Nutri e jogador [ Lorran ]

cap26

Jaíne Silqueira

Acordei meio preguiçosa, com o corpo ainda meio dolorido. Lembranças da confusão dos últimos dias começaram a surgir, mas preferi não pensar muito nisso. Coloquei uma roupa confortável e fui direto pra cozinha, atraída pelo cheiro do café. Ao chegar lá, encontrei o Lorran encostado na bancada, distraído com o celular.

— Olha só quem apareceu
ele disse, levantando a cabeça e me dando um sorriso.

— Bom dia pra você também  respondi, pegando uma xícara de café que ele tinha preparado.

Ele me observou por um segundo e, com um sorriso meio travesso, lançou a pergunta:

— E aí, que tal ir num churrasco hoje? Coisa simples, na casa do Gerson com os caras do time

Levantei a sobrancelha, surpresa.

— Um churrasco? Você sabe que eu sou nutricionista, né?
brinquei.
— Quer que eu vá lá pegar no pé de todo mundo?

Ele riu, balançando a cabeça.

— Relaxa, ninguém vai te colocar pra trabalhar. Vai ser bom pra você espairecer, dar umas risadas. E não vou mentir, ia curtir que você fosse comigo.

Pensei um pouco. Não era bem o tipo de convite que eu esperava, mas… a ideia de sair um pouco parecia uma boa.

— Tá, você me convenceu. Eu topo.

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Depois de tomar um banho e dar uma ajeitada no visual, vesti um vestido casual, mas que ainda me deixava confortável. Quando voltei pra sala, o Lorran tava esperando, e senti o olhar dele demorar um pouco mais em mim.

— Uau… tá linda, Jaíne
ele disse, meio envergonhado.

— Obrigada. Você também tá… decente.

— Vou levar como um elogio viu?

Eu não conseguir esconder o riso com sua resposta

Então ele uma risada e me lançou um olhar de “então vamos?” antes de sairmos.

O caminho até a casa do Gerson foi rápido e assim que a galera nos viu, rolou aquele silêncio de surpresa.

— Olha quem trouxe uma companhia especial!
Gabi comentou do lado de fora.

— E ainda é a nutricionista, hein?Hoje o churrasco tá chique!
Gerson brincou, rindo.

Depois de cumprimentar o pessoal, fomos pegar um pouco de carne. Lorran pegou uma cerveja e, vendo que eu tava sem nada, apontou o copo pra mim.

— Nem um golinho?

Balançando a cabeça, recusei.

— Tô tomando uns remédios. Melhor não misturar.