(𝐕𝐎𝐋. 𝐈𝐈) | 32. Sob controle

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Melissa Jenner

Eu segurava a mamadeira, Judith terminava de beber seu leite em meu colo. Eu estava sentada em uma cadeira, na cela de Rick, enquanto ele arrumava algumas coisas. Rick havia decidido que iria em uma ronda, procurar comida e armas.

— Tem certeza que não quer que eu vá?

— Tenho, eu dou conta.

— Que bom que vai levar o mini xerife. Ele tá crescendo, Rick.

— É, rápido até de mais. — Ele riu.

Me levantei e depois de fazer a bebê arrotar, a coloquei no berço improvisado.

— Rick, me chamou? — Daryl entrou na sala.

— Vocês dois sabem lidar com o Merle, ele vai acabar enlouquecendo alguém se não ficarem de olho. Se puderem cuidar das coisas por aqui.

— Por que eu? O irmão é dele.

— Se não quer ajudar tudo bem, sempre me virei bem sozinho. — Daryl disse ríspido.

— Nem precisava falar, disso eu já sei.

— Então por que...

— Ei. Ei, ei. — Rick interrompeu Daryl. — Sei que não estão se bicando, mas preciso dos dois agora. Confio em vocês, quero que cuidem das coisas aqui. Mantenham-os seguros, não deixe que saiam dos eixos.

— Tá. — Daryl concordou.

— Sim senhor. — Bati continência brincando.

— E você. — Ele encarou Daryl. — Quero que fique de olho nela.

— Ei!? To com cara de quem precisa de babá?

— É pra responder? — Daryl me olhou zombando.

— Olha aqui...

— Ei, da pra não tentarem se matar por pelo menos hoje?

— Por que ele tem que ficar de olho em mim? — Me sentei na cama incrédula.

— Eu conheço esse olhar, Melissa. Eu sei o que está pensando e não, não é a melhor ideia.

— Qual é? Rick. Vai me colocar sob vigilância 24h por dia agora?

— Qual é? Melissa. — Ele imitou minha voz. — Eu já disse que vamos dar um jeito. Então posso deixar que vocês tomem conta?

— Pode deixar, Rick. Vou manter meus olhos abertos. — Daryl me encarou me fazendo revirar os olhos.

— Ótimo. — Rick pegou a mochila, se aproximou e bagunçou meu cabelo. — Se cuidem.

— Até logo xerife. — Me despedi antes que ele saísse.

Encarei Daryl e fui até a porta da cela, Carl passava com sua mochila. Parecendo animado por sair.

— Ei, mini xerife Grimes. — Ele parou e me olhou. — Se não trouxer uma lembrancinha pra mim, vou ficar triste em.

— Um sabonete serve?

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora