(𝐕𝐎𝐋. 𝐈𝐈) | 39. Um adeus silencioso

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Melissa Jenner

Glenn... olha, você não pode contar a ninguém.

— O que? Você vai mesmo?

— Sim, eu preciso ir. — Continuei a arrumar minha bolsa.

— Como assim? Me explica isso direito, o que houve? — Permaneci em silêncio enquanto terminava de arrumar a bolsa. — Seu rosto tá todo machucado, vieram atrás de você? Melissa, me diz!

— Tá, tá. Me escuta. — Segurei seus ombros. — Eu não vou colocar vocês em perigo, todos estão bem, estão vivos. Glenn um erro pode acabar com tudo, se eu continuar aqui, esse será o erro.

— Melissa...

— Tem bebês, tem criança, mulheres, idosos... minha família está aqui, o Daryl. Aconteceu muita coisa e eu não vou colocá-los em perigo.

O soltei, fechei o zíper da bolsa e coloquei nas costas, coloquei a mochila transversal enquanto Glenn me encarava.

— Olha, você não pode sair daqui sem dizer nada...

— Posso sim.

— Vão ficar preocupados, vão ir atrás de você. Nos deixe te ajudar.

— Vocês não podem. — Me virei para sair mas ele segurou meu braço.

— Pelo menos me conta o que aconteceu!

Suspirei ponderando sobre isso.

— Annie, Carlos e Marcos. Eles sabiam, fizeram um trato. Eu os matei, matei 5 homens do CRM e destrui um microchip de rastreamento que nem eu sabia que tinha. Foi isso que aconteceu.

— Meu Deus... a gente tem que falar com Rick!

— Glenn! Qual a parte que você não entendeu?

— Eu entendi tudo, e ainda mais agora, você precisa de ajuda Mel! Por favor, me deixa chamar o Rick, a gente conversa. Deve ter um jeito.

O encarei, ele não vai desistir. Passei a mão no rosto suspirando hesitante.

— Tá, chama ele.

— Volto rápido. — Ele se virou.

— Sinto muito, Glenn.

Antes que ele pudesse reagir, lhe dei uma coronhada com minha arma. Ele caiu no chão desmaiado, então fechei a cortina para que ninguém visse.

Com muito esforço, puxei Glenn pelos braços e o coloquei em minha cama. Peguei uma aspirina e deixei em sua mão, para que tomasse ao acordar.

Fiz menção de sair, mas uma frase Glenn ecoou por minha cabeça: "você não pode sair daqui sem dizer nada". Eu não poderia mesmo.

Me aproximei da escrivaninha, peguei um papel e comecei a escrever:

"Querida família...

Eu sinto muito. Não queria partir assim, no meio da noite, más infelizmente não tenho escolha. Eu amo muito vocês, não se esqueçam disso. É exatamente por isso estou indo. Há um tempo atrás eu disse a vocês, eu nunca os colocaria em perigo por minha causa, e eu não vou. Peço por favor, não venham atrás de mim, tudo que quero é que vocês fiquem bem, seguros e estáveis como estão. E, se eu continuar aí, não estarão. Glenn, sinto muito pelo golpe na cabeça, mas se eu não fizesse isso, você não me deixaria ir. Pessoal... fiquem vivos...
Daryl... sinto muito Daryl...

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora