cap18

15 4 10
                                    

Jaíne Silqueira

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Jaíne Silqueira







Eu estava em casa, finalmente tentando esquecer o caos das últimas horas, quando a campainha tocou. Suspirei, torcendo para que fosse alguma entrega esquecida, mas, ao abrir a porta, dei de cara com o Lorran segurando... cookies?

— Você só pode estar brincando  murmurei, cruzando os braços.
— Sério, Lorran? Logo agora? Não era pra você, tipo... sei lá, respeitar meu espaço?

Ele deu um sorriso sem graça e ergueu o pacote, como se isso fosse me convencer.

— É que... eu precisava falar com você. Sobre tudo isso. Só entre nós.

Olhei para ele, um misto de frustração e curiosidade. A última coisa que eu queria era uma conversa, mas o olhar dele parecia implorar por isso.

— Tudo bem, mas só por alguns minutos
disse, tentando manter a firmeza na voz enquanto o deixava entrar.

Fechei a porta e me afastei, sentando no sofá e me preparando para ignorá-lo. Ele ficou em pé, nervoso, olhando para os cookies como se estivesse esperando uma aprovação.

— Olha, eu sei que tudo isso tá difícil ele começou, hesitante.

Antes que ele pudesse continuar, meu celular começou a vibrar em cima da mesa.

— Só um minuto, Lorran.

Atendi e coloquei no viva-voz.

— Oi, mãe.

— Jaíne, eu vi uma notícia que você está se envolvendo com um jogador. Isso é verdade?

— Não é, mãe. É só uma notícia falsa.

— Notícia falsa, minha filha? Então por que é logo o Lorran que estava na sua casa quando vim te visitar?

— A gente é só amigos, mãe!

— Não sei não, essa história não tá cheirando bem.

— Não quero discutir isso agora, mãe! Tchau!

Desliguei o celular e joguei-o no sofá ao lado, dando um longo suspiro.

— Era só o que faltava! 
murmurei, olhando para Lorran. Ele parecia um pouco perdido, sem saber o que dizer

A tensão no ar era palpável. Lorran ainda estava em pé, a expressão dele oscilando entre a preocupação e a hesitação. Eu só queria que ele fosse embora e deixasse meu dia em paz. Mas antes que eu pudesse formular uma resposta, o celular vibrou novamente, quebrando o silêncio constrangedor.

— O que foi agora?
murmurei, frustrada, enquanto pegava o celular. Olhei a tela e meu coração disparou.

Era uma mensagem de um número desconhecido:

"Se você não se afastar do Lorran, você vai se arrepender."

— O que foi?
Lorran perguntou, notando a mudança na minha expressão.

— Eu...
gaguejei, sem saber como explicar.
— Recebi uma mensagem estranha.

— Estranha como?
Ele se aproximou, um olhar de preocupação se espalhando pelo rosto dele.

— Alguém... alguém disse que eu preciso me afastar de você. Que se eu não fizer isso, vou me arrepender.
Eu senti um nó se formando no meu estômago.

Lorran franziu a testa, os olhos agora sérios.

— Isso é sério, Jaíne. Você não pode ignorar. Precisamos descobrir quem está por trás disso.

Meu coração estava acelerado. Eu nunca pensei que me envolver com um jogador de futebol traria esse tipo de problema. As coisas estavam ficando perigosas demais.

— O que você sugere?
perguntei, tentando manter a voz firme, mesmo que por dentro estivesse em pânico.

Ele hesitou, olhando para os cookies que segurava, como se estivesse ponderando a situação. Então, respirou fundo.

— Precisamos falar com a equipe de segurança do Flamengo. Não podemos deixar isso passar.

— Você realmente acha que isso é necessário?
eu murmurei, ainda sentindo a adrenalina percorrendo minhas veias.

— Se alguém está te ameaçando, sim. Vamos descobrir quem está por trás disso e acabar com isso antes que fique pior.

A sensação de medo cresceu, e eu não consegui mais suportar. Me joguei no sofá, cobrindo o rosto com as mãos.

— Eu estou com muito medo, Lorran. Não sei o que fazer.

Ele se aproximou, sentando-se ao meu lado.

— Eu sei que isso é difícil, mas precisamos agir. Não deixe que isso te derrube.

— E se for alguém que realmente me queira mal?
sussurrei, a voz trêmula.

Lorran colocou uma mão em meu ombro, tentando me confortar.

— Vamos descobrir quem está por trás disso. Você não está sozinha.

— Não sei se é seguro você ficar aqui. E se quem está me observando decidir também te observar?

Ele hesitou por um momento, mas então disse:

— Olha, se você não se sentir confortável, posso ir embora. Mas não quero que você fique sozinha.

A ideia de ter Lorran comigo era reconfortante, mas também me deixava nervosa.

— Eu só... não quero te colocar em perigo.

— Se decidir que quer que eu fique, estarei aqui. Posso ajudar a vigiar.

— Tudo bem. Se você quiser ficar, eu aceito. Mas precisamos ficar atentos.

— Vou pegar algumas cobertas
digo, tentando me distrair.

Levanto-me e busco um cobertor para mim e outro para Lorran. Quando volto, estendo uma coberta para ele e me acomodo no sofá, cobrindo-me com a outra.

— Vamos ficar alertas, mas também precisamos relaxar um pouco 
Lorran diz.

A sala está quieta, e eu me encolho, tentando encontrar uma posição confortável. Fecho os olhos e aos poucos o sono vai me vencendo.




Nutri e jogador [ Lorran ]Onde histórias criam vida. Descubra agora