𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•

(𝐕𝐎𝐋.𝐈) | 06. Convidados

Melissa Jenner

Semanas depois

Ao terminar meu soro, apliquei a injeção em mim mesma. Meu pai está acabado, desde a morte de minha mãe, seu corpo virou um experimento. Ele grava vídeos tentando mandar para quem quer que esteja lá fora.

Eu tento pelo menos seguir uma rotinha, só estamos eu e ele agora. Os únicos que restaram, um patologista e uma mulher que pode ter a cura em seu sangue mas não sabe como usá-la.

Andando pelos corredores de repente sinto um tremor, um barulho alto acabou me assustando. Me abaixei no chão e tapei as orelhas. Assim que cessou corri até meu pai.

— Pai!? O que houve?

— Fumaça tóxica... a Vi queimou tudo. — Ele passou a mão no rosto frustado. — Está tudo acabado.

Ele passou por mim e foi até a sala onde ele gravava seus vídeos. Fui até o laboratório e estava tudo queimado.

Meu pai está ficando cada vez pior.

Eu estava indo pelos corredores até meu quarto, quando ouvi a Vi anunciar algo estranho.

— Movimentação na entrada do prédio.

Voltei correndo até meu pai que encarava o monitor.

— Ah meu Deus... São pessoas, vivas! — Falei animada. — Vi quando tentaram abrir a porta mas não conseguiram. — Vou lá.

— Não. — Meu pai segurou meu braço. — Não os conhecemos, pode ser um perigo.

— São humanos pai!

— E você é o Projeto-MJ10! E se for a CRM atrás de você?

— Tem crianças! — Falei indignada.

— Não!

Olhei pelo monitor e vi quando se desesperaram.

— Eu vou seguir o conselho de minha mãe.

— Você vai se arrepender disso Melissa.

— Só vamos descobrir se tentarmos. — Falei, comecei a digitar códigos no computador mas fui bloqueada. — Você não vai abrir!?

— Eu disse que não iria. — Ele deu de ombros.

— Pai!

— Eu sei que você está aí, sei que pode me ouvir! — o homem gritava pra câmera.

— Espera... eu conheço esse xerife. — Encarei a imagem.

— Por favor, estamos desesperados! Por favor nos ajude, temos mulheres, crianças. Não temos comida... se não nos deixar entrar, estará nos matando, por favor. Ajude!

Vi uma mulher tentando puxa-lo. Corri até a fechadura da porta e passei meu crachá.

— Reconhecendo... Melissa Jenner, diga seu código por favor.