(𝐕𝐎𝐋. 𝐈𝐈𝐈) | 51. Resgate de confiança

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Melissa Jenner

Já fazia um tempo que estávamos andando. A noite estava prestes a cair e com certeza dificultaria tudo. Eles pareciam tão cansados...

Olha... a gente pode parar um pouco? To exausta e acho que vocês também. — Falei, olhando para Daryl. fingindo estar ofegante, se um não cedesse os outros não cederiam.

— A gente tem que continuar. — Tyreese disse.

— Eu vi uma pequena cabana pra lá. — Apontei ignorando o que o homem falava. — Está escuro, todos estão cansados.

— Eu disse...

— Eu não ligo para o que você disse. — Senti meu sangue ferver ao olhá-lo.

— Ai já chega, ela tá certa. Precisamos descansar. — Daryl parou entre nós dois.

Caminhamos até a cabana, havia dois mortos lá, mas cuidamos deles rapidamente. Finalmente, puderam beber um pouco da água que sobrou e descansar.

[...]

Estava mais tarde, havíamos decidido não ir aquela noite. Considerando o estado das estradas, os zumbis nos pegariam rapidamente.

Eu estava sentada em um canto, fazendo carinho na cabeça de Sam que dormia ao meu lado. Bob e Tyreese já haviam dormido, e Daryl havia ido se aliviar.

Peguei minha mochila para fazer de travesseiro, já que havia trazido-a vazia. Ou foi o que pensei. Ao aperta-la, notei que havia algo ali dentro, então abri. Pensei que havia esvaziado a mochila na prisão, mas notei um rádio comunicador lá dentro, era do CRM. Provavelmente, eu havia esquecido de tirar.

Peguei o rádio na mão, e ele estava com as pilhas, mas desligado. Quando fui apertar o botão para ligar, a porta abriu e Daryl entrou. Guardei o rádio lá dentro rapidamente, e eu nem sei o por que.

Ainda acordada?

— É, eu já ia dormir. — Olhei em volta passando o olhar por Tyreese.

— Ele não é assim normalmente. — disse, e eu o olhei com uma expressão desentendida. — O Ty. Ele é gente boa, ele só tá um pouco fora dos trilhos.

— É, eu notei.

— Onde aprendeu aquilo?

— O que?

— Quando vocês brigaram na prisão, você lutou com ele. Como se soubesse exatamente o que e como fazer.

— Ah, bom... eu morava ao lado de uma academia de artes marciais. Tinha muito tempo livre e uma coisa leva outra.

— Sei. — Ele desviou o olhar. — O primeiro turno é meu.

Assenti e ele se afastou. Encarei aquele rádio de novo e uma sensação estranha me veio. Preciso ligá-lo. Pensei em algo e me levantei.

— Ei, eu vou lá fora.

— Fazer o que? Eu vou junto, é perigoso.

— Não, relaxa eu levo a Sam.

— Nem pensar...

— Daryl, você tem suas necessidades e eu tenho as minhas. — Ele me olhou confuso. — Coisas de mulher.

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora