Pov James Campbell
— Franki, vamos! — ordenei, batendo a porta do carro com força.
— Como quiser, James. — Franklin respondeu calmamente, girando o volante.
Seguimos pela estrada até estacionarmos em frente à propriedade Johnson. A neve fina caía, tingindo o chão de branco sob o céu cinzento. Virei-me para Luna no banco de trás.
— Luna, espere aqui com seu avô, tudo bem?
Ela assentiu silenciosamente, seus olhinhos atentos. Com um último olhar preocupado, saí do carro e caminhei até a porta, sentindo o frio cortante do inverno. Apertei a campainha e, após alguns momentos, a porta se abriu. Quem me recebeu foi Frida, a empregada arrogante que eu conhecia bem demais.
— Você? — perguntou ela, o desdém claro na voz.
— Não, o Papai Noel. — respondi com sarcasmo, sem paciência para suas provocações. — Sophia está aí?
Frida franziu a testa, mas antes que pudesse responder, uma figura loira e elegante surgiu atrás dela.
— Pode deixar, Frida, eu falo com ele — disse Beatrice, dispensando a empregada com um olhar.
Frida lançou-me um último olhar mal-humorado antes de desaparecer pelo corredor. Beatrice, por outro lado, se aproximou rapidamente e, sem aviso, beijou meu rosto.
— Que surpresa agradável ver James Campbell pessoalmente. E mais atraente ainda do que lembrava. — Seus olhos cintilavam com uma falsa doçura.
— Beatrice, onde está Sophia? — perguntei, ignorando seu comentário e tentando espiar pelo corredor à procura de qualquer sinal dela.
— Que indelicadeza da minha parte... Entre, Campbell. — Ela abriu a porta com um sorriso malicioso, mas eu não tinha tempo para joguinhos.
— Sophia está aqui ou não? — perguntei, impaciente.
Beatrice ergueu uma sobrancelha, claramente se divertindo com a situação.
— Estou surpresa que você não saiba onde sua noiva está.— Beatrice, me diga logo! — rosnei, perdendo a paciência.
— Sim, ela está no escritório com meus pais. Não se preocupe, Campbell. Eles não estão devorando ela. — Sua voz tinha um tom irônico que só aumentou minha frustração.
Sem esperar mais, avancei pelo corredor e empurrei a porta do escritório sem me anunciar. Sophia estava sentada em uma poltrona, completamente imóvel, como se algo tivesse a paralisado. Seus olhos estavam baixos, e lágrimas escorriam por seu rosto.
— Que desagradável, senhor Campbell, invadir assim sem ser anunciado — disse Felipe Johnson com frieza, mas eu o ignorei completamente.
— Sophia, amor... — chamei, ajoelhando-me ao lado dela.
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DESTINO TRAÇADO
RomansaEra uma noite fria de inverno quando Sophia Johnson, uma jovem negra de 20 anos, descobriu a verdadeira identidade de sua família. Ela sempre soube que era diferente das outras crianças, criada como empregada na mansão dos Johnson e tratada com desp...