Uma rajada de vento assobiou nos ouvidos dos jovens. Natalie estremeceu, mas os vampiros que a acompanhavam sequer se incomodaram. Charlotte voltou a atenção para a casa silenciosa e escura, enquanto Greg dilatou as narinas, procurando por qualquer odor diferente. Nada. Não havia ninguém ali. Natalie ergueu um dedo, indicando que deveriam entrar pelos fundos, já que não seria interessante serem flagrados por alguma ronda da polícia. Passaram pelo jardim de plantas mortas até chegarem à varanda dos fundos, um lugar que Natalie já conhecia.
Um sorriso malicioso deslizou pelos lábios da vampira enquanto ela se lembrava de como devorar Bill Clark fora satisfatório. Aquele homem poderia ser qualquer coisa, menos inocente. Charlotte piscou, recordando-se das lembranças que roubara dele após o ataque. Tudo nele era repulsivo para ela. Em nenhum momento de sua vida, Bill fora uma pessoa agradável, e Charlotte ousava dizer que fizera um favor ao mundo ao eliminá-lo. Subindo os degraus da varanda, a Scatorccio levou a mão à maçaneta e, como esperado, a encontrou trancada. Virou-se para os vampiros que a seguiam e gesticulou para que um deles usasse a força sobre-humana. Charlotte suspirou, avançando em direção à porta. Sem dificuldade, quebrou a tranca e largou o trinco no chão.
— Dois entram, um fica de guarda, só para o caso da vadia aparecer ou qualquer outra pessoa — Charlotte se virou, e Natalie e Greg se entreolharam. — Beleza, eu entro. Quem vem comigo?
— Espera — Natalie segurou o braço da vampira antes que ela cruzasse a entrada. — Lily pode ter deixado armadilhas. Não acha que isso está fácil demais?
— Por isso vou na frente — Charlotte encarou a escuridão à frente. — Só dois de nós três se curam rápido, caso uma bola de fogo apareça do nada.
— Estou começando a achar você muito ingênua, Charlotte. Ou cega pela vingança — Greg cruzou os braços e sorriu de lado. — Lily está pronta para matar um vampiro, e também saber como lidar com eles. Acha mesmo que ainda consegue entrar? A essa altura, ela já deve ter mudado os documentos e colocado a casa no nome de alguém vivo. Você e eu não passaríamos pela barreira.
— Bem, só há uma forma de saber — Charlotte deu de ombros, voltando-se para a porta. Com cautela, estendeu a mão para a escuridão. Pelo menos, tentou, até que um campo de força chicoteou seus dedos, obrigando-a a se afastar da entrada como um gato que foge da água. — Filha da puta. Odeio essa mulher!
— Viu só? Ela sabia que viríamos — Natalie resmungou, colocando as mãos na cintura.
— Você entra sozinha, Natalie. Eu fico aqui embaixo, nos fundos — Greg ordenou, arrancando um sorriso amargo de Charlotte. — E você — ele apontou para a vampira — vigia no segundo andar. Você não pode entrar na casa, mas pode ir até a varanda.
— Beleza, mas como vamos pegar a Lily se ela aparecer? — Natalie perguntou.
— Espera ai, desde quando você dá as ordens aqui, figurante? — Charlotte franziu o cenho, irritada com a postura de Greg. Natalie passou a mão pelo rosto, exasperada.
— Chega, Lottie. Estamos todos do mesmo lado! — Natalie colocou-se entre os dois vampiros. — Eu acho... quero dizer, é isso que eu espero.
— Se ela aparecer, damos conta aqui fora. Se você a encontrar lá dentro, faz ela cheirar isso, vai deixá-la inconsciente — Greg puxou um pequeno vidro e um pano do bolso da jaqueta. Natalie franziu o cenho ao pegar os itens e os guardando no bolso da jaqueta, preferindo não questionar como ele havia conseguido aquilo. — Você vai ficar bem. Vamos te monitorar e ouvir daqui de fora. Se algo parecer estranho, corre para uma janela e chama a gente.
— Consigo ouvir a Natalie de longe — Charlotte vangloriou-se. — É só falar, docinho. Vou estar na varanda do segundo andar.
— E como vou ouvir vocês? — Natalie perguntou. Greg sacou o celular, mexendo na tela por alguns segundos. Natalie e Charlotte sentiram o telefone vibrar, indicando que uma ligação em grupo estava ativa.
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𝐇𝐀́ 𝐀𝐋𝐆𝐎 𝐄𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐌 𝐂𝐇𝐀𝐑𝐋𝐎𝐓𝐓𝐄 𝐌𝐀𝐓𝐓𝐇𝐄𝐖𝐒
Fanfiction𝐇𝐀́ 𝐀𝐋𝐆𝐎 𝐄𝐑𝐑𝐀𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐌 𝐂𝐇𝐀𝐑𝐋𝐎𝐓𝐓𝐄 𝐌𝐀𝐓𝐓𝐇𝐄𝐖𝐒 | +18 | Durante uma viagem nas férias de verão, Charlotte Matthews desaparece misteriosamente. O tempo se encarrega para que seu sumiço caia em esquecimento entre seus colegas da...