26 - Me explica isso Win

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É pouco depois das nove quando chego em casa do dia com Bright, e quando entro no meu prédio, jogo a mochila no ombro. Ainda está quieto, todos provavelmente já no trabalho, mas quando subo as escadas, a porta da casa da minha irmã se abre, e então sua voz soa no corredor.

"Você tem algumas explicações a dar."
Diz. Quando me viro, ela coloca as mãos no quadril, seus olhos brilham.

"Sobre...?"

"Oh, não se faça de idiota comigo."
Ela diz, subindo as escadas.
"Acha que não notei que passa a maior parte das suas noites fora, mas eu notei."

"Estranha."
Brinco, mas ela olha para mim.

"Você está em casa há um mês e nunca disse nada sobre uma namorada."

"Não tenho namorada."
Tento sufocar um bocejo, minha falta de sono me alcançou.
"Podemos conversar sobre isso depois? Estou exausto."

"De ficar acordado a noite toda?"

"Estou..."

"Você não vai dormir até que eu receba respostas."

Gemendo, minha cabeça cai para trás. Consegui evitar as perguntas da minha irmã quando cheguei de Miami, e fui capaz de disfarçar o comentário sexual de Bright na praia como uma piada para me envergonhar na frente da família, o que ela parece ter engolido. Mas agora? Com os pés firmemente plantados, o queixo erguido em desafio, evitá-la não vai rolar.
Passando a mão pelo cabelo, me resigno ao meu destino, embora o que direi a ela, não tenho ideia. Certamente não a verdade.

"Preciso de café."

"Café eu posso fazer. Vou até pagar o café da manhã."

"Na lanchonete da Patty ou não é um acordo."

Ela revira os olhos.
"Tá. Deixa eu pegar minha bolsa."

A lanchonete de Patty é um pequeno espaço vinte e quatro horas no nosso quarteirão que serve comida barata e café forte. Tontawan pelo menos espera até que eu termine minha primeira xícara de café e fazer nossos pedidos, para começar a inquisição, pelo que estou agradecido.

"Derrame."
Diz, envolvendo as mãos em sua caneca e soprando antes de tomar um gole.

"Não sei o que você quer que eu diga."

"A verdade."

Inclino a cabeça para o lado, dando-lhe um olhar.

"Tudo bem, vou perguntar. Onde está quando não está em casa?"

Merda, direto na jugular. Como devo responder isso sem mentir para ela? Tento ser indiferente, dando-lhe um encolher de ombros.

"Na casa de um amigo."

A testa dela se arqueia e ela bate na lateral da caneca.
"Você sabe que essa resposta vaga não vai colar comigo, certo?"

"Por que isso importa?"

"Por que está sendo tão defensivo e escondendo as coisas? Você não é assim, de jeito nenhum."
Ela afasta uma mecha de cabelo do rosto. "Não está de volta com Phoebe, está?"

"O quê?"
A ideia de Phoebe e eu estarmos em qualquer lugar perto um do outro é tão inesperada que solto uma risada.
"Não. De jeito nenhum."

"Então quem é?"
Tonta pergunta, e então sua boca se vira e eu sei qual carta ela vai usar a seguir. A culpa. "Você sempre me conta tudo, e dói que sinta a necessidade de esconder alguma coisa."

"Eu sei."

"Então? Por que isso é diferente?"

Abaixo o meu olhar, olhando atentamente para o meu café.
"Apenas é."

Fallen AngelsOnde histórias criam vida. Descubra agora