(𝐕𝐎𝐋.𝐈) | 17. Verdades

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Melissa Jenner

Uma semana se passou, meu machucado havia cicatrizado fazia uns dois dias. Poderia ter sido mais rápido se eu tivesse me infectado, mas preferi fazer isso do jeito convencional.

Eu já estava bem para ir embora, estava bem a dois dias atrás também. Eu não sabia o por que eu ainda não havia ido. Talvez estivesse arrumando um motivo pra ficar.

Rick e Shane saíram para levar Randall, deixar o garoto longe. Sinceramente essa foi uma semana incrível, Shane não dirigiu a palavra a mim um dia se quer.

[...]

Eu estava em cima do trailer, de vigia. Observava o vasto campo, algo lindo. Em todos os anos que eu morei no CCD, nunca vi algo bonito assim. É engraçado pensar que eu só estou livre agora que o mundo acabou.

Ouvi barulho nas escadas, alguém estava subindo no trailer. Olhei pra trás e vi Dale.

— Oi Dale.

— Oi. — Ele se aproximou de mim. — Está aqui a algumas horas, vai pegar uma insolação assim.

— É o sol da manhã, não tem problema.

— Glenn me contou que você vai embora hoje.

— Ele não sabe mesmo guardar segredo, te contou sobre o CCD também? — Ele assentiu e eu ri. —Eu deveria saber. Então, quer me perguntar sobre como é a vida de cobaia humana?

— Não. — Ele se sentou na cadeira ao meu lado. — Vim tentar te convencer a não ir, eu sei que você não quer.

— Mas eu preciso. Olha, Dale... eu era usada para experimentos, não me lembro uma vez que eu tenha ficado doente. Talvez em algum momento o governo, segurança nacional ou qualquer um, pode vir atrás de mim.

— Mas você não tem certeza, tem? — Eu neguei. — Pronto. Olha não quero menosprezar você ou o que você era, mas provavelmente eles tem várias outras pessoas que eram cobaia. Por que viriam atrás de você?

Respirei fundo pensando, é confiável contar? Dale não contaria pra ninguém... eu acho.

— Você sabe guardar segredo?

— Sei.

— Não, Dale. Você não está entendendo. É um segredo poderoso, se cair em mãos erradas pode acabar com tudo.

— Está me deixando preocupado. — O encarei esperando uma resposta. — Prometo, não vou contar.

Passei a mão no rosto quase desistindo da ideia. Abaixei a manga que usava até minha tatuagem de identificação. Havia uma mordida cicatrizada lá.

— Quem fez isso com você?

— Um zumbi, Dale... eu sou imune.

Acabei levando um tempo para explicar a Dale o que acontecia no CCD, e mais um tempo para explicar o por que ninguém poderia saber disso.

— Então a gente tem a cura... sem saber como usá-la?

— Quase... não poderia ser a cura, já que não poderia trazer zumbis ao normal. Mas poderia ser uma vacina. O CRM nunca pode saber que ainda estou viva, eles iriam me caçar e provavelmente nem iriam atrás da vacina, iriam atrás da mutação para o vírus... podem usar os zumbis como um exército e como arma.

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora