(𝐕𝐎𝐋. 𝐈𝐈𝐈) | 49. Problemas em casa

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Melissa Jenner

— O Patrick estava bem ontem e morreu da noite pro dia. Duas pessoas morrem tão rápido? — Carol começou dizendo.

Hershel limpava meu machucado e preparava algumas coisas para a sutura.

— E se... — Abri minha boca, mas todos me encararam estranho, hesitei nervosa.

— Continua. — Daryl me encarou.

— Bom... e se separássemos todos os que estiveram expostos.

— São todos daquele bloco de celas. Somos todos nós. Talvez mais.

— Sabemos que essa doença pode ser letal. Não sabemos se é fácil de pegar. Mais alguém tem os sintomas? — Hershel perguntou enquanto dava pontos em meu super cílio.

— Não podemos ficar esperando. Temos crianças. Não é só a doença. Quem morre vira uma ameaça. — Carol apontou.

— Eles precisam de um lugar, não podem ficar no D. Não podemos arriscar indo limpar lá. — Hershel disse.

— Que tal o bloco A? — Falei.

— O corredor da morte? Será que é uma boa ideia? — Glenn contradisse.

— Está limpo. É uma boa ideia. Deve servir para o Dr. S?

— Vou ajudar o Caleb com isso. — Hershel respondeu a Daryl, depois me olhou. — Pronto, pontos dados.

De repente ouvimos um barulho de tosse perto da porta. Fomos até o lado de fora e Tyreese passava com Karen.

— Não parece muito bem. — Carol disse.

— Vou levá-la a minha cela, para ela poder descansar.

— Tyreese não é uma boa ideia. — Hershel disse.

— Por que?

— Achamos que é um tipo de gripe. Foi o que matou o Patrick. — Glenn explicou.

— A Judith esta naquele bloco de celas. Ela é vulnerável. Quem pode estar doente ou foi exposto deve se afastar. — Falei.

— A gripe matou o Patrick?

— Não, ela ficará bem. Sabendo do que o Patrick morreu, podemos tratar, né? — Tyreese disse.

— Não entrem em pânico. Vamos dar um jeito nisso. Mas devem ficar separados por hora. Caleb dará uma olhada em você. Vou ver que remédios nos temos. — Hershel os acalmou.

— O David, do grupo de Decatur, também estava tossindo.

Glenn avisou que iria busca-lo e saiu. Sasha ajudou Tyreese a levar Karen até os túneis, quando algo me surpreendeu. Eu estava ao lado da porta, Daryl estava escorado no batente e, quando Sasha, Ty e Karen passaram, todos taparam seus narizes e se afastaram. Menos eu.

Eu já sabia que não me infectaria, graças aos experimentos do CCD, eu nunca fiquei doente. Sempre tive um sistema imunológico extremamente forte. Eu sabia disso, os outros não.

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora