Capítulo 9: Entre Sombras e Verdades

1 2 0
                                    

A noite caía lentamente sobre a cidade, o céu tingido de um azul profundo que, aos poucos, se fundia ao negro. Riquele e Yoongi estavam no apartamento, o ambiente pouco iluminado revelava apenas o necessário: uma sala vazia, cortinas levemente fechadas e um silêncio que parecia vibrar com a antecipação do que estava por vir.

Yoongi estava no centro da sala, verificando as armas e os dispositivos que Seokjin lhes havia passado, enquanto Riquele ajustava sua pequena mochila com ferramentas e alguns documentos que Seokjin havia entregue, os quais continham informações confidenciais sobre o núcleo da organização. Sabia que aqueles documentos poderiam muito bem ser a chave para desmantelar o grupo que os caçava.

 Sabia que aqueles documentos poderiam muito bem ser a chave para desmantelar o grupo que os caçava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Riquele sentia o coração pesado, os pensamentos girando em torno do que enfrentariam naquela noite. Finalmente, ela se aproximou de Yoongi, que estava com a expressão cerrada, os olhos escuros e focados, refletindo uma determinação que ela só vira nos momentos mais intensos.

— Está pronta? — ele perguntou, erguendo o rosto para ela.

— Pronta, — respondeu com firmeza, embora soubesse que as dúvidas rondavam cada canto de sua mente. — Precisamos garantir que esta seja nossa última jogada.

Yoongi lhe lançou um olhar profundo, segurando suas mãos com intensidade.

— Se as coisas ficarem difíceis, não hesite em sair. Promete isso? — ele insistiu, e o tom em sua voz tinha um toque de desespero contido.

Riquele apenas sorriu, balançando a cabeça em negativa.

— Prometo ficar ao seu lado, Yoongi, sempre. Não importa o que aconteça.

Ele suspirou, resignado, e, com um último olhar, puxou-a para um abraço silencioso, transmitindo tudo o que as palavras não poderiam dizer. Quando finalmente se afastaram, sabiam que aquele era o último momento de paz que teriam antes do caos.

***

A sede da organização era um prédio antigo, discreto, escondido entre construções abandonadas e ruas pouco frequentadas. As sombras dançavam sob a luz fraca dos postes, criando um cenário onde qualquer movimento parecia uma ameaça. Yoongi e Riquele aproximaram-se cautelosamente, posicionando-se em um ponto estratégico a poucos metros do prédio.

Seokjin aparecera antes, garantido que o caminho estivesse livre. Ele olhou para eles com uma expressão séria, seus olhos mostrando um misto de preocupação e determinação.

— Têm exatamente uma hora antes que reforços cheguem, — disse ele, os olhos fixos na entrada do prédio. — E lembrem-se, não confiem em ninguém lá dentro.

Yoongi assentiu, e Riquele lançou um olhar de gratidão para Seokjin antes de seguirem em direção ao edifício. Cada passo parecia ecoar, o som amplificado pelo silêncio absoluto que os cercava. A tensão no ar era quase palpável, e ambos sabiam que estavam prestes a enfrentar algo muito maior do que eles.

Quando passaram pela porta principal, a penumbra do corredor os envolveu. A luz fraca e amarelada iluminava as paredes desbotadas, criando sombras angustiantes que pareciam segui-los. Caminharam em silêncio, atentos a qualquer movimento, até que Yoongi sinalizou para uma sala no final do corredor. Era ali que, segundo Seokjin, o líder da organização costumava se reunir com seus aliados mais próximos.

No entanto, ao se aproximarem, ouviram vozes abafadas do lado de dentro. O coração de Riquele disparou, mas ela trocou um olhar com Yoongi e, em um movimento sincronizado, abriram a porta com cuidado, prontos para qualquer confronto.

A sala estava escura, mas a figura de um homem oscilava entre as sombras, e ele parecia esperar por eles. Com um sorriso lento e cruel, ele os observou enquanto fechavam a porta.

— Sabia que viriam, — disse o homem, a voz baixa, quase um sussurro cheio de malícia. — Vocês realmente acreditaram que poderiam ameaçar minha organização e sair ilesos?

Yoongi deu um passo à frente, a mão segurando firmemente a arma escondida em seu casaco, mas Riquele percebeu que o olhar do homem estava fixo nela, avaliando-a com uma intensidade que a fazia querer recuar.

— Você não precisa fazer isso, — ela disse, tentando manter a calma, mesmo com o medo crescendo dentro de si. — Não há como vencer. Todos sabem das suas ações, e o que você representa está ruindo.

Ele soltou uma risada amarga, um som que ecoou pela sala e pareceu desintegrar qualquer resquício de esperança.

— Acho que vocês não entendem. Isso não é sobre poder ou controle, — ele continuou, aproximando-se deles. — Isso é sobre sobreviver, e eu estou disposto a ir até o fim.

Num movimento rápido, o homem sacou uma arma, mas Yoongi foi mais rápido. Em questão de segundos, houve um tiro abafado, e o homem cambaleou, caindo ao chão com um gemido de dor. Riquele se aproximou, com os olhos fixos no corpo caído, sentindo um misto de alívio e horror.

 Riquele se aproximou, com os olhos fixos no corpo caído, sentindo um misto de alívio e horror

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mas o perigo ainda não havia passado. Outros passos começaram a ecoar pelos corredores, e Yoongi puxou Riquele, guiando-a para fora da sala, em direção a uma saída lateral que Seokjin havia indicado anteriormente.

— Precisamos ser rápidos, — ele murmurou, enquanto os dois corriam pelos corredores escuros, seus corações batendo em um ritmo frenético.

Ao chegarem à saída, viram que Seokjin os aguardava, a expressão de alívio cruzando seu rosto ao vê-los sãos e salvos.

— Vocês conseguiram? — ele perguntou, com os olhos brilhando de expectativa.

Yoongi assentiu, e Riquele respirou fundo, sentindo a tensão em seu peito finalmente começar a dissipar.

— Agora eles sabem que não podem nos controlar, — Yoongi murmurou, a voz carregada de uma calma perigosa. — E faremos tudo para derrubar o que resta dessa organização.

Seokjin lançou um olhar atento a ambos, e, com um último suspiro de alívio, eles deixaram o prédio, sentindo o peso da batalha passada e a esperança de que o futuro finalmente estaria em suas mãos.

Sombras de SeoulOnde histórias criam vida. Descubra agora