Nutri e jogador [ Lorran ]

cap15

Jaíne Silqueira

Estava terminando de arrumar meu apartamento, a louça lavada e a pia brilhando.  De repente, meu celular vibrou, e a tela acendeu com uma mensagem do Lorran.  "Fico feliz que você tenha notado. Quem diria, né?"

Revirei os olhos.  O que ele queria com essa mensagem?
apenas visualizei a mensagem e não respondi nada.

"Não imaginei que você levaria aquele beijo no vestiário a sério", a mensagem que eu mesma tinha mandado ecoou na minha mente.

Droga!  Será que eu tinha sido muito direta?  Ele realmente tava levando tudo a sério?

A campainha acabou atrapalhando meus pensamentos

💭:Deve ser minha mãe!

Fui até a porta e abri, mas era apenas Lorran de novo

_Ah é você, pensei que você minha mãe
O que tá fazendo aqui essa hora?

_Queria te ver, e precisamos conversar.
Posso entrar?

_Tá, vai entra.

assim que ele entrou o cheiro do seu perfume invadiu meu apartamento.

_Senta aí no sofá

_Tá bom obrigada.
ele deu um sorrisinho

_Olha Jaíne...
não quero que ache q eu estou brincando eu realmente gosto de você

_Mas Lorran... olha só você é um jogador famoso, quantas mulheres bonitas são apaixonadas por você, eu não chego nem aos pés delas, e você foi se apaixonar logo por mim?

Lorran ficou me olhando por uns segundos, meio que pensando no que ia dizer. De repente, ele soltou uma risadinha, mas com aquele olhar fixo que me deixou completamente sem reação.

— Jaíne...
Ele começou, dando um passo pra mais perto, a voz mais baixa e séria.

— Foda-se as outras mulheres. Tô nem aí pra elas.

Eu fiquei sem saber o que falar. Só continuei ali, parada, encarando ele. O coração batendo acelerado.

— Você acha que eu me importo com quem é apaixonada por mim? Não tem ninguém que me faça sentir o que você faz. As "outras" nem existem pra mim. Só quero  você, Jaíne.
Ele segurou meu queixo com a mão, me fazendo olhar direto nos olhos dele.
— Tô falando sério, Jaíne. Só você. O resto? Não importa.

E antes que eu conseguisse reagir ou responder qualquer coisa, ele me beijou. Um beijo intenso, sem espaço pra dúvidas, do jeito que me fez esquecer tudo ao redor. Minhas mãos foram parar nos ombros dele sem que eu percebesse, e eu correspondi como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Quando nos afastamos, ainda tentando pegar fôlego, eu só consegui soltar um sussurro:

— Droga Lorran! te beijei de novo.
falei brava, e empurrei ele sem muita força

Ele olhou para mim e sorriu, e depois se aproximou de novo

_Seu idiota!

— Brava gatinha? 
ele provocou, aproximando o rosto ainda mais do meu, a voz baixa perto do meu ouvido.

Antes que eu pudesse responder, a campainha tocou. Droga! Meu coração deu um pulo, e eu me afastei dele, ajeitando o cabelo meio desajeitada.

— Deve ser minha mãe!
falei rapidamente, me levantando e indo em direção à porta.

Quando abri, bingo! Lá estava ela

— Oi, filha! Vim te visitar!
ela entrou sem esperar convite, como sempre fazia. Mas quando seus olhos caíram no Lorran, ainda sentado no meu sofá, a expressão dela mudou.

Minha mãe parou no meio da sala, olhos arregalados.

— Meu Deus, você é o Lorran, do Flamengo?!
ela exclamou, claramente surpresa.

— Sou sim, senhora!
Lorran respondeu com um sorriso, se levantando para cumprimentá-la.

Minha mãe olhou de novo pra mim, e então relaxou, como se algo fizesse sentido de repente.

— Ah, claro! A Jaíne trabalha com vocês agora, né?

— Isso mesmo!
Ela está cuidando muito bem da nossa alimentação. Todo mundo elogia o trabalho dela.

Eu quase revirei os olhos de novo, mas mantive a postura. Minha mãe, claro, adorou.

— Fico muito feliz em ouvir isso! Ela sempre foi dedicada com as coisas, sabe?
ela comentou, me lançando um olhar orgulhoso, mas com aquele toque de provocação.

— Mãe...

— E como ela tá indo lá com vocês? Já se adaptou?

Lorran sorriu para mim antes de responder:

— Ela está indo muito bem. A gente tá adorando tê-la por lá.

— Bom, foi ótimo te conhecer, Lorran. Vou deixar vocês conversarem, mas não vou ficar muito tempo por aqui. Só passei pra ver minha filha mesmo

Ela deu uma última olhada para nós dois, depois foi para a cozinha, provavelmente para pegar um copo de água. Lorran se virou para mim, ainda com aquele sorriso no rosto.

— Acho que vou indo também, tá ficando tarde 
antes de sair, se virou e falou, em um tom mais baixo, só para mim ouvir:

— A gente ainda tem que terminar aquela conversa, Jaíne. E eu não vou desistir tão fácil de você.

Meu coração disparou, mas eu disfarcei.

— A gente se vê amanhã, Lorran!

Assim que Lorran saiu, eu me joguei no sofá, soltando o ar de uma vez. Minha mãe voltou da cozinha com o copo de água na mão.

— Gostei desse Lorran, parece gente boa, né?

— É... Ele é legal

Ela deu um sorriso leve e tomou o último gole de água.

— Bom, já tô indo.

—Já mãe?

— Sim...Só passei pra ver se você tava bem. Qualquer coisa, me chama, tá?

— Tá bom, mãe. Tchau.

— Tchau, filha.

Depois que ela saiu, fiquei ali no sofá, encarando o teto e tentando processar tudo. Aquelas palavras do Lorran ainda ecoavam na minha cabeça: "Eu não vou desistir tão fácil de você". Amanhã, no CT, a coisa ia ser mais complicada do que eu esperava.Assim que Lorran saiu, eu me joguei no sofá, soltando o ar de uma vez. Minha mãe voltou da cozinha com o copo de água na mão.

— Gostei desse Lorran, parece gente boa, né?

— É... Ele é legal

Ela deu um sorriso leve e tomou o último gole de água.

— Bom, já tô indo.

—Já mãe?

— Sim...Só passei pra ver se você tava bem. Qualquer coisa, me chama, tá?

— Tá bom, mãe. Tchau.

— Tchau, filha.

Depois que ela saiu, fiquei ali no sofá, encarando o teto e tentando processar tudo. Aquelas palavras do Lorran ainda ecoavam na minha cabeça: "Eu não vou desistir tão fácil de você". Amanhã, no CT, a coisa ia ser mais complicada do que eu esperava.