(𝐕𝐎𝐋. 𝐈𝐈𝐈) | 43. Salvando velhos amigos

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Melissa Jenner

Acordei de manhã, com o Matias me chamando. Eu havia pego no sono aqui. A alguns dias, eu criei algo, talvez uma vacina, ou talvez algo perto disso. Eu não sabia, mas precisava manter a esperança.

— Ei, acorda!

— O que houve? — Pulei assustada ficando de pé.

— Eu tô com fome.

— Porra vocês são muito folgados. Miguel, tá sentindo algo?

Me levantei e fui até ele, Miguel estava doente. Então, depois que criei essa vacina, apliquei no Miguel. Isso foi ontem à noite, fiquei esperando para ver se surgisse efeito.

Toquei sua garganta, toquei seu pulso e ele ainda estava vivo. Acendi a lanterna e seus olhos ainda tinham reação a luz, mas bem pouca. Nesse momento, ouvi Sam latir do andar de cima.

— Ele tá bem?

— Tá vivo.

Tirei a coberta de cima dele e levei um susto ao ver seus pés muito inchados. Desprendi os cintos de couro que prendiam suas pernas e braços.

— O que fez com ele!?

Peguei minha maleta e algumas seringas e agulhas.

— O que fez!? O que tá acontecendo!?

— É um edema, preciso drenar.

— Vai matar o meu irmão! — Ele se levantou da cadeira, apenas uma de suas mãos estava presa. Tentou chegar perto de mim, mas não conseguiu. — Para com isso! Vai matar ele!

— Não, não vou. Eu vou salvá-lo.

Enfiei uma agulha no edema e comecei a drenar o inchaço.

[...]

Depois de um tempo drenando, Miguel já parecia melhor. Coloquei um soro nele e trouxe comida. Matias comeu a sua e guardou a do irmão.

— Volto daqui a pouco. Tenho algumas coisas a fazer. — Peguei um rádio walkie-talkie e entreguei a Matias. — Se ele piorar me avise.

Fui até o andar de cima, Samantha ainda latia sem parar. Coloquei comida para ela então a mesma sossegou. Quando fui até a parte da frente, notei que havia alguns mortos. Provavelmente um apareceu, ela começou a latir e atraiu mais.

Peguei meu cano e sai até o lado de fora. Os atrai para longe de casa e os matei. Olhei em volta e notei que estava ao lado de uma farmácia.

— Será que a Maggie tá mesmo grávida? — Perguntei a mim mesma.

Glenn havia me contado da gravidez na carta anterior, eu quase surtei com a notícia.

Caminhei até a farmácia, não havia quase nada lá dentro. Fui até o estoque e lá sim haviam algumas caixas.

— Regra número 5, nunca ignore o estoque de uma loja.

Peguei uma sacola, abri a caixa e coloquei algumas coisas dentro. Melhor eu deixar minha carta logo na creche. Fui até lá, deixei dentro de uma sacola um pacote de fraldas, uma caixa de camisinha e um teste de gravidez. Ri comigo mesma por conta da brincadeira.

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora