Daryl Dixon
Abri a porta do poleiro, a batendo atrás de mim. Com raiva dei um soco na porta a amassando. Não consegui mais segurar, e ainda com meu punho fechado na porta, abaixei a cabeça sentindo uma lágrima escorrer de meu rosto.
Seis caras... ela foi atacada por seis homens, estava sozinha e indefesa. Eu não estava lá para cuidar da minha garota.
Afastei meu punho e fui até meu armário, tirei de lá o manguito de Melissa e me sentei na cama.
— Se ela tivesse me contado... se ela tivesse... eu poderia ter a protegido, cuidado dela, eu poderia...
Passei a mão no rosto apertando aquele manguito. É claro que entendo o que Melissa fez, sei que ela queria proteger a nós. Mas, tudo o que aconteceu... pensei que ela estava morta...
A única coisa que ela me disse na carta foi "Daryl sinto muito". Ela não me disse mais nada, mesmo depois de me abrir e contar coisas que eu nunca havia contado para ninguém.
Será que ela tá bem?
Não, não posso pensar nisso. Por mais que eu goste muito dela, aquela foi a primeira garota que me machucou assim... na verdade, foi a primeira garota que me importei tanto a ponto de me machucar.
Me deitei na cama, ainda segurando aquele manguito.
[...]
Me revirava na cama ainda sem conseguir nem fechar os olhos. Merle havia dito que ficaria em meu lugar na ronda hoje, nas palavras dele, eu precisava de um tempo. Mas ainda sim, o sono estava em falta.
Me levantei da cama e notei que ainda segurava aquele manguito, o joguei de volta na cama e coloquei uma camisa. Talvez depois de uma volta eu consiga dormir.
Sai do poleiro e caminhei pelos corredores da prisão. Até passar pelo lugar que eu e Melissa havíamos brigado a algumas horas atrás, estava escuro, mas havia algo no chão. Tirei minha lanterna do bolso e a acendi.
— Mel...
Tomei um susto ao ver a garota ali no chão. Sem pensar muito, corri até lá. Toquei seu rosto e ela estava gelada, era de se esperar, já que a noite a prisão era fria.
— Tá dormindo?
Ela estava de olhos fechados, ele pela sua respiração, sim estava dormindo. Respirei fundo pensando no que faria. Em seu rosto havia lágrimas secas, provavelmente chorou até dormir.
Não... não posso ignorar tudo que aconteceu só por ver ela assim...
Me levantei firme, e me virei para continuar andando. Dei três passos e parei novamente, sabia que não conseguiria ignora-la assim.
Caminhei de volta até ela, com cuidado para não acorda-la, eu passei meus braços pelas suas costas e por trás de seus joelhos. A levantei com o máximo de cuidado e comecei a caminhar. Em algum momento ela se aninhou em meu colo, como se estivesse confortavelmente bem. Comecei a andar mais devagar, para que ela continuasse assim.
Assim que cheguei, notei aquela cachorra que Mel havia adotado. Ela estava deitada aos pés da cama quieta.
Me aproximei e coloquei Melissa com cuidado na cama, ela se virou de lado, mas não acordou. Peguei uma coberta que estava na escrivaninha e a cobri. Em silêncio, Sam se aconchegou nos pés da garota e ficou me olhando.
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𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•
Fanficıllıllı 𝑨 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒍𝒊ê𝒏𝒄𝒊𝒂 ıllıllı 𝙈𝙚𝙡𝙞𝙨𝙨𝙖 𝙅𝙚𝙣𝙣𝙚𝙧, 𝙪𝙢𝙖 𝙜𝙖𝙧𝙤𝙩𝙖 𝙦𝙪𝙚 𝙩𝙚𝙫𝙚 𝙨𝙪𝙖 𝙞𝙣𝙛â𝙣𝙘𝙞𝙖 𝙩𝙤𝙢𝙖𝙙𝙖 𝙥𝙤𝙧 𝙪𝙢 𝙥𝙧𝙤𝙜𝙧𝙖𝙢𝙖 𝙙𝙚 𝙡𝙖𝙗𝙤𝙧𝙖𝙩ó𝙧𝙞𝙤. "𝘼 𝙧𝙚𝙨𝙞𝙡𝙞ê𝙣𝙘𝙞𝙖", 𝙘𝙤𝙢𝙤 𝙚𝙧𝙖 𝙘𝙝...