Sombras de Seoul

Capítulo 13: A Intriga e o Novo Horizonte

O plano de expor o coração da organização estava em curso, mas a tensão e o perigo pareciam se multiplicar a cada passo. Riquele se viu mais determinada do que nunca, mas também sentia a presença desconfortável de Eunha, cujas intenções nunca eram claras, pairando sobre o relacionamento dela com Yoongi.

Naquela noite, após uma reunião com Seokjin, uma batida inesperada na porta trouxe uma surpresa: JungKook, o infiltrado mais confiável do grupo, havia retornado com informações vitais. Alto, de semblante sério e com um olhar afiado que parecia ver além das aparências, ele era o trunfo que precisavam para avançar em segurança.

— Trouxe o mapa completo das instalações, — ele começou, lançando um rápido olhar para Riquele. — Mas as coisas mudaram... parece que alguém lá dentro está ajudando vocês.

Ao ouvir isso, Riquele franziu o cenho, uma mistura de esperança e inquietude surgindo. JungKook, percebendo o olhar dela, se aproximou e abaixou a voz, oferecendo um leve sorriso.

— Eu vi o seu arquivo, — ele disse, sua voz profunda carregando uma intensidade que fez Riquele estremecer. — Você é mais corajosa do que muitos aqui dentro. Eu... admiro isso.

Ela sentiu suas bochechas aquecerem, surpresa pela súbita atenção dele. Yoongi, que estava na outra sala, percebeu o olhar entre os dois e, com uma expressão indecifrável, se aproximou, a postura firme como sempre.

— JungKook, vamos revisar o mapa juntos. Pode ser? — Yoongi sugeriu, seus olhos fixos no mais jovem, que assentiu, mas lançou um último olhar a Riquele antes de seguir Yoongi para a sala ao lado.

Enquanto eles discutiam os detalhes do plano, Riquele não conseguia ignorar a sensação estranha que a presença de JungKook despertava. Era uma espécie de eletricidade que a fazia sentir-se viva e, de certa forma, confundida. Havia uma profundidade ali, uma sombra e um mistério que a deixavam intrigada.

Nas semanas seguintes, a relação entre os quatro tornou-se mais tensa. Eunha parecia buscar uma forma de testar cada movimento de Yoongi, e a amizade de JungKook e Riquele parecia crescer a cada missão. Ele a observava de forma cuidadosa, oferecendo apoio e proteção que iam além do necessário.

Em uma das missões, em uma fábrica abandonada, Riquele e JungKook se viram sozinhos, emboscados e sem alternativa de fuga. Entre os escombros e o perigo, JungKook se posicionou à frente dela, os olhos refletindo a determinação feroz.

— Vou garantir que você saia daqui, Riquele. Não posso... não posso perder você, — ele disse, com uma emoção sincera que a pegou de surpresa.

Ela segurou o braço dele, tentando manter a calma.

— JungKook, você não vai me perder. Estamos nisso juntos.

Um olhar intenso foi trocado entre os dois, e por um momento, o mundo ao redor parecia desaparecer. O toque das mãos deles tornou-se algo mais íntimo, os dedos entrelaçados de uma forma que ambos sabiam ser mais que um gesto de confiança.

Mas antes que qualquer palavra pudesse ser dita, Yoongi entrou na sala, o rosto carregado de preocupação ao vê-los tão próximos. Ele respirou fundo, ignorando o desconforto e se concentrou no que era necessário para saírem dali em segurança. Porém, havia uma tensão no ar que não escapou a ninguém.

Após escaparem, a noite trouxe um silêncio inquietante. No esconderijo, Riquele estava sozinha em um dos quartos, quando uma batida na porta a surpreendeu. Era Yoongi, que entrou sem dizer uma palavra, apenas a observando com uma intensidade que a fez parar de respirar por um segundo.

Ele se aproximou lentamente, seu olhar carregado de desejo e uma urgência que ela não conseguiu evitar. Sem palavras, ele tomou o rosto dela nas mãos e a beijou profundamente, cada toque carregado da promessa que eles compartilhavam desde o início. As emoções entre eles explodiram de forma avassaladora, um desejo e paixão que se intensificaram, cada movimento repleto de intensidade e entrega.

A química entre eles era inegável, e ali, nos braços dele, Riquele sentiu que aquele era o seu lugar, apesar das incertezas e do perigo que os cercavam. O momento foi carregado de paixão e um toque de possessividade, como se ambos soubessem que aquele era o ponto onde tudo havia começado e onde tudo se encontrava.

No entanto, a presença de JungKook continuava sendo uma sombra que se intensificava. No dia seguinte, enquanto se preparavam para a última missão, ele se aproximou de Riquele mais uma vez, o olhar agora mais intenso.

— Não posso mais esconder, Riquele. Sei que entre você e Yoongi há algo forte... mas eu também sinto algo por você, — ele confessou, a voz baixa e rouca.

Riquele ficou em silêncio, o coração dividido entre o amor que nutria por Yoongi e o sentimento novo, inesperado e genuíno que JungKook despertava nela. Estava claro que, ao se aproximar do coração da organização, ela também enfrentaria um novo dilema: escolher entre a paixão que compartilhava com Yoongi e a conexão profunda que começava a surgir com JungKook.