cap8

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Jaíne Silqueira

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Jaíne Silqueira








Abri meu guarda-roupa e encarei a bagunça. Dia de folga, almoço marcado e eu nem sabia o que vestir.

💭:Jaíne, pelo amor, é só um almoço, não um evento!

Mas, mesmo assim, eu queria pelo menos parecer apresentável. Peguei uma blusinha leve e um short jeans, nada muito arrumado.
Depois de escolher a blusa e o short, fui pro espelho e passei só um gloss e um rímel, só pra dar um ar de "tô de folga, mas ainda me esforço um pouquinho". Peguei minha bolsa e, enquanto terminava de me arrumar, já pedi o Uber.

Ainda tinha uns minutinhos pra ele chegar, então me joguei no sofá e fiquei pensando. Não conhecia tanto o Wesley assim, mas ele parecia um cara legal.

Meu celular vibrou avisando que o Uber tava chegando. Levantei do sofá, peguei minha chave e fui pro elevador.
Era um dia bonito lá fora, e sair um pouco de casa até que ia ser bom. Aproveitar a folga pra um almoço tranquilo, sem a correria do CT, era tudo o que eu precisava.

Entrei no Uber e o motorista, todo simpático, começou a falar sobre o tempo e o movimento da cidade. Respondi de boa, distraída com a música que tocava baixinho no carro.

Aproveitei pra dar uma olhada no celular e ver umas receitas novas que eu tava querendo testar. Às vezes, nos dias de folga, eu gostava de cozinhar alguma coisa em casa, experimentar pratos que eu poderia adaptar pros jogadores. Já que minha cabeça tava sempre meio ligada no trabalho, pelo menos eu tentava fazer isso de um jeito mais leve.

O trajeto foi rápido, e eu desci do Uber, sentindo o ventinho fresco enquanto procurava a entrada do restaurante. O lugar parecia aconchegante, e eu tava animada pra comer algo diferente.

Wesley chegou logo depois, e a gente se cumprimentou, sentamos e comecei a folhear o cardápio, já de olho numa massa pra aproveitar o dia de folga do jeito que eu queria: comendo bem e relaxando.
Depois de pedirmos os pratos, o Wesley começou a conversar sobre o último jogo. Ele era bem divertido e tinha um jeito leve de falar, o que tornava tudo mais descontraído. Entre risadas e histórias sobre as partidas, a comida chegou, e eu me perdi no sabor da massa, aproveitando cada garfada como se fosse um pequeno prazer que eu merecia.

Mas o tempo passou rápido, e logo percebi que precisava ir. Olhei para o relógio e, com um leve pesar, avisei:

_Wesley, eu tenho que ir. O tempo voou aqui!

Ele me olhou um pouco surpreso, mas compreendeu.
_Sem problemas!Vamos pedir a conta.

Assim que a conta foi paga, saímos do restaurante.
O dia estava lindo, mas eu não tinha certeza de como ia voltar pra casa. Pedi o Uber, mas logo percebi que ia demorar um pouco pra chegar. A ideia de esperar ali não me agradava muito, então decidi dar uma volta pela cidade.

Enquanto caminhava, o ar fresco e o movimento das pessoas me faziam sentir bem. Eu estava distraída, apreciando a vista e pensando nas receitas que queria testar, quando, de repente, um homem começou a se aproximar, fazendo comentários inadequados. Fiquei tensa, tentando ignorá-lo e apressar o passo.

Mas ele não parava. A situação ficou desconfortável, e eu olhei ao redor, sem saber o que fazer estava ficando desesperada quando ouvi grito

_Ei cara! Tá achando que é quem pra se aproximar dela assim?

💭:Lorran? Graças a Deus!

O homem se virou surpreso com a intervenção.
_E você, quem pensa que é pra mandar em mim?

_Sou alguém que não gosta de ver mulher sendo desrespeitada! Então vaza antes que eu perca a paciência!

Lorran falou com firmeza fazendo o homem se afastar aos poucos murmurando algo mas não consegui ouvir. Quando ele já estava faz afastado me senti bem mais aliviada.

_Você tá bem Jaíne?
Perguntou o Lorran com um olhar preocupado.

_Estou, obrigada.
Respondi ainda sentindo a adrenalina da situação
_Não sabia como reagir.

_É essas coisas são complicadas!

_Muito obrigada mesmo! Não quero nem imaginar o que ele poderia ter feito se você não tivesse aparecido do nada como um anjo!

Ele me abraçou para me fazer sentir mais segura, e por um momento, tudo parecia mais tranquilo.

_Então, acho melhor você pegar uma carona comigo até sua casa? Talvez esse cara pode voltar

— Você acha que ele voltaria?
perguntei, um pouco apreensiva.

— É possível. Se ele foi capaz de se aproximar assim, pode tentar de novo. Não quero arriscar.

— Tem razão.  concordei, já me sentindo mais aliviada com a ideia de ter sua companhia.
—Vamos.
Entramos no carro, e assim que me coloquei o cinto, Lorran perguntou:

— Então, onde você mora?

— É pertinho, são três quarteirões daqui.

O trajeto foi rápido e tranquilo. A conversa fluiu entre assuntos leves, e a presença dele tornou tudo mais fácil. Assim que chegamos, Lorran parou em frente ao apartamento.

— Aqui estamos.  disse ele, olhando para mim com um sorriso suave.

— Obrigada de novo por tudo. Você não sabe como isso significa pra mim.  comentei, sentindo uma gratidão genuína.

— Fico feliz em ajudar. Sempre que precisar, estarei por aqui.
—Tome cuidado por aí. Espero que não precise passar por isso de novo.
ele acrescentou, com um olhar preocupado.

— Vou ficar atenta. 
garanti, sentindo uma onda de gratidão por sua preocupação.

— Não hesite em me chamar, tá?

— Pode deixar.
respondi, sentindo uma sensação de segurança que eu não esperava.

Ele sorriu e, enquanto eu saía do carro, não pude deixar de notar como aquela simples interação havia mudado meu dia. Caminhei em direção ao apartamento, ainda refletindo sobre o que aconteceu.

Nutri e jogador [ Lorran ]Onde histórias criam vida. Descubra agora