35 - Jantar com os sogros

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“Meus pais acabaram de ligar e estão lá embaixo.”
Minha voz ecoa pelo corredor, onde Bright ainda está em seu quarto se preparando.

Normalmente, sou eu quem demora, mas esta noite é ele, Bright já está lá há duas horas, e não tenho certeza se apenas está enrolando para não ter que conhecer meus pais pela primeira vez, ou se simplesmente está tendo um dia ruim com o seu cabelo.

“Me dê um minuto.”
Bright grita.

Conhecendo-o, provavelmente precisará de uma bebida, então com esse pensamento em mente, vou para a cozinha e pego um copo e uma garrafa de uísque.
Quando meus pais combinaram um jantar no início da semana, dizendo que queriam conhecê-lo antes da turnê começar neste fim de semana, o plano original era nos encontrarmos em sua casa.

Mas com os nossos ensaios de última hora ocorrendo até mais tarde, e querendo minimizar o pânico de Bright, perguntei se estariam dispostos a nos encontrar aqui. Ou, mais especificamente, na churrascaria no primeiro andar do prédio de Bright, dando-lhe uma espécie de vantagem.
Derramo um pouco de uísque no copo e depois olho para cima e o vejo caminhando em minha direção.

“Ah, meu Deus...”
Falo, enquanto meus olhos percorrem o corpo dele.

Seu cabelo está afastado do seu rosto, amarrado para trás, e usa um terno escuro, mas é o jeito que usa o terno, que deixa meu queixo aberto. A camisa branca está toda abotoada e usa uma gravata preta de seda. Meus olhos continuam voltando a ela, porque uma gravata? E botões fechados até em cima. Onde diabos meu namorado foi, e quem é esse cara gostoso, porém sério?
Ao ver a minha expressão, Bright levanta uma sobrancelha.

“Quero parecer elegante.”

“Você sabe que eles te viram nu em uma capa de revista, certo?”

“Talvez pudéssemos fingir que não. Estou tentando causar uma boa primeira impressão aqui.”

“Você não poderia fazer uma má, não importa o que vista.”

Bright me dá um sorriso satisfeito.
“É essa a sua maneira de me dizer que estou gostoso?”

“Na verdade...”
Digo enquanto contorno a ilha em direção a ele, com o copo na mão.
“Você está todo adequado, como um bom professor de Inglês.”

“O quê?”
A surpresa genuína ilumina suas feições. “Pensei que isso fosse o que se veste para conhecer os pais de um namorado. Professores de Inglês usam cardigans e merdas assim.”

“Nem pense em comprar um desses. Beba isso.”
Dou-lhe o copo e estendo a mão para desfazer a gravata. Quando se solta, jogo no chão e começo a desabotoar a camisa dele.

“Você deveria estar me levando para baixo para encontrar seus pais, não tirando a minha roupa.”
Ele diz e inclina os lábios para cima em diversão, mas não faz nada para me impedir. “Sei que você acha um terno excitante.”

“Excitante, talvez, mas não é você. Estou tentando encontrar meu namorado sob todas essas roupas.”
Desabotôo o paletó e dou um passo para trás para admirar a vista. Melhor. Muito melhor. “Só quero que eles te conheçam de verdade, porque o verdadeiro você é incrível.”

Os olhos dele se aquecem e ele bebe tudo em um só gole. Depois me alcança, segura a parte de trás do meu pescoço e me dá um beijo que tem gosto de fogo, uísque e desejo.

“Mmm...”
Digo contra sua boca. “Aí está ele.”

“Então isso significa que não devo tentar controlar a minha boca também?”

Sorrio e me afasto dele para poder segurar sua mão.
“Não está preocupado com o que minha mãe vai dizer?”

“Merda.”

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