(𝐕𝐎𝐋. 𝐈𝐈) | 34. Um plano, ou algo assim

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Melissa Jenner

Merle havia me chamado para ir aos túneis. Ele queria tampar uma passagem, para que não ocorresse o perigo do governador nos pegar. Para isso tínhamos que fazer uma limpeza lá.

— Por que tá com essa carinha?

— Eu discuti com o Daryl, Rick tá estranho e tem um maluco tentando tomar a prisão e me "vender". Estranho seria se eu não estivesse com essa "carinha".

— Vocês estão sempre discutindo, por que dessa vez?

— Ele me beijou.

— Isos não é bom?

— Depois de tudo? Não. Não quero ser jogada de um lado a outro, uma hora me quer, outra hora não mais. Pensei que ele seria diferente do Tyler.

— Você tem 18 anos...

— 19. — O corrigi.

— É, 19 tanto faz. O caso é, o Daryl tem 31.

— Idai? Já disse que não me importo com isso.

— É, eu sei. Mas ele se sente mal. Ele quer ficar com você, quer muito. Mas, na visão dele é errado.

— Mas eu sou maior de idade.

— Por isso eu disse na visão dele.

— Ele te disse isso? — O encarei curiosa.

— Não. Mas, ele é meu irmão. Eu o conheço bem.

— Hum... — Encarei os túneis a frente. — Onde fica?

— Virando ali. Temos de matar os zumbis e chamar os outros para fazer a barricada. Uma passagem dessas poderia ser um convite aberto ao governador.

Paramos ao lado de uma grade, onde um zumbi dentava se esgueirar para nos pegar. Alguns zumbis viraram o corredor se aproximando lentamente. Peguei a faca borboleta que Daryl havia me dado e cravei na cabeça do zumbi mais próximo, Merle matou o segundo.

— Daryl, Rick, as crianças... todos. Só quero que fiquem bem, faria de tudo por isso. — Me preparei para os próximos três que vinham em seguida.

— Bom saber disso, bonequinha...

De repente, antes que eu pudesse mata-los. Senti uma pancada na parte de trás de minha cabeça. Tudo ficou escuro e eu apaguei.

[...]

Abri meus olhos e me movi um pouco sem enxergar, havia um saco na minha cabeça e minhas mãos estavam amarradas. Me movi um pouco mais, e Merle tirou o saco me deixando ver.

— Bom dia.

— O que tá acontecendo!? — Perguntei ainda zonza.

Eu estava no chão, encostada em uma árvore. Havia um fio de telefone amarrado em meus braços e Merle estava de pé fumando.

— Que bom que acordou, não aguentava mais te carregar.

— Merle... você bateu na minha cabeça, qual o seu problema?

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora