Fallen Angels

29 - Estabelecidos

Estou tão envolvido no beijo de Bright e no jeito que me segura muito apertado contra seu corpo, que no começo não reconheço o som. Com o jeito que minha cabeça está zumbindo, não ficaria surpreso se fosse simplesmente o rugido de sangue em meus ouvidos, mas quando o som fica mais alto, percebo que é o mundo externo se intrometendo em nosso momento.
Aplausos, isso é o que ouço, junto com assobios e gritos que aposto um bom dinheiro que vêm de um dos nossos companheiros de banda.

Sorrio contra a boca de Bright, e ele toma isso como permissão para inclinar a cabeça para um beijo mais profundo e que me rouba a respiração. Ele não parece notar ou se importar que a festa inteira nos observa agora, o que é tão atípico dele, que mal posso acreditar que isso está realmente acontecendo.

“Bright.”
Murmuro quando tento respirar.

Ele não responde, apenas me beija novamente, uma das mãos subindo pelas minhas costas para me manter exatamente onde me quer. Mas enquanto a última coisa que quero fazer é me afastar dos lábios dele, os mesmos lábios que acabaram de dizer que me ama, precisamos levar isso para algum lugar mais privado. Especialmente a julgar pela maneira como sua excitação cresce contra o meu quadril.

“Bright.”
Digo de novo, sorrindo um pouco do jeito que se recusa a me soltar.
“Não estamos sozinhos.”

“É? Eles podem ir embora.”
Começa a se aproximar de mim novamente, e movo minhas mãos para seu peito, meu sorriso se alargando.

“Você é maluco.”

Bright encolhe os ombros e aperta minha cintura.
“Você sabia disso e se aproximou mesmo assim. Está preso comigo agora.”

“Não estou reclamando.”
Digo com uma piscadela, quando uma mão bate no meu ombro. Olho para cima e vejo Nani fazer a mesma coisa com Bright, e então ele balança a cabeça, mas está sorrindo.

“Bai, cara, você sempre soube como fazer uma declaração, mesmo que seu timing seja uma merda.”

Como se apenas agora percebesse que outras pessoas existem além de nós dois, Bright pisca e olha para Nani.

“É culpa do anjo. Ele achou que seria uma boa ideia fugir de mim.”

“O quê?” Pergunto.

Bright sorri.
“Fiz o que eu tinha que fazer.”

Quando abro a boca para responder, um flash dispara em meu rosto, momentaneamente me atordoando, e antes que eu saiba o que acontece, a parede de convidados se aproxima de nós, repórteres empurrando os microfones e câmeras para frente em nossos rostos. Perguntas e gritos vêm de todos os lados, e Nani leva os dedos até a boca e solta um assovio que faz todo mundo congelar.

“Tudo bem...”
Diz. “Sei que isso é uma grande surpresa para todos vocês, mas vamos dar a esses caras algum espaço, hein?”
Então aponta para os repórteres.
“Sem perguntas, sem entrevistas, sem fotos.”
Quando começam a protestar, Nani balança a cabeça com firmeza.
“Esta é uma festa privada, e nós temos o direito de fazer os seguranças verificarem suas câmeras ao sair.”

“Olhe para você, bancando o durão.”
Bright diz.

“Sim, bem, não muito duro, porque os executivos não parecem muito felizes.” Nani baixa a voz.
“Vocês dois provavelmente devem sair antes que todos percam a cabeça. Vou cuidar das coisas.”

Bright bate nas costas dele.
“Eu te devo uma.”

“Está certo, você deve.”

Quando Bright volta seu olhar para mim, estende a mão.