole na hora.

— Clara! — chamo, indo na direção dela.

— Não quero atrapalhar — ela fala com raiva, e sai.

Vou atrás dela, mas ela continua andando rápido. Até que consigo alcançá-la e puxo pelo braço.

— O que foi? — pergunto.

— Nada, Richard. Nem tenho nada com você pra me preocupar com quem você anda, ainda mais com piranha — ela fala, soltando meu braço.

— Eu não tenho nada com a Nicole.

— Nem comigo — ela diz, continuando a andar, mas puxo ela de novo, fazendo ela me olhar nos olhos.

— Para com isso, já disse que a gente não tem nada porque você não se decide o que quer da vida.

— É melhor eu sair hoje mesmo. A Isabella se ofereceu pra dividir o apartamento dela comigo — ela fala.

— Isabella passa mais tempo na casa do Veiga do que na dela — respondo, e ela revira os olhos. — Você não vai ter suporte pra te ajudar com o Lucca.

— Eu não preciso de ajuda, eu sei me virar sozinha.

— E vai falar o quê pro Lucca? Que a gente não mora mais junto porque você é orgulhosa?

— Não faz sentido eu morar com você, nós nem nos conhecemos direito, e outra, você é só o pai do meu filho.

— Por isso mesmo, Clara. Eu sou pai do seu filho, você precisa do meu apoio e só morando no mesmo lugar pra conseguir isso.

— Caralho, para de ter razão em tudo! — ela fala irritada. — Eu vou continuar, mas é só pelo Lucca.

— Sempre é pelo Lucca, né? — retruco.

— Por você é que não seria! — ela diz, seca.

Tô começando a achar que, a partir de hoje, nossa relação nem de amigos existe mais.

Notas da Autora
Dêem sujestão sobre o que vocês querem que aconteça na casa do Endrick:

A Namorada Do Rival - Richard Rios Onde histórias criam vida. Descubra agora