(𝐕𝐎𝐋. 𝐈𝐈) | 29. Coração partido

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Melissa Jenner

Eu me balançava naquela cadeira, na esperança de cair e quebrá-la. Mas eu sabia que isso seria praticamente impossível. Haviam sons de tiro lá fora, o que me deixava preocupada.

Continuei me balançando e a cadeira batia de um lado para o outro. De repente, com um estrondo. A porta foi arrombada. Encarei a mulher que entrou com uma katana na mão.

— Merda...

— Melissa?

— Como sabe meu nome?

— Eu vim com seu grupo, vieram salvar vocês. — a olhei com desconfiança. — Rick, um com pose de xerife, Daryl, o caçador e um ex presidiário.

— Pode me soltar?

Ela se aproximou e cortou as braçadeiras.

— Qual seu nome? — Perguntei.

— Michonne.

— Obrigada. — Me levantei massageando os punhos.

— O que tem ali? — Apontou pra jaula.

— Boa pergunta. Fique a vontade para descobrir.

Comecei a abrir algumas gavetas daquele lugar, em uma delas achei um revólver e um pente com oito balas. Michonne abriu aquela jaula e o que saiu de lá me surpreendeu.

— Meu Deus.

Era uma garotinha com os braços amarrados e um saco na cabeça.

— Está tudo bem, não vou te machucar. Vem cá. Isso. Venha. — Michonne a chamou.

— Aquele cara é um lunatico. — Falei.

Ela desprendeu a corrente do pescoço da garota, e com cuidado tirou o saco. Mas então eu entendi o que ele quis dizer com eu ser a salvação, a garotinha era uma zumbi.

Antes que ela mordesse Michonne, eu a puxei pelo cabelo e apontei minha arma.

— Não! — O governador gritou.

Coloquei a garota a nossa frente ainda apontando a arma para ela.

— Não a machuque. Olha, ei. — Ele colocou a arma no coldre e o jogou no chão. — Ela não necessita sofrer.

— Ela não tem necessidade de nada.

— Ela está morta. — Falei.

— Por favor. Não machuque minha filha. Por favor, não. Você pode me ajudar... — Eu e Michonne nos entreolhamos. — Se eu usá-la... você pode ajudar a salvar minha filha.

Eu sabia que isso não iria parar, então puxei o gatilho a matando. Quando mirei para ele, ele correu até mim e segurou minha mão. Me fazendo atirar para cima.

Senti quando ele me deu um soco no rosto e eu caí no chão. Michonne foi pra cima dele, eles entraram em confronto. Pulei em suas costas mas ele se jogou contra a parede me fazendo bater a cabeça em um aquário, quebrando o vidro. Senti um zumbido em minha cabeça. Eu sabia que ele estava indo pra cima daquela mulher quando ouvi som de vidro se quebrando. Mas, minha cabeça girava totalmente. Tentei pegar minha arma, mas minha visão estava turva, minha cabeça estava molhada e quando toquei vi sangue.

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora